sexta-feira, 1 de junho de 2018

CONFLITOS ENTRE ÁRABES E ISRAELENSES


70 ANOS DA CRIAÇÃO DO ESTADO DE ISRAEL

- Por Éder Israel


Disponível em: <http://opiniaoenoticia.com.br/wp-content/uploads/2017/05/maxresdefault.jpg> acesso em 30 mai. 2018


A criação do Estado de Israel pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1947 suscitou uma série de conflitos e contradições geopolíticas na região do Oriente Médio, e estes conflitos perduram até os dias de hoje, sendo que as perspectivas futuras estão distantes de apontar para a solução da questão, uma vez que as agressões mútuas entre judeus e árabes reacendem diariamente a chama das disputas territoriais regionais, ampliada sempre pelas divergências religiosas e étnicas entre israelenses e palestinos.

Os judeus, barbaramente massacrados durante pelo holocausto realizado pelo nazismo alemão no contexto da Segunda Guerra Mundial, tinham historicamente o sonho de retornarem à terra prometida de Jerusalém, de onde haviam sido no passado expulsos pela expansão do Império Romano, durante a Segunda Diáspora Judaica no ano de 70 d.C. Porém, com a queda do Império Romano houve o fortalecimento dos povos persas que passaram a dominar a região. Já no século 7º d.C., os árabes muçulmanos conseguiram ocupar a região da Terra Santa, dando a ela um valor simbólico tal qual já ocorria por parte dos judeus.

A região da atual Palestina passa a ser dominada pelo Império Otomano a partir do século XVI, processo de dominação que durará até o final da Primeira Guerra Mundial, quando os otomanos, apoiadores da Alemanha na guerra, são derrotados e perdem o controle da região, transferindo o seu domínio aos países da Aliança, vencedores da guerra.

Cabe mencionar que os árabes apoiaram os países aliados nos conflitos com as nações da Entente, o que colocou os povos do Oriente Médio (aqueles de origem árabe) na condição de “vitoriosos” contra o Império Otomano, derrotado na região. Por conseguinte, estes povos se sentiram na condição de “parceiros” dos reais ganhadores da guerra.

Deste modo, os países da Aliança prometeram aos povos árabes a criação de um Estado independente da Turquia, sob sua liderança após a Primeira Guerra Mundial, porém, há nisso duas questões importantes: em primeiro lugar, já havia nesta região uma relativa quantidade de povos de origem judaica, que passaram a imigrar para lá, ainda no século XIX (a partir de 1850, principalmente); e em segundo lugar, o fato de que após a I Guerra, franceses e britânicos dividiram entre si o controle da região, tendo estabelecido as fronteiras dos territórios da Síria, Iraque, Líbano, Palestina e Jordânia, sendo essas novas fronteira reconhecidas na época pela recém criada Liga das Nações.

Portanto, este período pós-conflito será marcado pela dominação europeia, sendo conhecido como a era dos mandatos francês e britânico, em que os europeus não criaram o Estado árabe independente prometido durante a primeira grande guerra, e mais do que isso, estas duas potências ocidentais passaram a dominar a região da Palestina, tal qual ocorria com o Império Otomano, antes da derrota das nações da Entente.

No contexto do Mandato Britânico, no início da década de 1920, os ingleses dividem formalmente a “Palestina” em duas zonas distintas (chamadas de Distritos administrativos), sendo que os judeus que ali se encontravam teriam o direito de permanecer nas terras compreendidas entre o Rio Jordão e o litoral (lado oeste dos Distritos Administrativos). Os árabes discordaram em liberar estes territórios para os judeus, assim como reivindicaram o cumprimento do acordo firmado entre eles e as potências europeias durante a Primeira Guerra Mundial.

DISTRITOS ADMINISTRATIVOS DO MANDATO BRITÂNICO


Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/c4/BritishMandatePalestine1920-pt.svg/1200px-BritishMandatePalestine1920-pt.svg.png> acesso em 30 mai. 2018


Com a situação fugindo ao controle, fruto das pressões dos povos árabes, buscando conquistar o domínio e a soberania da região, aliadas ao aumento da população judaica, atraída pelas concessões dos britânicos para a sua permanência nos Distritos Administrativos, a Inglaterra acabou forçada a transferir para a recém criada Organização das Nações Unidas - ONU, a decisão de gerir a questão territorial da Palestina a partir de 1947. Neste ano, a Assembleia Geral das Nações Unidas formaliza a divisão dos territórios palestinos e a criação de um Estado judeu. A decisão da ONU faz parte da histórica Resolução 181, que por um lado satisfaz aos judeus, mas por outro gera a ira dos povos árabes.

COMEMORAÇÃO JUDAICA APÓS A RESOLUÇÃO 181




Disponível em: <https://abrilveja.files.wordpress.com/2017/11/partilha-da-palestina-19471129-015.jpg?quality=70&strip=info&w=916> acesso em 30 mai. 2018

Os povos árabes vizinhos negam a resolução da ONU e declaram guerra ao recém criado Estado de Israel, dando início ao primeiro conflito entre os dois povos após a II Guerra, o qual fica conhecido como a “Guerra da Independência”. Ao término de quase dois anos de guerra, Israel sai vitorioso e consegue ocupar um território maior do que aquele que lhe fora concedido pela Resolução 181. Inicia-se deste modo o processo de expansionismo judaico, que até hoje gera conflitos na região.

Mesmo com as contestadas ações militares expansionistas, Israel foi admitido como Estado membro da Organização das Nações Unidas em 1949, o que de certo modo acabou por legitimar as ações do Estado judeu, aumentando ainda mais as tensões na região e o temor dos países árabes a respeito do cumprimento dos limites territoriais propostos em 1947 pela própria ONU. Soma-se a isso as ameaças de retaliação dos países que perderam territórios durante a Guerra da Independência.

Como era de se esperar, após encerrada essa guerra, novas tensões são criadas na região, e essas tensões passarão a estabelecer condições para o surgimento de outros conflitos entre os árabes e os israelenses, o que se materializa na metade da década de 1950, quando os países vizinhos passam a buscar meios para a extinção do Estado de Israel, e para a reafirmação de sua soberania na região a partir do contexto do pós Segunda Guerra Mundial, quando se estabelecia de modo geral um novo ordenamento entre todas as nações do mundo, no período da Guerra Fria. Em meados desta década eclode no Oriente Médio a chamada Guerra do Suez.

A partir de 1956 este novo conflito coloca em lados opostos os interesses de árabes e judeus, desta vez relacionados com questões estratégicas e econômicas, e não apenas territoriais. A Guerra do Suez colocará o Oriente Médio definitivamente no contexto das disputas ideológicas da Guerra Fria, uma vez que se materializam na região os interesses geopolíticos dos Estados Unidos e da União Soviética durante a bipolaridade.

O canal em questão estabelece uma rota vital para o comércio mundial, ligando o Porto de Port-Said, no mar Mediterrâneo, ao Porto de Suez, no mar Vermelho (ambos localizados no Egito). A vantagem trazida pelo canal é o estabelecimento de uma ligação entre a Ásia e a Europa, sem a necessidade de se contornar o continente africano.

Mesmo gozando de certa “liberdade” após a I Guerra Mundial o Egito continua subjugado aos interesses da Inglaterra, conforme ocorria desde o imperialismo do século XIX, e portanto, os ingleses controlavam, administravam e lucravam com essa importante rota comercial, ao passo que os egípcios (“donos” do canal” mão tinham ganhos pelo seu uso. Essa insatisfação por conta da exploração externa, somada à conivência do governo monárquico do Egito para com o jugo dos ingleses, levou a um levante militar liderado por Gamal Abdel Nasser, que em 1952 derrubou o regime do rei Faruk, tendo o líder militar assumido o poder.

No poder, Abdel Nasser inicia uma profunda reforma no país, baseada na estatização do Canal de Suez e de empresas estrangeiras no país, o que afeta os interesses das grandes potências europeias, assim como dos Estados Unidos, uma vez que o petróleo do Oriente Médio havia se tornado estratégico para a potência americana, e a rota pelo canal seria muito interessante. As medidas de Abdel Nasser recebem amplo apoio da URSS, o que preocupa as potências ocidentais, pois esse apoio representa a chegada definitiva do socialismo nesta porção da Ásia.

Mais do que impedir a exploração econômica do Canal de Suez pelo ocidente, a ação do Egito cria um preocupante isolamento para o recém criado Estado de Israel. Ao verem fechada a sua possibilidade de lucros com o canal, Inglaterra e França lançam uma ofensiva ao país árabe, enquanto Israel, temendo o isolamento faz o mesmo. Com estas ofensivas militares, o Egito é derrotado, a Península do Sinai é conquistada pelos israelenses e o Porto de Eliat (fechado pelos egípcios) é reaberto, reduzindo o isolamento do Estado judeu.

Porém, a aproximação entre Egito e URSS torna-se uma preocupação às potências ocidentais, uma vez que os soviéticos passam a ameaçar a Inglaterra e a França, e no contexto da Guerra Fria qualquer ameaça representava um risco de um conflito nuclear. Assim, os Estados Unidos (aliados de franceses e ingleses) começam, através da Organização das Nações Unidas, a pressionar a retirada de Israel, Inglaterra e França dos territórios egípcios, o que acontece em seguida, levando o Egito a reabrir o fluxo de navios através do Canal de Suez como contrapartida.

Passadas as tensões iniciais desencadeadas pelo controle da rota comercial do Suez, a situação aparentemente tranquila que se desdobrava começa novamente a ruir e a situação tende novamente para uma nova disputa territorial entre estas nações, uma vez que o encerramento da guerra de 1956 foi “encerrada” muito mais por pressão externa do que por concordância entre as partes envolvidas, e sabe-se que quando uma guerra se “encerra” externamente, uma nova guerra surgirá a partir de tensões apaziguadas a força nessas partes.

Assim, ocorre em 1967 a chamada Guerra dos Seis Dias, a qual pode ser vista e entendida como um desdobramento da Guerra do Suez, ou antes, como um desdobramento de como o conflito de 1956 foi “resolvido”. Portanto, pode-se dizer que a Guerra do Suez acabou mas não terminou de fato. Preocupados com a capacidade militar demonstrada por Israel e pelas intenções expansionistas apresentadas pelo Estado judeu, as nações árabes passam a buscar meios de afirmarem sua soberania e garantir a integridade de seus territórios; e mais do que isso, passam a buscar uma associação para aniquilarem o Estado de Israel no Oriente Médio.

Há nesse contexto o crescimento dos ideais do pan-arabismo, que defende a união dos povos árabes contra o inimigo sionista. Esse ideário é defendido com afinco pelo presidente egípcio, Gamal Abdel Nasser, que começa a buscar apoio nos governos de Síria, Jordânia e Iraque. Juntamente à aniquilação do Estado de Israel, o pan-arabismo defende o não alinhamento político dos países árabes com as grandes potências ideológicas durante a Guerra Fria. Porém, a crise econômica que afetava o Egito tornava o país mais contido a respeito de uma nova guerra contra os judeus.

Temendo a guerra que se aproximava, Israel inicia exercícios militares próximos às fronteiras vizinhas, e manobras preventivas em relação às nações árabes, o que cria um ambiente propício a um novo conflito bélico. Deste modo os países começaram a se preparar para uma disputa, que já se mostrava inevitável, de modo que após um ataque realizado pelo grupo palestino Fatah contra Israel, origina-se uma resposta militar judaica contra os territórios da Jordânia, e posteriormente um ataque israelense contra a Síria.

No tabuleiro geopolítico da guerra, o Egito (mesmo quase falido) começa a movimentar seus exércitos na Península do Sinai e fecha o estratégico Estreito de Tiran, vital para a economia israelense. Pronto; estão lançados os dados e o novo conflito é agora apenas uma questão de tempo e de uma das nações agir primeiro...

Com a formação de uma aliança entre seus vizinhos árabes, Israel retoma seus processos expansionistas e anexa a porção oriental da cidade de Jerusalém, que era controlada pelos palestinos desde a divisão dos territórios em 1947. Começada a guerra, Israel rapidamente lança um fulminante ataque aéreo contra as forças militares do Egito, minando as forças do inimigo e conquistando imediatamente a Península do Sinai. Ao mesmo tempo, os israelenses lançam uma ofensiva nos territórios palestinos e domina a Faixa de Gaza.

Incentivadas pelas fáceis vitórias, as forças militares judaicas lançam ataques preventivos contra a Síria, anexando também as regiões da Cisjordânia e das Colinas de Golã (área estratégica onde nasce o rio Jordão). Os resultados da Guerra dos Seis Dias deixam claro para o restante do mundo que o poderio militar de Israel é praticamente insuperável para qualquer nação árabe vizinha, e que o projeto sionista de expansão e conquista dos territórios vizinhos se mostra cada vez mais possível e factual, elevando ainda mais o grau de tensão e incerteza na região. Por outro lado, as ações externas em relação a esses conflitos se resumiram à criação, pela ONU, da Resolução 242, exigindo que Israel devolvesse as terras conquistadas, o que nunca foi totalmente respeitado/obedecido.

Tendo expandido seus territórios ainda mais com esses conflitos de 1967, Israel se mostrava cada vez mais forte na região, e as nações árabes continuam buscando alianças militares entre si, para que se estabeleça uma força capaz de se sobrepor ao poderio bélico do inimigo, que recebe auxílio político e armamentista dos Estados Unidos. Nesse propósito, Síria e Egito retomam a aliança mal sucedida da guerra anterior e passam a planejar uma retaliação contra o Estado de Israel, para a reconquista dos territórios perdidos, o que ocorre em 1973, quando se inicia uma nova guerra entre árabes e judeus.

EXPANSIONISMO ISRAELENSE NA GUERRA DOS SEIS DIAS


Dispinível em: <http://www.tiberiogeo.com.br/imagem/mundo/judeus_arabes_3.jpg> acesso em 01 jun 2018


Em 1973, no dia do feriado judaico do Dia do Perdão, eclode a Guerra do Yom Kippur, egípcios e sírios lançam um ataque surpresa contra as forças de Israel, as quais são pegas desprevenidas e fragilizadas, criando uma ideia nos árabes de que a vitória dessa vez seria conquistada nas regiões das Colinas de Golã e no Monte Sinai. Porém, passado esse furor inicial, o Estado judeu começa a tomar o controle da guerra e passa a se sobrepor militarmente sobre os inimigos. Inicialmente a Síria recua do front de batalha e posteriormente as forças egípcias são encurraladas na região do Sinai.

Porém, no auge das batalhas, as pressões externas começam a fazer diferença nos caminhos tomados pela guerra, uma vez que os Estados Unidos começam a demonstrar cada vez mais apoio às ações militares israelenses, enquanto por outro lado a União Soviética começa a discursar em prol da soberania do Egito sobre a região da Península do Sinai. Estando o mundo no contexto da Guerra Fria, o acirramento entre EUA e URSS poderia conduzir para um conflito nuclear global, o que não era interessante para nenhuma das potências geopolíticas. Assim, em 1973, a ONU estabelece os termos de um acordo de cessar-fogo entre árabes e israelenses, porém a situação permanecia tensa na região.

Como os conflitos o Oriente Médio estavam colocando em risco a segurança do mundo como um todo, uma vez que acabavam por jogar Estados Unidos e União Soviética para um acirramento militar extremamente perigoso, o que suscitou a necessidade de se buscar vias diplomáticas para a minimização das tensões na região, o que começa a se materializar nos Acordos de Camp David, em 1978. Estes acordos capitaneados pelos EUA visavam a amenização das tensões fronteiriças entre Egito e Israel, por meio da assinatura de tratados de paz, da devolução da Península do Sinai ao Egito e do reconhecimento por parte do presidente egípcio Anwar Al Sadat da soberania e independência de Israel. Inicialmente o acordo pareceu um caminho que conduziria enfim a região à paz duradoura, porém o assassinato de Al Sadat em 1981, por extremistas árabes, acabou por minar essa possibilidade.

REUNIÃO DOS LÍDERES DOS EUA, EGITO E ISRAEL EM CAMP DAVID


Disponível em: <https://jimmycarterinfo.files.wordpress.com/2016/03/jimmy_carter_sadat_begin.jpg?w=730&h=550&crop=1> acesso em 01 jun. 2018


No final da década de 1980 os conflitos voltam a ocorrer nessa região. O povo palestino começa a criar uma série de insurreições populares contra as forças armadas de Israel, que ficaram conhecidas como Intifadas. Essas intifadas colocam em combate o povo palestino, armado com paus e pedras, contra o exército judeu armado com poderio bélico e com apoio dos Estados Unidos. A partir de 1987 se estabelece a Primeira Intifada, e obviamente a escalada da violência é retomada na região. No ano 2000, a crescente presença de forças armadas de Israel na região da Esplanada das Mesquitas, reduto palestino, deu origem a uma nova revolta popular que ficou conhecida como a Segunda Intifada. Já em 2008, quando um líder do grupo terrorista palestino Hamas, Khalid Meshal, assumiu o governo da Faixa de Gaza, ele conclamou a população a se mobilizar contra o Estado judeu, no que proclamou ser a Terceira Intifada.

REBELIÃO POPULAR PALESTINA CONTRA O EXÉRCITO ISRAELENSE


Disonível em: <https://i0.wp.com/litci.org/pt/wp-content/uploads/2016/03/intifada-h.jpg?resize=770%2C470&ssl=1> acesso em 01 jun. 2018

No final do século XX, com a nova escalada da violência na região, o mundo novamente passa a voltar suas atenções para o Oriente Médio, e as grandes potências voltam a arquitetar acordos que pudessem levar a paz para a região. Nesse contexto, os Estados Unidos intermediam a aproximação entre judeus e árabes, em busca do estabelecimento de um cessar-fogo definitivo entre as nações e estabelecer a paz duradoura naqueles territórios.

Assim, em 1993, se reúnem na Noruega a liderança dos povos árabes, representados pela Organização para a Libertação da Palestina – OLP, criada em 1974 e presidida nessa época por Yasser Arafat e a liderança dos judeus, o então primeiro ministro de Israel Yitzhak Rabin. A mediação foi realizada pelo então presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton. Esses encontros ficaram conhecidos como Acordos de Oslo. Dentre as principais propostas desses acordos destacam-se a retirada dos exércitos de Israel da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, além do reconhecimento do direito dos palestinos de governar as áreas sob controle da Autoridade Palestina. A nível internacional, esse avanço foi visto como uma possibilidade real de paz entre os povos, tanto que os envolvidos (Yasser Arafat, Yitzhak Rabin e Shimon Peres) foram agraciados com o Prêmio Nobel da Paz no ano de 1993.

LIDERANÇAS ÁRABES E PALESTINAS NO PRÊMIO NOBEL DA PAZ EM 1994


Disponível em: <http://jornalemtempo.com/_uploads/2016/09/nobel-da-paz-ex-presidente-israelense-shimon-peres-morre-aos-93-anos.jpg> acesso em 01 jun. 2018


As propostas realizadas em 1993 foram reafirmadas em 1995 na cidade de Taba no Egito, quando foi realizada uma nova conferência de paz que ficou conhecida como Oslo 2, porém as mudanças nas lideranças entre os povos árabes, judeus e americanos deram outros rumos para as conversações e para as tentativas de se estabelecer a paz nessa região, e as tensões foram retomadas no início do século XXI, criando novamente um ambiente propício às disputas fronteiriças entre Israel e as nações vizinhas, tornando cada vez mais distante a possibilidade de conquista de uma coexistência pacífica no Oriente Médio.

Atualmente os conflitos foram retomados com toda a força após a reconhecimento, por parte do presidente dos Estados Unidos – Donald Trump, de Jerusalém como a capital de Israel. Na conferência de 1947, a ONU definiu que esta cidade fosse internacionalizada, sendo gerida e administrada pelos dois povos, cabendo a Israel a sua porção ocidental, e aos palestinos a porção oriental.

ASSINATURA DO RECONHECIMENTO DE JERUSALÉM COMO CAPITAL DE ISRAEL PELOS ESTADOS UNIDOS


Disponível em: <https://movimentorevista.com.br/wp-content/uploads/2018/02/trumpj.jpg> acesso em 01 jun. 2018

Porém, a decisão do governo estadunidense de transferir a sua embaixada da cidade de Tel Aviv para Jerusalém trouxe uma reação imediata da população palestina e da comunidade árabe. Mesmo nações ocidentais, como a França, se posicionaram veementemente contra a decisão do presidente americano, e a preocupação mundial se mostra explicável, pois hoje há uma grande rebelião popular na cidade de Jerusalém e uma retaliação violenta das forças armadas israelenses, condenada por várias entidades internacionais.







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