Questão 04
Kim
Jong-un atravessou o paralelo 38 que divide a Península Coreana às 9h28, hora
local desta sexta-feira, e se tornou o primeiro governante do Norte a pisar no
Sul desde o fim da Guerra da Coreia, em 1953. Do outro lado da fronteira, ele
foi recebido por Moon Jae-in, o presidente eleito em 2017 com uma plataforma
que defende a coexistência pacífica e a cooperação entre os dois lados
separados em zonas de influência comunista e capitalista depois da Segunda
Guerra.
(Claudia
Trevisan. “Em encontro histórico na Coreia do Sul, Kim fala em ‘novo capítulo’
e ‘era de paz’”. https://internacional.estadao.com.br, 26.04.2018. Adaptado.)
a)
Descreva o contexto histórico em que ocorreu a Guerra da Coreia.
Comentário:
O processo de guerra e consequente divisão da península coreana se
inserem no contexto geopolítico de início da Guerra Fria, com o acirramento
entre Estados Unidos e União Soviética no conflito ideológico entre as duas
potências que buscavam a hegemonia após a Segunda Guerra Mundial. Por um lado a
potência americana buscava ampliar sua influência no continente asiático,
através da aproximação com o Japão e a aplicação do Plano Colombo, visando à
criação do que se convencionou chamar de “Cordão Sanitário Geopolítico”, para
conter o avanço do ideário socialista na região. Por outro lado, a potência
europeia visava também a ampliação de sua influência na Ásia, através de sua
aproximação com a China, que aderira ao socialismo, sob comando de Mao Tse-Tung,
após a Revolução Comunista de 1949.
Nesse contexto, houve a Guerra e a partilha da Coreia no início da
década de 1950, tendo a porção ao norte se associado à China e União Soviética,
aderindo ao socialismo, sendo chamada a partir de então de República Popular da
Coreia ou simplesmente Coreia do Norte, enquanto a porção ao sul associou-se ao
Japão e Estados Unidos, tendo aderido ao capitalismo, passando a ser chamada de
República da Coreia ou simplesmente Coreia do Sul.
b)
Caracterize a atual situação da Coreia do Norte e a da Coreia do Sul, indicando
para cada uma delas: regime político, organização econômica e postura
diplomática.
Comentário:
A divisão da península coreana e a adoção de sistemas antagônicos
em ambas as coreias produziram resultados muito diferentes na atualidade, os
quais refletem diretamente nas feições políticas, econômicas, sociais e
culturais de suas populações. É latente a diferenciação que há hoje entre as
nações, que na prática estão ainda em guerra, uma vez que foi assinado apenas
um armistício entre ambas e não um tratado definitivo de paz na década de 1950.
Na Coreia do Norte, sob o comando atual do presidente Kim Jong-un é
adotado um regime político autoritário e centralizador, de preceitos
ditatoriais, similar àquele adotado por muitas nações socialistas durante a
Guerra Fria, onde o chefe de Estado tem poderes plenos sobre toda a população.
No que tange às questões econômicas o país mantém um regime socialista, de
feições comunistas, coibindo as propriedades privadas, a livre concorrência e a
lei de mercado no país, detendo o Estado o monopólio sobre a produção. Em
relação à postura diplomática o governo adota uma estratégia isolacionista em
relação ao chamado “mundo externo”, mantendo relações mais próximas apenas com
a China e a Rússia. Porém, cabe destacar a recente tentativa de aproximação
entre o governo norte-coreano e o governo estadunidense, sob o comando do
presidente Donald Trump, embora toda investida diplomática em prol da superação
do isolamento do país esbarra na realização de um novo teste em seu criticado
programa nuclear.
Na Coreia do Sul, sob o comando do atual presidente Moon Jae-in é
adotado o regime político da democracia presidencialista, no qual o presidente
comanda um governo multipartidário estabelecido mediante votação, havendo a
divisão entre os poderes legislativo, executivo e judiciário. No que tange às
questões econômicas, o país adota uma economia capitalista de mercado, com
incentivos estatais à propriedade privada, livre concorrência e abertura a
investimentos externos, o que possibilitou à nação a posição de Tigre Asiático
a partir da década de 1970, quando passou a receber vultosos investimentos
industriais do Japão e dos Estados Unidos. Em relação à postura diplomática o
país mantém relações políticas e comerciais com outras nações, respeita os
tratados internacionais (diferentemente de seu vizinho do norte) e adota
medidas de ampliação da integração tanto na esfera regional quanto na esfera
global, o que trouxe ao país nas últimas décadas um intenso crescimento
econômico, acompanhado por um maciço desenvolvimento social, garantindo-lhe um
caráter de nação emergente.
Questão 05
Divisão Internacional do Trabalho,
século XX
(James
O. Tamdjian e Ivan L. Mendes. Geografia, 2013. Adaptado.)
a) Identifique e caracterize a regionalização
socioeconômica representada no mapa.
Comentário:
A regionalização socioeconômica do mundo reflete claramente o
contexto geopolítico das sociedades, e impactam diretamente na chamada Divisão
Internacional do Trabalho – DIT. Antes do modelo de organização apresentado por
esse mapa, havia uma divisão que vigorou até o término da Guerra Fria, quando
se dividia as nações entre aquelas do “Mundo Oriental”, as quais aderiram ao
socialismo soviético e aquelas nações do “Mundo Ocidental”, representadas por
países que aderiram ao modelo capitalista de produção. Nesse contexto os
limites entre os dois mundos era estabelecido pela chamada Cortina de Ferro,
uma linha imaginária que separava a zona de influência dos Estados Unidos
daquela comandada pela então União Soviética. Tal divisão se baseava em
parâmetros marcadamente ideológicos e políticos.
Por outro lado a divisão apresentada pelo mapa traz a visão do
período posterior a essa bipolaridade ideológica, quando o sistema capitalista
se sobrepôs ao modelo socialista e os Estados Unidos passaram a ter hegemonia
global nos campos políticos e econômicos. Sendo o mundo a partir de então “todo
capitalista”, a divisão oriente-ocidente perdeu sua fundamentação, e foi
substituída por uma divisão entre o “Mundo Norte” (em verde) representado pelas
grandes potências econômicas capitalistas, que passaram a ter domínio sobre a
geopolítica global e o “Mundo Sul” (em laranja), composto pelas nações de menor
desenvolvimento econômico, que assumem um papel mais secundário no cenário
global pós década de 1990. Os limites dessa divisão se estabelecem pela chamada
Linha do Desenvolvimento, uma linha imaginária que separa as potências
nortistas das periferias sulistas.
b)
Descreva, em linhas gerais, os fluxos produtivos entre os dois grupos indicados
no mapa.
Comentário:
Os desníveis socioeconômicos observados entre as nações do Norte e
do Sul impactam diretamente em sua produção econômica, bem como em sua posição
na Divisão Internacional do Trabalho, de modo que cabe às potências nortistas
um papel de destaque no comércio e nos fluxos de bens e serviços de alto valor
agregado, ao passo que às nações em desenvolvimento e emergentes sulistas cabe
um papel secundário de fornecedores de bens e serviços de menor valor agregado,
o que corrobora para a manutenção das disparidades globais, fundamentais para a
manutenção do modelo de produção capitalista.
Desse modo, provém das nações mais desenvolvidas do Norte produtos
industriais de alta tecnologia, investimentos diretos (através de filiais de
grandes multinacionais) e indiretos (através de empréstimos financeiros de
grandes organizações bancárias), mão de obra de alta qualificação, tecnologia
produtiva para empresas situadas nas nações menos desenvolvidas, dentre outros
fluxos.
Ao mesmo tempo, provém das nações menos desenvolvidas do Sul
produtos primários, agrupados atualmente sob o nome de commodities (como
alimentos, matérias primas e fontes de energia), mão de obra de baixas
qualificação e remuneração, lucros advindos das filiais de multinacionais ali
instaladas, juros dos pagamentos dos empréstimos internacionais contraídos, mercados
consumidores potenciais para produtos de alto valor agregado, além de royalties
pagos pelo uso de tecnologias controladas pelas grandes potências, dentre
outros.
Dessa forma, embora todas as nações mundiais participem dos fluxos
globais no atual estágio do modelo de produção capitalista, e se beneficiem
mutuamente das relações de interdependência, os ganhos não podem ser
considerados homogêneos ou equivalentes, uma vez que os bens e serviços
ofertados pelas grandes potências do Norte possuem um valor agregado e uma
margem de lucro muito maiores do que aqueles produtos mais simples e baratos
que são ofertados pelas nações em desenvolvimento e emergentes do Sul,
conservando assim o quadro de desigualdade socioeconômica que permite a
exploração e garante a criação da mais-valia que sustenta o modelo capitalista.
Questão 06
A
partir da Constituição de 1988, diante da frustração com relação às
perspectivas de realização de ampla reforma agrária, uma das mudanças
verificáveis nos conflitos em torno do controle territorial tem sido a busca de
acionamento, cada vez mais intensa, de dispositivos legais que correspondam à
garantia de realização de interesses de grupos sociais atingidos por
iniciativas governamentais ou privadas. Na busca da manutenção do acesso e
controle sobre territórios e recursos naturais, vários grupos sociais têm
procurado identificar, na legislação brasileira, instrumentos que lhes facultem
a permanência na terra.
(Horácio
A. Sant’ana Júnior. “Projetos de desenvolvimento e a criação de reservas
extrativistas”. In: Neide Esterci et al (orgs.). Territórios socioambientais em
construção na Amazônia brasileira, 2014. Adaptado.)
a)
Cite dois grupos sociais da Amazônia que lutam pelos seus direitos de
permanência na terra.
Comentário:
Com o atual estágio de expansão da fronteira agrícola no Brasil em
direção à região Norte, a Amazônia começa a ser ocupada a partir da década de
1990, do mesmo modo que o Cerrado foi a partir da década de 1960. Desse modo,
surgem conflitos de interesses entre os habitantes tradicionais da floresta,
que reivindicam o direito de permanência e de acesso legalizado à terra que
ocupam há muito tempo, e os novos grupos que chegam à região, atraídos pela
disponibilidade e pelo baixo preço da terra na floresta.
Dentre os grupos que reivindicam a posse e propriedade das terras
que ocupavam antes da chegada da agricultura moderna na floresta se destacam os
povos indígenas (aldeados ou não), grupos quilombolas que vivem em comunidades
no interior da Amazônia, grupos de seringueiros e extrativistas que se valem
dos recursos naturais da mata, comunidades ribeirinhas, geralmente de
pescadores e pequenos agricultores familiares ali estabelecidos. Grande parte
desses grupos usufrui da terra, mas sem possuir direitos legais (propriedade
documental) sobre ela.
Há por outro lado, em detrimento dos direitos desses povos
tradicionais, os interesses dos “novos povos da floresta”, atraídos pela
expansão da fronteira agrícola, representados por madeireiros (geralmente
clandestinos), posseiros, grileiros e grandes latifundiários, que visam,
através da aquisição legal ou posse ilegal da terra, à produção agropecuária
para exportação, principalmente vinculada à pecuária de corte e à sojicultura.
Advém desse conflito de interesses o crescente processo de violência no campo
na região norte, que regista números cada vez maiores de mortes ligadas a
disputas de terra.
b)
Apresente dois motivos que justificam a permanência desses grupos sociais na
terra.
Comentário:
A permanência desses povos tradicionais nas terras que eles ocupam
na floresta possui uma combinação de várias justificativas, dentre as quais se
destaca a questão econômica, uma vez que em sua maioria se trata de comunidades
extrativistas de subsistência, como os coletores de castanha do Pará, e
pescadores, que dependem diretamente da disponibilidade dos recursos naturais
para que tenham acesso aos bens necessários ao seu sustento, bem como as
cooperativas de grupos seringueiros, que dependem da manutenção dos seringais
(nativos ou plantados) para a obtenção
de sua subsistência, ou ainda as comunidades quilombolas, que praticam a
agricultura familiar e dependem da terra para produção de gêneros alimentícios
e matérias primas para atividades artesanais ou manufatureiras.
Há ainda a questão étnico-cultural, uma vez que grande parte desses
grupos possui raízes e hábitos tradicionais ligados às áreas habitadas e aos
recursos ali disponíveis, que possuem por vezes um caráter religioso, como no
caso dos povos indígenas, que tem suas crenças ligadas à valorização espiritual
dos ambientes ocupados. Portanto, a conservação desses traços culturais depende
diretamente do acesso e conservação dessas feições naturais.
Além disso, existe o aspecto jurídico, que se refere à garantia
legal da propriedade sobre a área habitada tradicionalmente por esses povos,
como forma de garantir sua própria sobrevivência, uma vez que garantida a
propriedade legal sobre a terra, seriam reduzidas as ações de grileiros e
invasores na região, ou pelo menos haveria um subsídio legal para que o Estado
as coibisse, o que poderia diminuir os quadros de violência na floresta e as
mortes ligadas a conflitos fundiários na Amazônia.
Questão 07
Circulação geral da atmosfera
(Fillipe
T. P. Torres e Pedro J. O. Machado. Introdução à climatologia, 2011. Adaptado.)
a)
Identifique as pressões atmosféricas nas latitudes 0º e 30º.
Comentário:
As pressões atmosféricas da Terra se relacionam diretamente com as
condições de temperatura dos gases que recobrem a superfície do planeta e as
condições de altimetria das localidades. De forma geral, tem-se que o
deslocamento dos ventos origina-se sempre nas zonas de alta pressão, também
chamadas de anticilonais, e chegam sempre nas zonas de baixa pressão, também
chamadas de ciclonais.
Sabe-se que na latitude de 0º, próximo à linha do Equador, forma-se
uma zona de baixa pressão, que recebe os ventos alísios, os quais partem das
zonas de alta pressão situadas nas faixas latitudinais de 30º nos hemisférios
Norte e Sul. Nas áreas próximas às latitudes de 66ºN e 66ºS se formam duas
áreas de baixa pressão, receptoras de ventos provenientes das áreas de 30º nos
dois hemisférios, bem como das latitudes polares de 90ºN e 90ºS, onde se formam
áreas de alta pressão atmosférica.
b)
Explique a dinâmica da ZCIT e indique uma consequência de sua atuação.
Comentário:
A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) forma-se sobre as
baixas pressões observadas na linha do Equador, e decorre do encontro dos
ventos alísios de Nordeste e Sudeste, que sopram a partir das altas pressões
das faixas de 30N e 30S, respectivamente. Por se tratarem de ventos quentes e
carregados de umidade, ao se encontrarem na zona de calmaria equatorial se
tornam menos densos e ascendem para as camadas mais altas da troposfera, onde
as temperaturas são mais baixas, levando a ar úmido a condensar-se e precipitar
sobre a área equatorial.
Desse modo, a ZCIT é responsável por grande parte das chuvas que
ocorrem nas baixas latitudes, uma vez que ali se condensa a umidade trazida
pelos ventos alísios, dando origem a chuvas do tipo convectivas, que no caso do
Brasil intensificam a já elevada umidade da região amazônica, decorrente da
evapotranspiração da floresta e da evaporação das águas superficiais da bacia
homônima que drena a porção norte do país.
Após a convergência e ascensão dos ventos alísios, os fluxos de ar
frio das camadas mais altas da troposfera equatorial, já secos após a
ocorrência das chuvas, são empurrados em direção aos trópicos terrestres,
passando a ser chamados de contra-alísios, sendo ventos frios, secos e de
elevada altitude. Ao chegar às zonas de 30N e 30S esse ar fio mais denso começa
um movimento descensional em direção à superfície, formando áreas secas nessas
latitudes, que dão origem aos grandes desertos terrestres.
Questão 08
A
imagem ilustra uma estrutura que atende às diretrizes do Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo (MDL), criado durante a Conferência de Kyoto, em 1997.
(www.rondonia.ro.gov.br,
15.04.2014. Adaptado.)
a)
Identifique a estrutura esquematizada e cite um dos gases liberados pelo
percolado.
Comentário:
A problemática relativa à produção de lixo nos grandes centros
urbanos configura-se hoje como um dos grandes desafios para planejamento urbano e para a busca do
estabelecimento de cidades cada vez mais sustentáveis. Dentro dessa lógica há
duas variáveis importantes a serem observadas pelos gestores públicos, sendo a
primeira a questão da quantidade de resíduos sólidos produzidos pelas
sociedades modernas, e a segunda, e mais importante, relativa à destinação
correta desses resíduos, posto que após o descarte do lixo ele continue gerando
uma cadeia de problemas e consequências ao ambiente.
No diagrama apresentado pela questão tem-se a construção e a
utilização de um aterro sanitário em uma localidade de São Paulo. Essa
estrutura é planejada e estabelecida para dar a destinação menos impactante aos
resíduos sólidos descartados pelas populações, sendo muito mais eficiente que os
tradicionais lixões. Por ser uma estrutura planejada ela deve contar com a
execução de etapas minuciosas de construção e funcionamento, começando pela
impermeabilização da área onde o lixo será depositado, para evitar que
efluentes líquidos (chorume) infiltrem e contaminem o solo e as águas
subterrâneas.
Na medida em que o lixo vai sendo depositado em camadas
horizontais, essas devem ser cobertas com camadas de terra para que não haja
mistura da água da chuva com os resíduos sólidos em decomposição e nem
liberação excessiva de gases como metano, o dióxido de carbono, amônia, gás
sulfídrico (...) para a atmosfera, agravando outros problemas ambientais. Enquanto
o aterro vai sendo preenchido, gases como o metano (altamente inflamável) devem
ser coletados e retirados do sistema por medida de segurança, podendo ser
simplesmente incinerado (reduzindo assim o acúmulo de calor na atmosfera, posto
que o CH4 é um gás do efeito estufa muito mais nocivo que o CO2)
ou encaminhado para centrais elétricas, onde pode ser usado de modo sustentável
como biogás. Do mesmo modo, o chorume também deve ser coletado e canalizado
para centrais de decantação, onde se separa a água (que será devolvida a mananciais
ou usada na limpeza das estruturas) da fração orgânica (que pode ser usada como
fertilizante ou adubo agrícola).
b)
Apresente a principal meta do MDL e cite outra medida, além da esquematizada,
para alcançá-la.
Comentário:
Os chamados Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL) foram
estabelecidos no final da década de 1990, quando da realização do Protocolo de
Kyoto, a respeito do aquecimento global e das mudanças climáticas decorrentes
das atividades antrópicas ao longo do tempo. Nesse protocolo ficou estabelecido
que a principal meta seria a redução das emissões de gás carbônico,
principalmente pelas grandes potências mundiais, históricas consumidoras de
combustíveis fósseis e automaticamente poluidoras da atmosfera. Porém, nações
não desenvolvidas deveriam ser também incentivadas a reduzir suas emissões de
CO2, e para tanto foram estabelecidos os MDL.
De modo geral, os MDL são representados por propostas e ações que
sejam capazes de reduzir a produção de gás carbônico, sem trazer grandes
afetações econômicas sobre as nações que os adotem, posto que esse era o
principal argumento de rejeição dos acordos e propostas realizadas em Kyoto.
Desse modo, esses mecanismos estão sempre associados a práticas que diminuam a
liberação atmosférica desse gás, ou a ações que garantam seu sequestro através
do processo de fotossíntese. Portanto, ações como a revisão das matrizes
energéticas e ampliação do uso de fontes renováveis de energia, investimentos
em transportes públicos de massa, combate ao desmatamento e queimadas das
florestas nativas, programas de reflorestamento e revegetação de áreas
devastadas, incentivo a práticas sustentáveis como a reciclagem de resíduos
sólidos, compostagem de resíduos orgânicos, entre outras, podem ser mencionadas
como maneiras de incentivo às nações para que elas atinjam as metas
estabelecidas no protocolo de 1997.
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