Questão 21
Os
rios voadores são cursos de água atmosféricos, formados por massas de ar
carregadas de vapor de água, muitas vezes, acompanhados por nuvens e propelidos
pelos ventos. Essas correntes de ar invisíveis produzem chuvas abundantes em
grande parte do Brasil.
Disponível em: http://riosvoadores.com.br/o-projeto/fenomeno-dos-rios-voadores/
Acesso em: 18 de mar, 2017. (Adaptado).
O
fenômeno atmosférico exposto é formado pela
a) invasão dos sistemas polares que conduzem o
ar frio e úmido, originado da Patagônia para o interior do Brasil.
b)
ação dos ventos de Alísios, que retiram umidade da superfície dos oceanos e a
conduzem em direção aos trópicos.
c)
água liberada pela Floresta Amazônica para a atmosfera em forma de vapor, e
transportada pelas correntes de ar.
d)
ação orográfica da Serra do Mar, produzindo chuvas abundantes na maior parte do
litoral brasileiro.
Resposta:
C
Comentário:
Os chamados rios voadores correspondem a grandes volumes de vapor de água que
se movimentam pela atmosfera brasileira, partindo da região da floresta
amazônica em direção à região sul do país, margeando a porção oeste da América
do Sul. A formação desses “rios” está associada à grande evapotranspiração da
floresta, que cede à atmosfera grandes volumes de umidade, e à medida em que
essa massa de ar úmido começa a se deslocar em direção ao oeste do continente,
rumo ao oceano Pacífico, porém, esse ar quente e úmido encontra a barreira
orográfica da Cordilheira dos Andes, forçando o seu deslocamento em direção à
porção sul da América, margeando essa barreira do relevo, levando a umidade
para esta região, que passa a apresentar aumento dos índices de pluviosidade.
Questão 22
De
1967 a 1973, o Brasil alcançou taxas médias de crescimento muito elevadas e sem
precedentes, decorrentes da política econômica, mas também de uma conjuntura
econômica internacional muito favorável. Esse período (e por vezes de forma
mais restrita nos anos 1968-1973) passou a ser conhecido como o do “milagre
econômico brasileiro”. Infelizmente, o mês de outubro de 1973 marca o término
desse período de crescimento.
Disponível
em: <www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionario/verbete-tematico/milagre-economico-brasileiro>
Acesso em: 23 de mar, 2017. (Adaptado)
Um
fator responsável pelo fim do milagre econômico apresentado foi
a)
a queda na exportação de produtos agrícolas brasileiros, principalmente, o
café.
b)
o primeiro choque do petróleo e a consequente crise no mercado internacional.
c)
o aumento no valor das matérias-primas importadas pelo Brasil, com destaque
para-a bauxita.
d)
as sucessivas greves produzidas pelo movimento sindical, inviabilizando a
produção para exportação.
Resposta:
B
Comentário:
O período conhecido como Milagre
Econômico Brasileiro, compreendido entre os anos de 1967 e 1973 marcou uma fase
de elevado crescimento do PIB do Brasil, porém não foi acompanhado pela
elevação do PNB do país, o que cria as condições para a formação de um país
rico que continuava com uma população pobre.
De modo geral, o milagre foi baseado
no investimento dos governos militares em grandes obras de infraestrutura com o
intuito de geração de empregos, os quais elevariam a renda da população e
consequentemente o seu poder de consumo, que por sua vez forçaria a economia a
produzir mais para suprir esse consumo, gerando ao fim mais postos de trabalho
para que a produção fosse ampliada. Desse modo criou-se u ciclo virtuoso, onde
a geração de emprego acabaria por gerar ainda mais emprego.
O problema é que para a criação
destas grandes obras de infraestrutura o Estado demandava de grandes
investimentos, e consequentemente foi levado a contrair grandes empréstimos
internacionais, o que aumentou de maneira substancial o endividamento externo
nacional, assim como a dependência da nossa economia em relação às grandes
potências mundiais.
Porém, em 1973 houve a Guerra do Yin Kippur onde uma aliança entre Síria e Egito atacaram Israel como retaliação à Guerra dos Seis Dias de 1967, afetando
drasticamente os preços do petróleo no mercado internacional, fazendo com que o
preço do barril saltasse de US$ 2,90 para US$ 11,65 em apenas 3 meses, o que se
convencionou a chamar de Primeiro Choque
do Petróleo, afetando com isso toda a economia planetária, dependente desse
recurso energético. Essa elevação do preço do petróleo afetou a economia dos
Estados Unidos (maior credor do Brasil), o que levou a potência econômica a
cortar os empréstimos realizados e a cobrar a dívida já vigente entre as
nações, sendo que o Brasil não foi capaz de realizar o pagamento de seus
débitos, levando o governo estadunidense a elevar os juros dessa dívida,
tornando-a quase que impagável.
Sem novos empréstimos ficou
impossível para o Estado brasileiro manter os investimentos nas grandes obras
de infraestrutura, reduzindo os postos de trabalho e a renda da população, o
que impacta negativamente no consumo e na produção econômica nacional, tornando
vicioso o ciclo outrora virtuoso. Se instala no país a partir de 1973 um quadro
de recessão econômica, que será agravada com o Segundo Choque do Petróleo em
1979, criando um quadro de profunda crise que ficaria conhecido com década
perdida, ao longo dos anos de 1980.
Questão 23
A
População Economicamente Ativa (PEA) brasileira está ficando mais velha e o
número de jovens que ingressam na População em Idade Ativa (PIA) é cada vez
menor, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do
IBGE. Trata-se de movimento natural da economia, mas que trará consequências
importantes para empresas.
Disponível
em: <https://www.lg.com.brlblog/envelhecimento-da-populacao-economicamente-ativa-impoedesafios-ao-mercado/>
Acesso em: 22 de mar, 2017.
Esse
cenário tende a proporcionar a médio e a longo prazo
a)
um menor crescimento da disponibilidade de mão de obra e a diminuição da oferta
de profissionais capacitados.
b)
um achatamento salarial em todas as etapas de produção quando a mão de obra
será gradativamente substituída pelas máquinas.
c)
uma redução nos custos da previdência social, nos gastos com saúde e,
principalmente, com a educação.
d)
uma diminuição nos investimentos para capacitação profissional devido à redução
da concorrência entre trabalhadores que procuram emprego.
Resposta:
A
Comentário:
O processo de envelhecimento
populacional ocorre naturalmente à medida em que uma nação de desenvolve
economicamente e socialmente, o que acaba por reduzir as taxas de natalidade,
reduzindo a proporção de crianças e jovens na composição geral da população,
assim como aumentar a longevidade (expectativa de vida) dessa população, o que
aumenta a proporção de idosos na composição demográfica dessa nação.
Essa mudança na composição
populacional impacta diretamente sobre a economia desse país, uma vez que o
aumento da proporção idosa eleva as responsabilidades do Estado com os sistemas
públicos de saúde e principalmente com o setor de previdência social
(aposentadorias), onerando de modo significativo as contas públicas.
A
médio e longo prazos, a redução da proporção de crianças e jovens causará a
redução da proporção de adultos na população, o que diminuirá a População
Economicamente Ativa – PEA. A queda na PEA terá um duplo impacto negativo na
economia, posto que reduzirá automaticamente a oferta de mão de obra para os
processos produtivos da nação, assim como diminuirá a quantidade de pessoas
contribuintes para as finanças do Estado, reduzindo com isso a proporção de
“pagadores de impostos”, limitando a capacidade investidora do Estado.
Questão 24
Tarifa sobre aço pode
causar ‘recessão profunda’, alerta diretor-geral da OMC
Em
meio à tensão gerada pelo anúncio do presidente americano, Donald Trump, que
pretende impor tarifas sobre as importações de aço e de alumínio nos EUA, o
diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) disse que os
estados-membros da entidade devem impedir “a queda dos primeiros dominós” de
uma guerra comercial. Segundo o dirigente, a política de “olho por olho nos
deixará todos cegos, e o mundo em depressão profunda”.
Disponível
em: <https://oglobo.globo.com/economia/tarifa-sobre-aco-pode-causar-recessao-profunda-alerta-diretor-geral-da-omc-22457430>
Acesso em: 20 de mar, 2017.
A
referida recessão comercial entre os países membros da OMC com o anúncio do
aumento das tarifas sobre o aço e sobre o alumínio pelo governo americano se
relaciona ao fato de que ela pode
a)
ampliar o comércio de mercadoria em todo o mundo a partir da redução do preço
dos produtos com a instalação de uma guerra comercial.
b)
gerar uma diminuição no valor dos produtos comercializados entre os países
membros, prejudicando o PIB desses países.
c)
desencadear um aumento de barreiras comerciais em todo o mundo, dificultando o
comércio global.
d)
melhorar a relação comercial entre EUA e China, cujo comércio não envolve aço e
alumínio.
Resposta:
C
Comentário:
Ao anunciar mudanças na política de tributação
comercial dos Estados Unidos, o presidente Donald Trump deixa às claras uma
prática comum à economia estadunidense, que é a adoção de medidas
protecionistas em relação a seus mercados internos. Esse tipo de ação econômica
tem em vista resguardar os mercados nacionais da concorrência com os produtores
e fornecedores externos, priorizando o abastecimento interno por parte dos
fornecedores locais.
Porém, ao adotar a elevação de
tarifas para a entrada do aço e do alumínio importado nos Estados Unidos, Trump
cria a possibilidade de que os produtos estadunidenses sofram a mesma
retaliação nos mercados internacionais, o
que pode causar grandes impactos no comércio global, e consequentemente na
economia globalizada que se busca. Pode-se criar uma reação em cadeia de
elevação constante das tarifas e medidas protecionistas pelo mundo, o que atua
decisivamente contra a integração mundial, que se ampliou de maneira constante
desde o final da Guerra Fria.
Em um quadro de crise econômica
experimentado desde a “explosão da bolha imobiliária” nos Estados Unidos em
2008, e da recessão econômica naquela nação, a decisão tomada pelo presidente
americano pode levar à perda de uma série de parceiros econômicos e comerciais
da potência ocidental, e por conseguinte a redução das trocas de mercadorias e
ganhos econômicos da nação, impactando ainda mais negativamente na lenta
recuperação financeira do país.
Questão 25
Evolução nas taxas (%)
de urbanização nas grandes regiões geográficas brasileira.
IBGE,
Censo demográfico 1940-2010. Até 1970 dados extraídos de: Estatísticas do
século XX. Rio de Janeiro: IBGE, 2007 no Anuário Estatístico do Brasil, 1981,
vol. 42, 1979.
De
acordo com os dados apresentados, assinale a alternativa que NÃO se constitui como fator que
convalida a evolução da urbanização nas regiões brasileiras.
a)
A região Norte, durante as décadas de 1940 a 1960, se manteve como a segunda
região mais urbanizada do país. Esse feito só foi possível graças à instalação
da Zona Franca de Manaus, que atraía uma grande leva de trabalhadores oriundos
da zona rural:
b)
Por concentrar grande parte do parque industrial brasileiro, a Região Sudeste
foi a primeira região a registrar um percentual superior de habitantes, vivendo
nas áreas urbanas em detrimento da população rural.
c)
O predomínio de atividades agrícolas de cunho familiar na Região Sul foi um dos
principais fatores responsáveis por sua lenta urbanização, como retratado na
tabela até a década de 1970, pois limitava o número de trabalhadores dispostos
a migrar para as áreas urbanas.
d)
Dentre as regiões brasileiras, a Região Nordeste é a que apresentava em 2010 a
menor taxa de urbanização. Além da migração para outras regiões, esse quadro é
fruto, dentre outros fatores, do baixo desenvolvimento da grande maioria das
cidades da região que tem dificuldade de atrair a população do campo.
Resposta:
A
Comentário:
Com base na tabela apresentada na
questão, pode-se observar que o processo de urbanização do Brasil ocorreu de
modo desigual nas grandes regiões do país, e que este processo sempre esteve
diretamente relacionado ao desenvolvimento econômico dessas regiões, e esse
desenvolvimento encontra-se por sua vez atrelado ao crescimento das atividades
industriais ali estabelecidas.
Desse modo, pode-se inferir que a
região sudeste, maior concentradora histórica da atividade industrial do país,
também apresenta ao longo de todo o período as maiores taxas de urbanização.
Porém, à medida em que se desenvolve o processo de desconcentração industrial
no Brasil, as demais regiões passam a ampliar a participação da população
urbana na composição geral de suas populações, reduzindo a proporção das
pessoas que vivem no campo. Essa redução das populações rurais surge da
combinação entre a atração exercida pela indústria que se desenvolve na cidade
e a expulsão do campo, realizada pela modernização das atividades agrícolas no
Brasil, a partir da Revolução Verde em 1970.
Segundo o gráfico, embora a região
norte tenha sido entre as décadas de 1940 e 1960 a segunda região mais urbanizada
do país, não se pode associar essa
posição à criação da Zona Franca de Manaus, uma vez que esse polo industrial
foi estabelecido apenas a partir da segunda metade da década de 1960, assim
como a existência de outros centros urbanos regionais, como a cidade de Belém
(PA) atraíram populações para centros urbanos assim como a capital amazonense.
Cabe ainda mencionar que grande parte da população urbana nas décadas
anteriores à criação da zona franca se deve ao auge e à falência do Ciclo da
Borracha, no início do século XX, o que deu origem a um certo processo de
urbanização regional.
Questão 26
A
confusão fundiária na Amazônia é uma herança histórica. São quatro séculos de
ocupação territorial desordenada. Uma das esperanças é o programa Terra Legal,
lançado em 2009 pelo governo federal. Esse programa tinha como meta inicial
entregar títulos de terra a 150 mil famílias de pequenos agricultores que
ocuparam áreas públicas federais não destinadas a eles.
Disponível
em: <http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/blog-do-planeta/noticia/2014/1o/obprograma-terralegalb-e-o-caos-fundiario-na-amazonia.html>
Acesso em: 23 de mar, 2017’, (Adaptado)
Esse
grupo de famílias descrito no texto pode ser classificado como
a)
meeiros.
b)
grileiros.
c)
posseiros.
d)
parceiros.
Resposta: C
Comentário:
O processo de ocupação das terras
agricultáveis na região amazônica esteve sempre atrelado à ausência de
políticas e de fiscalização efetiva por parte do Estado, o que criou condições para
o surgimento de uma estrutura fundiária totalmente desordenada e conflituosa,
onde grande parte das propriedades não se encontra regulamentada por parte do
governo, uma vez que estas estão à margem da legalidade.
Na falta da presença efetiva do Estado,
a população se vale das terras devolutas para fazer sua ocupação e se
declararem proprietários de áreas que na verdade pertencem à União. Para que
estas terras devolutas sejam ocupadas ilegalmente a população se vale da
prática de invadir essas terras e ali passarem a realizar suas atividades
econômicas e sociais, na esperança que a inoperância do Estado não as retirem
das áreas invadidas. Essa prática, comum no Brasil, é o que origina na
estrutura fundiária do país a figura do posseiro.
Questão 27
Médias Térmicas
Registradas
Os
fatores climáticos que contribuem para as diferentes amplitudes térmicas nas
cidades apresentadas são
a)
massas de ar e altitude.
b)
latitude e vegetação.
c)
forma de relevo e correntes marinhas.
d)
continentalidade e maritimidade.
Resposta:
D
Comentário:
A tabela apresentada pela questão nos
traz as médias térmicas e as localizações geográficas de duas cidades no
Brasil, que se posicionam, em termos latitudinais, nas mesmas distâncias em
relação à linha do Equador, porém apresentam amplitudes térmicas muito
distintas ao longo do ano. Nota-se que na cidade de Brasília – DF há uma
variação no mês de janeiro (verão) de 10ºC, enquanto na cidade de Ilhéus – BA,
nesse mesmo mês a variação foi de 6ºC. Já no mês de julho (inverno), a cidade
de Brasília – DF teve uma variação de 14ºC, ao passo que em Ilhéus – BA essa
variação foi de 7ºC.
Portanto, nota-se que na cidade
baiana a amplitude térmica é bem inferior do que aquela observada na capital
federal. Essa diferença em relação à variação de temperatura é explicada com
base na atuação de dois importantes fatores climáticos, chamados de maritimidade
e continentalidade, ambas relacionadas com o calor específico de superfícies
cobertas por água ou cobertas por terras.
Assim, como se localiza próxima ao
litoral, a cidade de Ilhéus – BA sofre efeito da maritimidade, apresentando maior calor específico, o que faz com
que o aquecimento e o resfriamento do ar sejam mais lentos (uma vez que
dependem de uma quantidade maior de energia), causando uma menor variação das
médias térmicas. Ao passo que a cidade de Brasília – DF, localizada no interior
do território brasileiro, sofre maior impacto da continentalidade, apresentando menor calor específico, o que faz
com que o aquecimento e o resfriamento do ar sejam mais rápidos (uma vez que
dependem de uma quantidade menor de energia), causando uma maior variação das
médias térmicas.
Questão 28
Vulcão Shinmoedake entra
em erupção no Japão Fumaça é lançada a até 3 mil metros de altura.
O
vulcão Shinmoedake, localizado na ilha japonesa de Kyushu, está ativo e lança
fumaça a até 3 mil metros de altura. A Agência Meteorológica do Japão está
alertando as pessoas a ficarem longe da montanha de 1.421 metros e advertindo
que grandes rochas podem ser cuspidas até uma distância de 3 quilômetros.
Disponível
em: <http://g1.globo.com/mundo/noticia/vulcao-shinmoedake-entra-em-erupcao-no-japao.ghtml>
Acesso em: 14 de mar, 2017.
A
ocorrência no Japão do fenômeno geológico apresentado está relacionada
principalmente à
a)
existência no seu território de áreas cratônicas.
b)
sua localização numa área de encontro de placas tectônicas.
c)
grande incidência de rochas magmáticas no interior do país.
d)
formação geológica antiga de suas ilhas.
Resposta:
B
Comentário:
A erupção do vulcão Shinmoedake no
território japonês representa um importante evento geológico, causado pela ação
de forças que atuam nas camadas internas da Terra, chamadas forças endógenas do
relevo. Estas forças endógenas se dividem em vulcanismo (liberação da pressão
interna da Terra e de material magmático do manto através de aberturas na
crosta), abalos sísmicos (súbitas
liberações de energia sísmica da crosta, gerada pelo atrito entre placas
tectônicas, arrastadas pelas correntes convectivas da Astenosfera) e tectonismo
(movimentação das placas tectônicas entre si, arrastadas pelas forças de
convecção do manto superior, ocasionando a chamada Deriva Continental).
Estes eventos geológicos e a atuação
destas forças endógenas estão diretamente relacionados às bordas das placas
tectônicas, onde se estabelecem as zonas sísmicas mais ativas do planeta, e
onde automaticamente esses eventos catastróficos são mais comuns. Assim sendo,
se estabeleceu no mundo o chamado Círculo de Fogo do Pacífico, que corresponde às
bordas do oceano homônimo, onde se concentra o maior número de contatos
(fronteiras) de placas tectônicas da Terra, onde se localiza o território do
Japão.
No caso do Japão, esses eventos
extremos são comuns e abundantes, pelo fato de que o conjunto de ilhas que compõem
o país se localiza na borda de três placas distintas, as quais se movem entre
si. No caso japonês, há ali o limite
entre as placas Filipina, do Pacífico e Euroasiática. Assim, o país
asiático é afetado constantemente por esses eventos geológicos, porém, a
tecnologia e os recursos financeiros permitem ao Japão criar estruturas e
construções mais resistentes, reduzindo as chances de se converterem sempre em
grandes tragédias.
Questão 29
Disponível
em: <http://falandoaosmontes.blogspot.com/2015/11/protecao-e-recomposicao-denascentes.html>
Acesso em: 19 mar. 2017
A
retirada da cobertura vegetal nos ambientes ilustrados na figura tende a
produzir
a)
um crescimento do escoamento superficial.
b)
uma ampliação do processo de infiltração.
c)
um aumento do nível do lençol freático.
d)
uma redução do processo erosivo.
Resposta:
A
Comentário:
A retirada da cobertura vegetal
nativa pelas atividades humanas é capaz de atuar ao mesmo tempo como
condicionante para a ocorrência de impactos ambientais antrópicos, assim como
potencializador para a ampliação de impactos ambientais naturais. Porém em
ambas as possibilidades, é inegável a ação danosa desse processo de
desmatamento.
No esquema representado pela imagem
da questão, que se refere a uma parte do chamado Ciclo Hidrológico, nota-se que
a manutenção da vegetação nativa em uma região de encosta (vertente inclinada),
possibilita a ocorrência de uma intensa infiltração das águas da chuva, as
quais farão o reabastecimento dos lençóis freáticos e das demais reservas
subterrâneas de água.
Sabe-se que ao chegar à superfície do
solo a água da chuva só pode percorrer dois caminhos: o primeiro é o escoamento
superficial (enxurrada), que é um movimento horizontal da água, causador dos
processos erosivos do solo; e o segundo é a infiltração, que é um movimento
vertical da água, causador dos processos de lixiviação. No caso da temática da
figura, pode-se inferir que na presença da vegetação se tem mais infiltração,
enquanto na ausência da vegetação tem-se mais escoamento superficial.
Portanto, ao se retirar a cobertura
vegetal dessa porção do relevo representado pela figura, ter-se-ia a redução da
infiltração da água da chuva e a redução do reabastecimento do lençol freático,
ao passo que haveria a ampliação do
escoamento superficial e dos processos erosivos na superfície, ocasionando
por consequência o assoreamento do rio localizado na região mais baixa do
relevo.
Questão 30
Na
década de 1990, durante seu mandato como ministro da fazenda e posteriormente
presidente da república em dois pleitos consecutivos até 1° de janeiro de 2003,
Fernando Henrique Cardoso implantou uma política que buscava, além da
estabilidade econômica, uma maior aproximação do Brasil com o comércio
internacional. Para muitos analistas, o alicerce dessa política foi edificado
sobre as ideias do neoliberalismo.
Pode
ser considerado como uma das estratégias dessa política no Brasil
a)
a ampliação da participação do Estado no setor terciário.
b)
a privatização de empresas estatais pelo governo.
c)
o investimento maciço em infraestrutura de produção.
d)
a recuperação salarial da classe trabalhadora.
Resposta:
B
Comentário:
Após o impeachment do presidente Fernando
Collor em 1992, o então vice presidente, Itamar Franco, assumiu o governo e
passou a implantar uma série de ações que visavam a recuperação da economia
brasileira, em crise desde o final do chamado Milagre Econômico Brasileiro.
Itamar Franco montou uma equipe econômica capitaneada por Fernando Henrique
Cardoso, que teve como auge o lançamento do Plano Real e a retomada do
crescimento da economia nacional.
Ao assumir a presidência, Fernando
Henrique Cardoso dá continuidade às políticas implementadas por seu antecessor,
ampliando o processo de abertura da economia nacional e atração de
investimentos externos para o Brasil. Porém, essa abertura foi feita às custas
do enfraquecimento gradativo do Estado na economia, através da redução das
ações públicas nos processos produtivos. Esse enfraquecimento do papel
econômico do Estado é uma das características mais básicas do modelo
neoliberal, que aumenta de maneira significativa a dependência em relação ao
capital externo.
Dentre as principais feições do
neoliberalismo se tem os processos de
privatização das empresas estatais, que são transferidas ao capital
investidor privado (principalmente multinacional), assim como a redução dos
gastos sociais (principalmente em saúde e educação públicas) como meio de se
estabelecer um “Estado poupador” de capitais e focado no pagamento da dívida
externa. Portanto, embora haja a recuperação econômica do país, pela chegada de
novos investimentos externos (diretos e/ou indiretos), os aspectos sociais são
prejudicados pela implantação das posturas neoliberais, posto que se cria um
sucateamento dos serviços públicos no país.
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