QUESTÃO 49
Leia
com atenção.
O
pronunciamento do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconhecendo
Jerusalém como capital de Israel tem sido recebido com alarme por líderes de
diversos países do Oriente Médio, e também na Europa, que veem na medida
potencial para colocar em risco o já frágil processo de paz entre israelenses e
palestinos [...]
Israel
considera Jerusalém sua capital eterna e indivisível. Mas os palestinos
reivindicam parte da cidade (Jerusalém Oriental) como capital de seu futuro
Estado [...]
Atualmente,
a maioria dos países mantém suas embaixadas em Tel Aviv, justamente pela falta
de consenso na comunidade internacional sobre o status de Jerusalém. A posição
da maior parte da comunidade internacional, e dos Estados Unidos até o anúncio
desta quarta, é a de que o status de Jerusalém deve ser decidido em negociações
de paz.
No
conflito entre Israel e palestinos, o status diplomático de Jerusalém, cidade
que abriga locais sagrados para judeus, cristãos e muçulmanos, é uma das questões
mais polêmicas e ponto crucial nas negociações de paz.
A notícia trata de um tema
bastante delicado na História do Oriente Médio, que remete ao movimento
sionista, que marcou o retorno do povo judeu à região de Jerusalém, até então
habitada em sua maioria pelos árabes palestinos. A criação de um Estado judeu
no território em 1947, marcou o início dos conflitos árabe-israelenses que
duram até os dias atuais. Sobre esse conflito, analise as afirmativas a seguir.
I) O domínio sobre Jerusalém é um
tema chave no conflito, já que os judeus e palestinos reivindicam a cidade como
sua capital
II) A criação do Estado de Israel
criou uma solução para os refugiados judeus e gerou um problema para os
palestinos, forçados a se exilarem do território.
III) Apesar da disputa
territorial, a cidade de Jerusalém foi colocada sob jurisdição do Estado de
Israel, conforme acordo determinado pela ONU em 1947.
IV) A intervenção dos EUA na
questão árabe-israelense foi preponderante nos conflitos da Guerra dos Seis
Dias (1967), no acordo de Camp David (1978) e na criação do Estado Palestino
nos territórios da Cisjordânia e da Faixa de Gaza (1993).
As alternativas CORRETAS estão contidas em:
a) I e II, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) II e IV, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) I, III e IV, apenas.
Resposta:
A
Comentário:
O anúncio do governo dos Estados
Unidos, formalizando o reconhecimento da cidade de Jerusalém como capital do
Estado de Israel foi mais um capítulo no já conturbado processo de paz que se
busca há décadas na região. Desde a criação de um Estado judeu nos territórios palestinos
em 1947, esta cidade é foco de disputas, estando desde então dividida entre
judeus e árabes, que administram “conjuntamente” as partes da cidade sagrada
para ambos.
Após a Segunda Guerra Mundial e o
massacre de judeus pelo Holocausto nazista, a ONU passou a buscar o
estabelecimento de um território para este povo, que vivia espalhado e migrando
por diversos países até então, porém a divisão dos territórios palestinos,
longe de resolver as disputas territoriais entre as nações, acabou por acender
o estopim para um conflito que já dura 70 anos, no qual os palestinos
reivindicam a posse das terras onde viviam, enquanto os judeus reivindicam a
posse das terras que tiveram autorização de viver, segundo a Organização das
Nações Unidas, e mais do que isso, o Estado de Israel historicamente adota uma
política expansionista, invadindo e conquistando terras que foram destinadas
aos palestinos em 1947.
QUESTÃO 52
Há
uma crise humanitária se desdobrando na Venezuela. Não é a única do mundo.
Mas, diferentemente do que ocorre na Síria, na Somália ou no Burundi, a crise
venezuelana nos afeta diretamente. Milhares de famintos têm procurado refúgio e
sobrevivência no Brasil e entrado no país pela fronteira com Roraima,
muitas vezes pegando carona ou andando a pé por muitos quilômetros. A crise
venezuelana também é uma oportunidade para aprendermos mais sobre como funciona
o mundo e como nós funcionamos. [...]
Além
disso, essa acolhida traz vantagens práticas, do nosso próprio
interesse. Refugiados podem se tornar cidadãos produtivos; entre os
venezuelanos, há pessoas de diversos níveis de educação e de experiência
profissional que podem contribuir para o desenvolvimento do nosso país.
O
fluxo crescente de venezuelanos tem sido gerado por uma situação cada vez mais
dramática naquele país. Além da Colômbia, que já recebeu, desde 2016, cerca de
550 mil venezuelanos, o Brasil é o segundo país de destino dessa população,
tendo recebido 40 mil refugiados em
2017. Entre as principais motivações para a crise humanitária e migratória
venezuelana, destacam-se:
I)
Violações de direitos humanos cometidos pelo regime chavista de Nicolás Maduro
nos últimos anos.
II)
Perseguição política, prisões arbitrárias e alguns casos de tortura contra
aqueles que se manifestam contrariamente à política e à crise econômica do
país.
III)
Intensificação do quadro de pobreza da população, devido à escassez de
alimentos e remédios, ao desemprego e à recessão social.
IV)
Perseguição religiosa contra grupos evangélicos, que têm buscado refúgio no
Brasil, em face à liberdade religiosa no país.
As
afirmativas CORRETAS estão contidas
em:
a)
I e III, apenas.
b)
I, II e III, apenas.
c)
II e IV, apenas.
d)
I, III e IV, apenas.
e)
I, II, III e IV.
Resposta:
B
Comentário:
O atual quadro de crise econômica,
política e social observado na Venezuela é fruto de ações do governo de Nicolás
Maduro, assim como reflexo de práticas políticas de seu antecessor, Hugo
Chávez. O governo Chávez trouxe de volta ao povo venezuelano um governo
populista, autoritário e intransigente, mas que no entanto gozava de grande
apoio popular e se beneficiava de ganhos econômicos referentes aos altos preços
do petróleo no mercado internacional à época.
Porém, com a morte de Hugo Chávez e
as constantes baixas no preço do petróleo no mercado mundial, seu sucessor
parrou a não contar com um aporte tão grande de capitais para sustentar os
programas e ações sociais do governo, que acabou por reduzir significativamente
o apoio popular ao governo, dando origem a uma crise de governabilidade.
Como em todo governo autoritário,
quando a crise econômica afetou ao quadro político, o presidente Maduro passou
a enrijecer o tratamento com a oposição e os críticos de seu governo, o que
instaurou no país um regime nos moldes de uma ditadura, suprimindo vários
direitos e garantias sociais da população venezuelana. Com o agravamento da
crise econômica, o país passou a enfrentar situações de desabastecimento de
produtos essenciais, o que aumentou a revolta popular e consequentemente a violência
por parte do governo, criando grandes massas de refugiados em direção aos
países vizinhos, como o Brasil.
QUESTÃO 55
As
massas de ar consistem em elemento determinante dos climas brasileiros, porque
podem mudar bruscamente o tempo nas áreas onde atuam. Considerando as
características dessas massas de ar, analise as afirmativas.
BRASIL – MASSAS DE AR
I)
1 indica a Massa Equatorial Continental, originária do Oceano Atlântico, que é
uma massa de ar frio, úmido e estável. É a que exerce maior influência no
Brasil, atuando principalmente no inverno.
II)
2 indica a Massa Tropical Atlântica, que se origina próxima ao Açores, na
África, formadora dos ventos alísios de sudeste, causando muitas chuvas no
litoral, e atua durante o outono e inverno.
III)
3 indica a Massa Tropical Continental, que é uma zona de altas temperaturas e
pouca umidade, e possui características de uma massa de ar quente e seco. É
também responsável pelos chamados “veranicos”.
IV)
4 indica a Massa Polar Atlântica, que se origina no Oceano Atlântico Norte e
tem ar frio e úmido, atuando principalmente durante o inverno. Essa massa de ar
provoca o fenômeno da “friagem”.
V)
5 indica a Massa Tropical Atlântica de ar quente e úmido, formadora dos ventos
alísios de centro-oeste, e atua na região Sul e Nordeste. É constante apenas
nos meses de janeiro e março.
Está(ão)
CORRETA(S) a(s) afirmação(ões)
contida(s) em:
a)
I, apenas.
b)
III, apenas.
c)
IV, apenas.
d)
II e IV, apenas.
e)
IV e V, apenas.
Resposta:
B
Comentário:
No mapa representado na questão são
apresentadas as massas de ar que atuam no Brasil ao longo do ano, as quais foram
numeradas de 1 a 5, sendo: 1 Massa Equatorial
Continental que se forma sobre a floresta amazônica, sendo quente e úmida,
atuando todos os meses do ano em praticamente todo o território do país; 2 Massa Equatorial Atlântica que se
forma no arquipélago de Açores no atlântico norte, sendo quente e úmida,
atuando todos os meses do ano nos litorais norte e nordeste do Brasil; 3 Massa Tropical Continental que se
forma na região do Chaco Sulamericano nos territórios da Argentina e do
Paraguai, sendo quente e seca, atuando principalmente nos meses de verão na
porção Centro-Oeste do país; 4 Massa
Tropical Atlântica que se forma
próxima ao litoral sudeste do Brasil, sendo quente e úmida, atuando todos os
meses do ano nos litorais sul, sudeste e nordeste; e 5 Massa Polar Atlântica que se forma nas proximidades da Antártida,
sendo fria e úmida, atuando apenas nos meses de outono e principalmente inverno
na região sul, litoral nordeste e alcançando até a Amazônia, onde provoca o fenômeno
chamado de “friagem”.
QUESTÃO 56
Em
Mai Mahiu, um pequeno vilarejo rural no sudoeste do Quênia, a 50 km da
capital, Nairobi, ocorrem há algumas semanas chuvas intensas, inundações e
tremores. Mas, em 18 de março, algo estranho aconteceu: a terra começou a se
abrir. A enorme fissura já tem quilômetros de comprimento e alguns metros de
largura. Ela está ligada a uma falha tectônica conhecida como Vale do Rift, ou
Vale da Grande Fenda, na África Oriental. Segundo os geólogos, esse é um sinal
de que, daqui a dezenas de milhões de anos, a África pode ser separada em duas.
Assim como ocorreu com a América do Sul, separada da África há 138 milhões de
anos, os geólogos estimam que chegará um momento em que o Chifre da África
também se desprenderá do continente.
Em
termos geológicos, falha é uma fratura na crosta terrestre com deslocamento
relativo, perceptível entre os lados contíguos e ao longo do plano de fratura.
A falha relatada no texto iniciou-se há 30 milhões de anos e está se propagando
em média de 2,5 a 5 centímetros por ano, segundo pesquisadores. Estudos apontam
que, quando a ruptura estiver completa, o continente africano estará menor e
com probabilidade de o Chifre da África se tornar uma ilha. Os países que
formam o Chifre da África são:
a)
Tunísia, Líbia, Argélia e Sudão.
b)
Gana, Togo, Benin e Costa do Marfim.
c)
Senegal, Guiné, Libéria e Serra Leoa.
d)
Somália, Djibuti, Etiópia e Eritréia.
e)
Angola, Zâmbia, Zimbábue e Moçambique.
Resposta:
D
Comentário:
As falhas geológicas da crosta
terrestre foram formadas em sua maioria ainda durante a fragmentação das terras
emersas no processo de Deriva Continental, onde algumas fissuras ou fendas
menores foram criadas, porém não se separaram totalmente, como se observou com
alguns continentes.
Muitas dessas falhas continuam ainda
ativas e se movendo muito lentamente, porém podendo causar eventos ou
transformações de grandes impactos sobre a superfície terrestre, como se
observa no chamado Chifre da África. Nessa região composta por 4 nações, historicamente
assoladas por fome e conflitos civis nas últimas décadas, passam por um
processo geológico que pode leva-las a se separar totalmente do restante do
continente africano, conforme já ocorreu no passado com a ilha de Madagascar.
Caso o processo geológico seja contínuo, essas 4nações (Somália, Etiópia, Djibuti e Eritréia) podem no futuro se tornarem “ilhas”
litorâneas na costa oriental da África.
QUESTÃO 57
Boom de baterias depende de país africano
com passado caótico
Os
carros do futuro dependerão cada vez mais da oferta de um metal obscuro de um
país dos trópicos africanos, onde nunca houve transição pacífica de poder e
ainda se usa mão de obra infantil no setor de mineração. A maioria das grandes
fabricantes promete produzir milhões de veículos elétricos em meio à repressão
dos governos às emissões dos motores tradicionais, movidos a combustível, que
são prejudiciais ao clima. Como resultado, cresce a demanda por baterias de
íons de lítio e pelos materiais necessários para produzi-las -- incluindo o
cobalto, uma substância relativamente rara encontrada principalmente na
República Democrática do Congo.
O
Congo oferece uma produção confiável há mais de uma década, mas ainda se
recupera da brutal guerra civil que deixou milhões de vítimas e paralisava a
indústria da mineração antes da chegada da paz, em 2003. O presidente Joseph
Kabila -- cujo pai assumiu o controle do país após derrubar Mobutu Sese Seko,
em 1997, e foi assassinado quatro anos depois -- se recusou a entregar o poder
após o fim do mandato, no ano passado. Desde que assumiu a presidência, em
2001, Kabila, de 46 anos, e sua família construíram uma vasta rede de negócios
com ramificações em todos os cantos da economia, inclusive na mineração. A
maior parte das receitas do país com exportações vem da mineração.
Sobre
o país citado no texto e a commodity a que se refere é CORRETO afirmar:
a)
Pelo fato de o citado país se localizar no deserto do Saara, são grandes as
dificuldades de ordem estrutural para viabilizar a extração do cobalto.
b)
Como ocorre desde os tempos coloniais, mais uma vez os interesses estrangeiros
poderão se voltar para um recurso natural do continente africano,
permanecendo-se, assim, um quadro de exploração em detrimento do
desenvolvimento local.
c)
O cobalto, assim como o urânio e o tório, é encontrado na natureza sob
condições de elevada radioatividade. Dessa forma, sua exploração somente será
possível por países que detenham completo domínio sobre a tecnologia nuclear.
d)
A República Democrática do Congo é, na atualidade, o país mais industrializado
e próspero do continente africano, em função da sua indústria da mineração
altamente desenvolvida.
e)
Em termos de localização, a República Democrática do Congo apresenta as
latitudes extremas norte e sul equivalente às latitudes da região mais
meridional do Brasil.
Resposta:
B
Comentário:
A ampliação nas últimas décadas da
produção e massificação do consumo dos equipamentos eletroeletrônicos (também
chamados de “tecnologias vestíveis”) tem aumentado a necessidade de criação de
baterias cada vez mais eficientes e que mantém a carga por mais tempo, de modo
que a utilização de “novas” matérias primas como o cobalto se torna estratégica
para as empresas que atuam nesse setor. Porém, assim como os outros recursos
minerais, o cobalto é mal distribuído pela superfície da Terra, tornando
estratégica a sua posse e lucrativa a sua exploração. Embora as maiores
reservas dessa commodity encontrem-se hoje nas nações não desenvolvidas, a
maior parte da sua extração e exploração se dá através de empresas pertencentes
às grandes potências mundiais, o que reproduz e amplia a histórica desigualdade
entre essas economias.
QUESTÃO 58
NASA cria sistema capaz de prever
deslizamentos de terra em todo o mundo
A
NASA --agência espacial norte-americana-- desenvolveu um sistema que permite a
observação de ameaças de deslizamentos de terra causadas pela chuva em qualquer
parte do mundo e quase que em tempo real.
Segundo
os pesquisadores, a precipitação é o gatilho mais comum dos deslizamentos de
terra em todo o mundo. E, se as condições sob a superfície da Terra já são
instáveis, as fortes chuvas atuam apenas como a última gota que faz com que
lama, pedras ou detritos - ou todos combinados - se movam rapidamente pelas montanhas
e encostas. A partir de um multi-satélite chamado GPM (Global Precipitation Measurement), o novo sistema fornece
estimativas de precipitações em todo o mundo a cada 30 minutos. O monitor
estima a potencial atividade de deslizamento das áreas com precipitação pesada,
persistente e recente. São considerados críticos os locais que excederem
suas próprias médias de precipitação dos últimos sete dias.
Segundo
a Nasa, em lugares onde a precipitação é excepcionalmente alta, o sistema usa
um mapa de suscetibilidade para determinar se a área é propensa a deslizamentos
de terra. Neste mapa são consideradas cinco características bastante
impactantes: construção de estradas nas proximidades, remoção ou queima de
árvores, falha tectônica, rocha fraca e encostas íngremes. Se o mapa de
suscetibilidade mostrar que a área com chuvas fortes é vulnerável, o modelo
produz um alerta sobre a "probabilidade alta" ou "moderada"
de deslizamento. O modelo produz novos alertas a cada 30 minutos. "O modelo
foi capaz de nos ajudar a entender os possíveis riscos imediatos de
deslizamentos em questão de minutos", disse Thomas Stanley, especialista
em deslizamentos de terra da Associação Universitária de Pesquisa Espacial em Goddard
e coautor do estudo. "Ele também pode ser usado para ver retroativamente
como a atividade potencial de deslizamento varia na escala global de uma
maneira que não era possível antes.” A partir de uma análise comparada ao banco
de dados de deslizamentos, com informações desde 2007, os pesquisadores
identificaram inclusive uma "temporada de deslizamento" global em
julho e agosto, provavelmente associado às temporadas de monções e ciclones
tropicais nos oceanos Atlântico e Pacífico.
A
análise do texto e os conhecimentos sobre o tema permitem afirmar:
a)
no caso dos deslizamentos de encostas anualmente registrados em diversas
regiões do território brasileiro, as falhas tectônicas na estrutura geológica
explicam os citados eventos.
b)
O desenvolvimento tecnológico e os avanços nas áreas do conhecimento humano
combinados estão evitando os deslizamentos de encostas em todas as regiões do
planeta.
c)
A atuação das monções é mais significativa, sobretudo no período do inverno no
hemisfério norte, quando então, as chuvas são mais torrenciais, apresentando
índices elevados de precipitação.
d)
O novo sistema capaz de prever deslizamentos de terra em todo o mundo utiliza
como referência as médias de temperatura constatadas nos últimos sete dias.
e)
Além dos fatores naturais causadores dos deslizamentos de terra, os fatores antrópicos
compõem a lista das eventuais causas desses eventos e, portanto, a consciência
coletiva sobre os riscos deve ser desenvolvida quando da ocupação do solo.
Resposta:
E
Comentário:
Embora o novo sistema desenvolvido
pela NASA seja capaz de prever com antecedência a ocorrências ou os riscos
relativos às tragédias dos deslizamentos de terras em regiões de encostas, e o conhecimento
a respeito da estrutura geológica e a composição geomorfológica da região,
assim como o entendimento da dinâmica climática local possibilitem o
estabelecimento das áreas de maior suscetibilidade desses fenômenos, isso por
si só não é capaz de impedir esses eventos, uma vez que são fenômenos naturais
e inerentes ao meio, mas que a ação antrópica tem o poder de potencializá-los.
Portanto, este sistema criado com o
uso de tecnologias da informação alcançará sucesso apenas se for combinado com
políticas eficazes de uso e ocupação dos solos urbanos, a fim de que aquelas
áreas de notado risco de tragédias não sejam ocupadas, e as populações de mais
baixa renda (as mais afetadas por suas consequências) tenham locais apropriados
para o estabelecimento de suas moradias.
QUESTÃO 59
China levará água ao deserto por meio de
túnel mais longo do mundo
Um
túnel de mil quilômetros na China, que se transformaria no mais longo do mundo,
levará água do Tibete até o deserto de Taklimakan, em Xinjiang, caso se
concretize o projeto no qual trabalham engenheiros do país. Segundo informou
nesta segunda-feira o jornal "South China Morning Post", esta obra de
engenharia transportará a água do rio Bramaputra até o deserto de Taklimakan,
que ocupa uma superfície de 270.000 quilômetros quadrados. Uma vez construído,
este túnel superará amplamente o aqueduto subterrâneo de Nova York, atualmente
o mais longo do mundo, com 137 quilômetros de extensão.
Em
um trabalho de cartografia foi elaborado um mapa da China, onde se representa
a obra a ser implantada através de um segmento de reta, desde a origem, no rio
Bramaputra, até o destino, no deserto de Taklimakan, sendo o respectivo deserto
representado por um quadrado com o lado medindo 2 cm.
Assim,
a escala de execução desse mapa e o comprimento aproximado do túnel no citado
mapa são, respectivamente:
a)
1:260.000.000 / 38,50 cm.
b)
1:2.600.000 / 385,00 cm.
c)
1:26.000.000 / 3,85 cm.
d)
1:260.000 / 30,85 cm.
e)
1:26.000 / 3,85 cm.
Resposta:
C
Comentário:
1.
Segundo os dados trazidos na questão, o deserto de Taklimakan
possui uma área de 270.000 km2
e um formato quadrado com cada lado valendo 2 cm.
2.
Segundo os dados trazidos na questão, o túnel por onde
passará a água terá 1000 quilômetros de
extensão.
3. Como os valores
mencionados, de área do deserto e de extensão do túnel estão em quilômetros, para a questão deverão se convertidos em
centímetros, e para tal, aos valores em km deverão ter acrescidos cinco zeros.
Logo,
temos que:
- Se a área do deserto é um quadrado
e, portanto, com lados iguais, a medida de cada lado na realidade (D) será a raiz quadrada do valor da
área; logo, raiz de 270.000 Km2
é aproximadamente 520 Km.
-
Como
a questão nos traz que cada lado desse quadrado no mapa (d) vale 2 centímetros, temos que
2 centímetros no mapa (d) equivalem
a 520 km na realidade (D). Portanto,
segundo a equação da escala (E = d/D),
teremos que:
E
= d / D
E
= 2 / 52.000.000
E
= 1 / 26.000.000 ou
(1:26.000.000)
-
Sabendo-se
que o valor da escala do mapa é
1:26.000.000 e que a questão menciona que o comprimento real (D) do túnel é de 1.000 km, ou 100.000.000 centímetros, basta aplicar novamente a equação da escala.
Portanto:
E
= d / D
1
/ 26.000.000 = d / 100.000.000
d
= 100.000.000 / 26.000.000
d
= 3,846 cm
(aproximadamente
3,85 cm)
QUESTÃO 60
Leia
com atenção
...
o que talvez distingue Israel não são suas aspirações de escapar aos limites da
lei internacional – algo compartilhado por várias nações – nem suas
transgressões ocasionais às normas legais globais – novamente, algo
dificilmente único na comunidade global – mas o fato de que, raramente, é
chamado para dar conta dos seus atos.
Considerando
esse conflito interminável entre árabes e israelenses, assinale a alternativa
que, de fato, se refere a eventos nos quais as Forças Armadas do Estado de
Israel agiram em desacordo com as normas que orientam o Direito Internacional.
a)
Durante manifestações palestinas na Faixa de Gaza (maio/2018), as forças de
segurança israelenses lançaram gás lacrimogênio e atiraram. 16 palestinos
morreram e 750 foram feridos pelos disparos.
b)
Em 2010, o Tribunal de Recursos de Kiev concluiu uma investigação afirmando que
o total de mortos no Holodomor (fome pela seca), praticado pelo governo
israelense pode chegar a 12 milhões.
c)
A Organização das Nações Unidas (ONU) calcula que em janeiro de 1945 havia mais
de 65 mil prisioneiros palestinos no campo de concentração de Sachsenhausen,
incluindo mais de 13 mil mulheres.
d)
Uso do foguete MGM-1408 contra as populações de Raqqa e Mosul (Síria).
Disparado de um lançador de foguete móvel, a arma detona no ar, espalhando
cerca de 274 granadas anti-pessoal, cada uma das quais é capaz de matar
qualquer pessoa dentro de um raio de 15 metros.
e)
Em 1988, a aviação israelense lançou agentes químicos sobre Halabja (Iraque).
Este bombardeio foi o maior ataque a gás contra civis, cerca de 5 mil curdos
iraquianos, na maioria mulheres e crianças foram mortos em alguns minutos, e
10.000 feridos.
Resposta:
A
Comentário:
Os conflitos históricos entre israelenses
e palestinos possui capítulos que fogem completamente das regras políticas e
das questões humanitárias, uma vez que ambos os lados, às vezes em períodos
distintos, fazem uso totalmente desproporcional das forças militares (ou
paramilitares) e banalizam o uso da violência contra o lado oposto.
Recentemente, o presidente dos
Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu publicamente a cidade de Jerusalém como
capital do Estado de Israel, o que gerou grande revolta entre os povos árabes,
uma vez que assim como os judeus consideram essa cidade como sendo sagrada.
Após o anúncio do governante estadunidense, uma onda de protestos e
manifestações populares nesta cidade colocou frente a frente as forças
militares de Israel e uma parcela significativa da população palestina, criando
novamente um ambiente de exacerbação e banalização da violência.
Com centenas de feridos e quase 20
mortos (todos palestinos), observadores internacionais passaram a acusar o Exército
de Israel de uso desproporcional das forças militares e de ter massacrado os
manifestantes palestinos, o que gerou uma onda de revolta e de protestos em
países árabes vizinhos dessa região, criando novamente tensões em um território
que vive um conflito sem fim há 70 anos, desde a divisão das terras ocupadas
pelos palestinos e a criação de um Estado judeu no Oriente Médio.