domingo, 27 de maio de 2018

CORREÇÃO COMENTADA DE GEOGRAFIA - UNIUBE MEDICINA 2018




QUESTÃO 49

Leia com atenção.

O pronunciamento do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconhecendo Jerusalém como capital de Israel tem sido recebido com alarme por líderes de diversos países do Oriente Médio, e também na Europa, que veem na medida potencial para colocar em risco o já frágil processo de paz entre israelenses e palestinos [...]

Israel considera Jerusalém sua capital eterna e indivisível. Mas os palestinos reivindicam parte da cidade (Jerusalém Oriental) como capital de seu futuro Estado [...]

Atualmente, a maioria dos países mantém suas embaixadas em Tel Aviv, justamente pela falta de consenso na comunidade internacional sobre o status de Jerusalém. A posição da maior parte da comunidade internacional, e dos Estados Unidos até o anúncio desta quarta, é a de que o status de Jerusalém deve ser decidido em negociações de paz.

No conflito entre Israel e palestinos, o status diplomático de Jerusalém, cidade que abriga locais sagrados para judeus, cristãos e muçulmanos, é uma das questões mais polêmicas e ponto crucial nas negociações de paz.

A notícia trata de um tema bastante delicado na História do Oriente Médio, que remete ao movimento sionista, que marcou o retorno do povo judeu à região de Jerusalém, até então habitada em sua maioria pelos árabes palestinos. A criação de um Estado judeu no território em 1947, marcou o início dos conflitos árabe-israelenses que duram até os dias atuais. Sobre esse conflito, analise as afirmativas a seguir.

I) O domínio sobre Jerusalém é um tema chave no conflito, já que os judeus e palestinos reivindicam a cidade como sua capital

II) A criação do Estado de Israel criou uma solução para os refugiados judeus e gerou um problema para os palestinos, forçados a se exilarem do território.

III) Apesar da disputa territorial, a cidade de Jerusalém foi colocada sob jurisdição do Estado de Israel, conforme acordo determinado pela ONU em 1947.

IV) A intervenção dos EUA na questão árabe-israelense foi preponderante nos conflitos da Guerra dos Seis Dias (1967), no acordo de Camp David (1978) e na criação do Estado Palestino nos territórios da Cisjordânia e da Faixa de Gaza (1993).

As alternativas CORRETAS estão contidas em:

a) I e II, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) II e IV, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) I, III e IV, apenas.

Resposta: A

Comentário:

O anúncio do governo dos Estados Unidos, formalizando o reconhecimento da cidade de Jerusalém como capital do Estado de Israel foi mais um capítulo no já conturbado processo de paz que se busca há décadas na região. Desde a criação de um Estado judeu nos territórios palestinos em 1947, esta cidade é foco de disputas, estando desde então dividida entre judeus e árabes, que administram “conjuntamente” as partes da cidade sagrada para ambos.

Após a Segunda Guerra Mundial e o massacre de judeus pelo Holocausto nazista, a ONU passou a buscar o estabelecimento de um território para este povo, que vivia espalhado e migrando por diversos países até então, porém a divisão dos territórios palestinos, longe de resolver as disputas territoriais entre as nações, acabou por acender o estopim para um conflito que já dura 70 anos, no qual os palestinos reivindicam a posse das terras onde viviam, enquanto os judeus reivindicam a posse das terras que tiveram autorização de viver, segundo a Organização das Nações Unidas, e mais do que isso, o Estado de Israel historicamente adota uma política expansionista, invadindo e conquistando terras que foram destinadas aos palestinos em 1947.

QUESTÃO 52

Há uma crise humanitária se desdobrando na Venezuela. Não é a única do mundo. Mas, diferentemente do que ocorre na Síria, na Somália ou no Burundi, a crise venezuelana nos afeta diretamente. Milhares de famintos têm procurado refúgio e sobrevivência no Brasil e entrado no país pela fronteira com Roraima, muitas vezes pegando carona ou andando a pé por muitos quilômetros. A crise venezuelana também é uma oportunidade para aprendermos mais sobre como funciona o mundo e como nós funcionamos. [...]

Além disso, essa acolhida traz vantagens práticas, do nosso próprio interesse. Refugiados podem se tornar cidadãos produtivos; entre os venezuelanos, há pessoas de diversos níveis de educação e de experiência profissional que podem contribuir para o desenvolvimento do nosso país.

O fluxo crescente de venezuelanos tem sido gerado por uma situação cada vez mais dramática naquele país. Além da Colômbia, que já recebeu, desde 2016, cerca de 550 mil venezuelanos, o Brasil é o segundo país de destino dessa população, tendo recebido 40 mil refugiados  em 2017. Entre as principais motivações para a crise humanitária e migratória venezuelana, destacam-se:

I) Violações de direitos humanos cometidos pelo regime chavista de Nicolás Maduro nos últimos anos.

II) Perseguição política, prisões arbitrárias e alguns casos de tortura contra aqueles que se manifestam contrariamente à política e à crise econômica do país.

III) Intensificação do quadro de pobreza da população, devido à escassez de alimentos e remédios, ao desemprego e à recessão social.

IV) Perseguição religiosa contra grupos evangélicos, que têm buscado refúgio no Brasil, em face à liberdade religiosa no país.

As afirmativas CORRETAS estão contidas em:

a) I e III, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) II e IV, apenas.
d) I, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

Resposta: B

Comentário:

O atual quadro de crise econômica, política e social observado na Venezuela é fruto de ações do governo de Nicolás Maduro, assim como reflexo de práticas políticas de seu antecessor, Hugo Chávez. O governo Chávez trouxe de volta ao povo venezuelano um governo populista, autoritário e intransigente, mas que no entanto gozava de grande apoio popular e se beneficiava de ganhos econômicos referentes aos altos preços do petróleo no mercado internacional à época.

Porém, com a morte de Hugo Chávez e as constantes baixas no preço do petróleo no mercado mundial, seu sucessor parrou a não contar com um aporte tão grande de capitais para sustentar os programas e ações sociais do governo, que acabou por reduzir significativamente o apoio popular ao governo, dando origem a uma crise de governabilidade.

Como em todo governo autoritário, quando a crise econômica afetou ao quadro político, o presidente Maduro passou a enrijecer o tratamento com a oposição e os críticos de seu governo, o que instaurou no país um regime nos moldes de uma ditadura, suprimindo vários direitos e garantias sociais da população venezuelana. Com o agravamento da crise econômica, o país passou a enfrentar situações de desabastecimento de produtos essenciais, o que aumentou a revolta popular e consequentemente a violência por parte do governo, criando grandes massas de refugiados em direção aos países vizinhos, como o Brasil.

QUESTÃO 55

As massas de ar consistem em elemento determinante dos climas brasileiros, porque podem mudar bruscamente o tempo nas áreas onde atuam. Considerando as características dessas massas de ar, analise as afirmativas.

BRASIL – MASSAS DE AR



I) 1 indica a Massa Equatorial Continental, originária do Oceano Atlântico, que é uma massa de ar frio, úmido e estável. É a que exerce maior influência no Brasil, atuando principalmente no inverno.

II) 2 indica a Massa Tropical Atlântica, que se origina próxima ao Açores, na África, formadora dos ventos alísios de sudeste, causando muitas chuvas no litoral, e atua durante o outono e inverno.

III) 3 indica a Massa Tropical Continental, que é uma zona de altas temperaturas e pouca umidade, e possui características de uma massa de ar quente e seco. É também responsável pelos chamados “veranicos”.

IV) 4 indica a Massa Polar Atlântica, que se origina no Oceano Atlântico Norte e tem ar frio e úmido, atuando principalmente durante o inverno. Essa massa de ar provoca o fenômeno da “friagem”.

V) 5 indica a Massa Tropical Atlântica de ar quente e úmido, formadora dos ventos alísios de centro-oeste, e atua na região Sul e Nordeste. É constante apenas nos meses de janeiro e março.

Está(ão) CORRETA(S) a(s) afirmação(ões) contida(s) em:

a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) IV, apenas.
d) II e IV, apenas.
e) IV e V, apenas.

Resposta: B

Comentário:

No mapa representado na questão são apresentadas as massas de ar que atuam no Brasil ao longo do ano, as quais foram numeradas de 1 a 5, sendo: 1  Massa Equatorial Continental que se forma sobre a floresta amazônica, sendo quente e úmida, atuando todos os meses do ano em praticamente todo o território do país; 2 Massa Equatorial Atlântica que se forma no arquipélago de Açores no atlântico norte, sendo quente e úmida, atuando todos os meses do ano nos litorais norte e nordeste do Brasil; 3 Massa Tropical Continental que se forma na região do Chaco Sulamericano nos territórios da Argentina e do Paraguai, sendo quente e seca, atuando principalmente nos meses de verão na porção Centro-Oeste do país; 4 Massa Tropical Atlântica  que se forma próxima ao litoral sudeste do Brasil, sendo quente e úmida, atuando todos os meses do ano nos litorais sul, sudeste e nordeste; e 5 Massa Polar Atlântica que se forma nas proximidades da Antártida, sendo fria e úmida, atuando apenas nos meses de outono e principalmente inverno na região sul, litoral nordeste e alcançando até a Amazônia, onde provoca o fenômeno chamado de “friagem”.

QUESTÃO 56

Em Mai Mahiu, um pequeno vilarejo rural no sudoeste do Quênia, a 50 km da capital, Nairobi, ocorrem há algumas semanas chuvas intensas, inundações e tremores. Mas, em 18 de março, algo estranho aconteceu: a terra começou a se abrir. A enorme fissura já tem quilômetros de comprimento e alguns metros de largura. Ela está ligada a uma falha tectônica conhecida como Vale do Rift, ou Vale da Grande Fenda, na África Oriental. Segundo os geólogos, esse é um sinal de que, daqui a dezenas de milhões de anos, a África pode ser separada em duas. Assim como ocorreu com a América do Sul, separada da África há 138 milhões de anos, os geólogos estimam que chegará um momento em que o Chifre da África também se desprenderá do continente.



Em termos geológicos, falha é uma fratura na crosta terrestre com deslocamento relativo, perceptível entre os lados contíguos e ao longo do plano de fratura. A falha relatada no texto iniciou-se há 30 milhões de anos e está se propagando em média de 2,5 a 5 centímetros por ano, segundo pesquisadores. Estudos apontam que, quando a ruptura estiver completa, o continente africano estará menor e com probabilidade de o Chifre da África se tornar uma ilha. Os países que formam o Chifre da África são:

a) Tunísia, Líbia, Argélia e Sudão.
b) Gana, Togo, Benin e Costa do Marfim.
c) Senegal, Guiné, Libéria e Serra Leoa.
d) Somália, Djibuti, Etiópia e Eritréia.
e) Angola, Zâmbia, Zimbábue e Moçambique.

Resposta: D

Comentário:

As falhas geológicas da crosta terrestre foram formadas em sua maioria ainda durante a fragmentação das terras emersas no processo de Deriva Continental, onde algumas fissuras ou fendas menores foram criadas, porém não se separaram totalmente, como se observou com alguns continentes.

Muitas dessas falhas continuam ainda ativas e se movendo muito lentamente, porém podendo causar eventos ou transformações de grandes impactos sobre a superfície terrestre, como se observa no chamado Chifre da África. Nessa região composta por 4 nações, historicamente assoladas por fome e conflitos civis nas últimas décadas, passam por um processo geológico que pode leva-las a se separar totalmente do restante do continente africano, conforme já ocorreu no passado com a ilha de Madagascar. Caso o processo geológico seja contínuo, essas 4nações (Somália, Etiópia, Djibuti e Eritréia) podem no futuro se tornarem “ilhas” litorâneas na costa oriental da África.

QUESTÃO 57

Boom de baterias depende de país africano com passado caótico

Os carros do futuro dependerão cada vez mais da oferta de um metal obscuro de um país dos trópicos africanos, onde nunca houve transição pacífica de poder e ainda se usa mão de obra infantil no setor de mineração. A maioria das grandes fabricantes promete produzir milhões de veículos elétricos em meio à repressão dos governos às emissões dos motores tradicionais, movidos a combustível, que são prejudiciais ao clima. Como resultado, cresce a demanda por baterias de íons de lítio e pelos materiais necessários para produzi-las -- incluindo o cobalto, uma substância relativamente rara encontrada principalmente na República Democrática do Congo.
O Congo oferece uma produção confiável há mais de uma década, mas ainda se recupera da brutal guerra civil que deixou milhões de vítimas e paralisava a indústria da mineração antes da chegada da paz, em 2003. O presidente Joseph Kabila -- cujo pai assumiu o controle do país após derrubar Mobutu Sese Seko, em 1997, e foi assassinado quatro anos depois -- se recusou a entregar o poder após o fim do mandato, no ano passado. Desde que assumiu a presidência, em 2001, Kabila, de 46 anos, e sua família construíram uma vasta rede de negócios com ramificações em todos os cantos da economia, inclusive na mineração. A maior parte das receitas do país com exportações vem da mineração.

Sobre o país citado no texto e a commodity a que se refere é CORRETO afirmar:

a) Pelo fato de o citado país se localizar no deserto do Saara, são grandes as dificuldades de ordem estrutural para viabilizar a extração do cobalto.
b) Como ocorre desde os tempos coloniais, mais uma vez os interesses estrangeiros poderão se voltar para um recurso natural do continente africano, permanecendo-se, assim, um quadro de exploração em detrimento do desenvolvimento local.
c) O cobalto, assim como o urânio e o tório, é encontrado na natureza sob condições de elevada radioatividade. Dessa forma, sua exploração somente será possível por países que detenham completo domínio sobre a tecnologia nuclear.
d) A República Democrática do Congo é, na atualidade, o país mais industrializado e próspero do continente africano, em função da sua indústria da mineração altamente desenvolvida.
e) Em termos de localização, a República Democrática do Congo apresenta as latitudes extremas norte e sul equivalente às latitudes da região mais meridional do Brasil.

Resposta: B

Comentário:

A ampliação nas últimas décadas da produção e massificação do consumo dos equipamentos eletroeletrônicos (também chamados de “tecnologias vestíveis”) tem aumentado a necessidade de criação de baterias cada vez mais eficientes e que mantém a carga por mais tempo, de modo que a utilização de “novas” matérias primas como o cobalto se torna estratégica para as empresas que atuam nesse setor. Porém, assim como os outros recursos minerais, o cobalto é mal distribuído pela superfície da Terra, tornando estratégica a sua posse e lucrativa a sua exploração. Embora as maiores reservas dessa commodity encontrem-se hoje nas nações não desenvolvidas, a maior parte da sua extração e exploração se dá através de empresas pertencentes às grandes potências mundiais, o que reproduz e amplia a histórica desigualdade entre essas economias.

QUESTÃO 58

NASA cria sistema capaz de prever deslizamentos de terra em todo o mundo

A NASA --agência espacial norte-americana-- desenvolveu um sistema que permite a observação de ameaças de deslizamentos de terra causadas pela chuva em qualquer parte do mundo e quase que em tempo real.

Segundo os pesquisadores, a precipitação é o gatilho mais comum dos deslizamentos de terra em todo o mundo. E, se as condições sob a superfície da Terra já são instáveis, as fortes chuvas atuam apenas como a última gota que faz com que lama, pedras ou detritos - ou todos combinados - se movam rapidamente pelas montanhas e encostas. A partir de um multi-satélite chamado GPM (Global Precipitation Measurement), o novo sistema fornece estimativas de precipitações em todo o mundo a cada 30 minutos. O monitor estima a potencial atividade de deslizamento das áreas com precipitação pesada, persistente e recente. São considerados críticos os locais que excederem suas próprias médias de precipitação dos últimos sete dias.

Segundo a Nasa, em lugares onde a precipitação é excepcionalmente alta, o sistema usa um mapa de suscetibilidade para determinar se a área é propensa a deslizamentos de terra. Neste mapa são consideradas cinco características bastante impactantes: construção de estradas nas proximidades, remoção ou queima de árvores, falha tectônica, rocha fraca e encostas íngremes. Se o mapa de suscetibilidade mostrar que a área com chuvas fortes é vulnerável, o modelo produz um alerta sobre a "probabilidade alta" ou "moderada" de deslizamento. O modelo produz novos alertas a cada 30 minutos. "O modelo foi capaz de nos ajudar a entender os possíveis riscos imediatos de deslizamentos em questão de minutos", disse Thomas Stanley, especialista em deslizamentos de terra da Associação Universitária de Pesquisa Espacial em Goddard e coautor do estudo. "Ele também pode ser usado para ver retroativamente como a atividade potencial de deslizamento varia na escala global de uma maneira que não era possível antes.” A partir de uma análise comparada ao banco de dados de deslizamentos, com informações desde 2007, os pesquisadores identificaram inclusive uma "temporada de deslizamento" global em julho e agosto, provavelmente associado às temporadas de monções e ciclones tropicais nos oceanos Atlântico e Pacífico.

A análise do texto e os conhecimentos sobre o tema permitem afirmar:

a) no caso dos deslizamentos de encostas anualmente registrados em diversas regiões do território brasileiro, as falhas tectônicas na estrutura geológica explicam os citados eventos.

b) O desenvolvimento tecnológico e os avanços nas áreas do conhecimento humano combinados estão evitando os deslizamentos de encostas em todas as regiões do planeta.

c) A atuação das monções é mais significativa, sobretudo no período do inverno no hemisfério norte, quando então, as chuvas são mais torrenciais, apresentando índices elevados de precipitação.

d) O novo sistema capaz de prever deslizamentos de terra em todo o mundo utiliza como referência as médias de temperatura constatadas nos últimos sete dias.

e) Além dos fatores naturais causadores dos deslizamentos de terra, os fatores antrópicos compõem a lista das eventuais causas desses eventos e, portanto, a consciência coletiva sobre os riscos deve ser desenvolvida quando da ocupação do solo.

Resposta: E

Comentário:

Embora o novo sistema desenvolvido pela NASA seja capaz de prever com antecedência a ocorrências ou os riscos relativos às tragédias dos deslizamentos de terras em regiões de encostas, e o conhecimento a respeito da estrutura geológica e a composição geomorfológica da região, assim como o entendimento da dinâmica climática local possibilitem o estabelecimento das áreas de maior suscetibilidade desses fenômenos, isso por si só não é capaz de impedir esses eventos, uma vez que são fenômenos naturais e inerentes ao meio, mas que a ação antrópica tem o poder de potencializá-los.

Portanto, este sistema criado com o uso de tecnologias da informação alcançará sucesso apenas se for combinado com políticas eficazes de uso e ocupação dos solos urbanos, a fim de que aquelas áreas de notado risco de tragédias não sejam ocupadas, e as populações de mais baixa renda (as mais afetadas por suas consequências) tenham locais apropriados para o estabelecimento de suas moradias.

QUESTÃO 59

China levará água ao deserto por meio de túnel mais longo do mundo

Um túnel de mil quilômetros na China, que se transformaria no mais longo do mundo, levará água do Tibete até o deserto de Taklimakan, em Xinjiang, caso se concretize o projeto no qual trabalham engenheiros do país. Segundo informou nesta segunda-feira o jornal "South China Morning Post", esta obra de engenharia transportará a água do rio Bramaputra até o deserto de Taklimakan, que ocupa uma superfície de 270.000 quilômetros quadrados. Uma vez construído, este túnel superará amplamente o aqueduto subterrâneo de Nova York, atualmente o mais longo do mundo, com 137 quilômetros de extensão.

Em um trabalho de cartografia foi elaborado um mapa da China, onde se representa a obra a ser implantada através de um segmento de reta, desde a origem, no rio Bramaputra, até o destino, no deserto de Taklimakan, sendo o respectivo deserto representado por um quadrado com o lado medindo 2 cm.

Assim, a escala de execução desse mapa e o comprimento aproximado do túnel no citado mapa são, respectivamente:

a) 1:260.000.000 / 38,50 cm.

b) 1:2.600.000 / 385,00 cm.

c) 1:26.000.000 / 3,85 cm.

d) 1:260.000 / 30,85 cm.

e) 1:26.000 / 3,85 cm.

Resposta: C

Comentário:

1.  Segundo os dados trazidos na questão, o deserto de Taklimakan possui uma área de 270.000 km2 e um formato quadrado com cada lado valendo 2 cm.

2.  Segundo os dados trazidos na questão, o túnel por onde passará a água terá 1000 quilômetros de extensão.

3. Como os valores mencionados, de área do deserto e de extensão do túnel estão em quilômetros, para a questão deverão se convertidos em centímetros, e para tal, aos valores em km deverão ter acrescidos cinco zeros.

Logo, temos que:

- Se a área do deserto é um quadrado e, portanto, com lados iguais, a medida de cada lado na realidade (D) será a raiz quadrada do valor da área; logo, raiz de 270.000 Km2 é aproximadamente 520 Km.

- Como a questão nos traz que cada lado desse quadrado no mapa (d) vale 2 centímetros, temos que  2 centímetros no mapa (d) equivalem a 520 km na realidade (D). Portanto, segundo a equação da escala (E = d/D), teremos que:

E = d / D
E = 2 / 52.000.000
E = 1 / 26.000.000 ou
 (1:26.000.000)

- Sabendo-se que o valor da escala do mapa é 1:26.000.000 e que a questão menciona que o comprimento real (D) do túnel é de 1.000 km, ou 100.000.000 centímetros, basta aplicar novamente a equação da escala. Portanto:

E = d / D
1 / 26.000.000 = d / 100.000.000
d = 100.000.000 / 26.000.000
d = 3,846 cm
(aproximadamente 3,85 cm)


QUESTÃO 60

Leia com atenção

... o que talvez distingue Israel não são suas aspirações de escapar aos limites da lei internacional – algo compartilhado por várias nações – nem suas transgressões ocasionais às normas legais globais – novamente, algo dificilmente único na comunidade global – mas o fato de que, raramente, é chamado para dar conta dos seus atos.

Considerando esse conflito interminável entre árabes e israelenses, assinale a alternativa que, de fato, se refere a eventos nos quais as Forças Armadas do Estado de Israel agiram em desacordo com as normas que orientam o Direito Internacional.

a) Durante manifestações palestinas na Faixa de Gaza (maio/2018), as forças de segurança israelenses lançaram gás lacrimogênio e atiraram. 16 palestinos morreram e 750 foram feridos pelos disparos.

b) Em 2010, o Tribunal de Recursos de Kiev concluiu uma investigação afirmando que o total de mortos no Holodomor (fome pela seca), praticado pelo governo israelense pode chegar a 12 milhões.

c) A Organização das Nações Unidas (ONU) calcula que em janeiro de 1945 havia mais de 65 mil prisioneiros palestinos no campo de concentração de Sachsenhausen, incluindo mais de 13 mil mulheres.

d) Uso do foguete MGM-1408 contra as populações de Raqqa e Mosul (Síria). Disparado de um lançador de foguete móvel, a arma detona no ar, espalhando cerca de 274 granadas anti-pessoal, cada uma das quais é capaz de matar qualquer pessoa dentro de um raio de 15 metros.

e) Em 1988, a aviação israelense lançou agentes químicos sobre Halabja (Iraque). Este bombardeio foi o maior ataque a gás contra civis, cerca de 5 mil curdos iraquianos, na maioria mulheres e crianças foram mortos em alguns minutos, e 10.000 feridos.

Resposta: A

Comentário:
Os conflitos históricos entre israelenses e palestinos possui capítulos que fogem completamente das regras políticas e das questões humanitárias, uma vez que ambos os lados, às vezes em períodos distintos, fazem uso totalmente desproporcional das forças militares (ou paramilitares) e banalizam o uso da violência contra o lado oposto.

Recentemente, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu publicamente a cidade de Jerusalém como capital do Estado de Israel, o que gerou grande revolta entre os povos árabes, uma vez que assim como os judeus consideram essa cidade como sendo sagrada. Após o anúncio do governante estadunidense, uma onda de protestos e manifestações populares nesta cidade colocou frente a frente as forças militares de Israel e uma parcela significativa da população palestina, criando novamente um ambiente de exacerbação e banalização da violência.

Com centenas de feridos e quase 20 mortos (todos palestinos), observadores internacionais passaram a acusar o Exército de Israel de uso desproporcional das forças militares e de ter massacrado os manifestantes palestinos, o que gerou uma onda de revolta e de protestos em países árabes vizinhos dessa região, criando novamente tensões em um território que vive um conflito sem fim há 70 anos, desde a divisão das terras ocupadas pelos palestinos e a criação de um Estado judeu no Oriente Médio.



2 comentários: