Questão 36
Um
homem transporta o fio metálico, outro endireita-o, um terceiro corta-o, um
quarto aguça a extremidade, um quinto prepara a extremidade superior para
receber a cabeça; para fazer a cabeça são precisas duas ou três operações
distintas; colocá-la constitui também uma tarefa específica, branquear o
alfinete, outra; colocar os alfinetes sobre o papel da embalagem é também uma
tarefa independente. [...] Tive ocasião de ver uma pequena fábrica deste tipo,
em que só estavam empregados dez homens, e onde alguns deles, consequentemente,
realizavam duas ou três operações diferentes. Mas, apesar de serem muito
pobres, e possuindo apenas a maquinaria estritamente necessária, [...]
conseguiam produzir mais de quarenta e oito mil alfinetes por dia. Se
dividirmos esse trabalho pelo número de trabalhadores, poderemos considerar que
cada um deles produz quatro mil e oitocentos alfinetes por dia; mas se
trabalhassem separadamente uns dos outros, e sem terem sido educados para este
ramo particular de produção, não conseguiriam produzir vinte alfinetes, nem
talvez mesmo um único alfinete por dia.
(Adam
Smith. Investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações, 1984.)
O
texto, originalmente publicado em 1776, demonstra
a)
o avanço tecnológico representado pelo surgimento da fábrica na Inglaterra,
relacionando a riqueza com o aprimoramento científico e o trabalho simultâneo
de milhares de operários.
b)
o crescimento do mercado consumidor e a maior velocidade na distribuição das
mercadorias inglesas, destacando o vínculo entre riqueza e uma boa relação
entre oferta e procura.
c)
a força crescente dos sindicatos e das federações de trabalhadores na
Inglaterra, enfatizando o princípio marxista de que apenas o trabalho permite a
geração de riqueza.
d)
a produtividade do artesanato e o conhecimento da totalidade do processo produtivo
pelos trabalhadores ingleses, relacionando a noção de riqueza ao acúmulo de
metais nobres.
e)
a disciplina no trabalho e o parcelamento de tarefas presentes nas manufaturas
e fábricas inglesas, associando o crescimento da riqueza à produtividade do
trabalho.
Resposta:
E
Comentário:
As ideias apresentadas por Adam Smith
no texto se relacionam às novas características observadas na organização dos
processos produtivos a partir do final do século XVIII, com o advento da
Primeira Revolução Industrial. Nota-se que a analogia feita ao processo de
fabricação de um alfinete nos demonstra a fragmentação das etapas do processo
produtivo em várias pequenas e repetitivas tarefas, assim como a disciplina dos
trabalhadores para a realização de suas respectivas funções dentro da
indústria. O objetivo principal desta nova organização é a maximização da
produtividade e da lucratividade, conduzindo ao aperfeiçoamento do processo e
pela ampliação da mais-valia relativa do trabalhador.
Questão 38
(Lucas
Claro Martinez. “África colonizada”. In: Regina Claro. Olhar a África, 2012.)
O
mapa representa a divisão da África no final do século XIX. Essa divisão
a)
persistiu até a vitória dos movimentos de descolonização da África, ocorridos
nas duas primeiras décadas do século XX.
b)
foi rejeitada pelos países participantes da Conferência de Berlim, em 1885, por
considerarem que privilegiava os interesses britânicos.
c)
incluiu áreas conquistadas por europeus tanto durante a expansão marítima dos
séculos XV-XVI quanto no expansionismo dos séculos XVIII-XIX.
d)
foi determinada após negociação entre povos africanos e países europeus,
durante o Congresso Pan-Africano de Londres, em 1890.
e)
restabeleceu a divisão original dos povos africanos, que havia sido
desrespeitada durante a colonização europeia dos séculos XV-XVIII.
Resposta:
C
Comentário:
O processo de partilha do território
africano entre as potências mundiais do século XIX, conhecidas como G-7,
ocorreu no contexto do processo de industrialização destas nações europeias, e
esteve diretamente associado aos interesses produtivos desse momento histórico,
principalmente o acesso às matérias primas necessárias aos processos produtivos
e aos mercados consumidores para suas mercadorias.
Assim, a realização do Congresso de
Berlim em 1878 ampliou a dominação europeia sobre o continente africano, a qual
havia sido iniciada ainda durante o século XV com as Grandes Navegações. A
grande diferença é que durante o Colonialismo (séculos XV e XVI) as potências
coloniais ocuparam principalmente as porções litorâneas da África em busca de
recursos para o Mercantilismo, e durante o Neocolonialismo (séculos XVIII e
XIX) houve a interiorização desta ocupação, na busca de recursos para a
atividade industrial.
Questão 39
Leia o poema “Pobre alimária”, de
Oswald de Andrade, publicado originalmente em 1925.
O cavalo e a carroça
Estavam atravancados
no trilho
E como o motorneiro
se impacientasse
Porque levava os
advogados para os escritórios
Desatravancaram o
veículo
E o animal disparou
Mas o lesto
carroceiro
Trepou na boleia
E castigou o fugitivo
atrelado
Com um grandioso
chicote
(Pau-Brasil, 1990.)
Considerando o momento de sua
produção, o poema
a) celebra a persistência das
tradições rurais brasileiras, que inviabilizaram o avanço do processo de
industrialização de São Paulo.
b) valoriza a variedade e a
eficácia dos meios de transporte, que contribuíam para impulsionar a economia
brasileira.
c) critica a recorrência das
práticas de exploração e maus tratos aos animais nos principais centros urbanos
brasileiros.
d) registra uma rápida cena
urbana, que expõe tensões e ambiguidades no processo de modernização da cidade
de São Paulo.
e) exemplifica o choque social
constante entre as elites enriquecidas e a população pobre da cidade de São
Paulo.
Resposta:
D
Comentário:
O poema de Oswald de Andrade, datado
do início do século XX traz a narrativa de uma cena típica da cidade de São
Paulo desse período histórico. A década de 1920 trouxe consigo o processo de
urbanização para o sudeste do Brasil, e esse por sua vez trouxe profundas
mudanças no cotidiano da vida urbana em alteração. No poema nota-se o contraste
de dois períodos distintos daquele início de século, sendo um pré-urbano,
representado pela “carroça”, meio de transporte tipicamente rural, onde a
tecnologia ainda não se fez presente de modo imperativo, e outro já urbano,
representado pelo “bonde” que conduzia os advogados aos seus respectivos
escritórios.
Observa-se, portanto no poema a
narrativa das grandes mudanças que se fariam observáveis a partir daquele
período histórico na vida urbana da cidade de São Paulo, que rapidamente passou
a absorver as modernidades do desenvolvimento econômico, possibilitado pelo bom
momento da vida cafeeira, e que posteriormente serviria de força motriz para o
processo de industrialização que acompanha sempre a urbanização dos lugares.
Questão 40
Os
gráficos indicam a expansão das redes de transporte ferroviário e rodoviário no
Brasil (em km) em função do tempo (ano).
(Dados
extraídos de: Paul Singer. “Interpretação do Brasil: uma experiência histórica
de desenvolvimento”. In: Boris Fausto (org.). História geral da civilização
brasileira, tomo III, vol. 4, 1986.)
As
informações dos dois gráficos estão traduzidas na tabela:
a)
b)
c)
d)
e)
Resposta:
A
Comentário:
Os gráficos apresentados pela questão
trazem valores referentes aos dois principais modais de transportes do Brasil,
e suas respectivas evoluções ao longo do período entre os anos de 1910 e 1960.
Nota-se que tanto o modal ferroviário quanto o modal rodoviário apresentaram
crescimento em suas utilizações ao longo das 5 décadas compreendidas pelos
gráficos, porém as evoluções se deram de modo desigual.
O transporte ferroviário era
dominante no país no início do século XX, o que se explica como sendo uma
herança do período do ciclo do café, onde as ferrovias ligavam as lavouras no
sudeste/sul aos portos no litoral, de onde a produção era escoada para os
mercados consumidores externos, porém a partir do processo de desenvolvimento
industrial, na década de 1930 nota-se um incremento significativo da utilização
do transporte rodoviário, ao passo que o crescimento do ferroviário torna-se
menos intenso.
O período iniciado na década de 1950,
principalmente a partir do governo de Juscelino Kubitschek (1956 – 1961) marca
o rodoviarismo brasileiro, quando a entrada de multinacionais automobilísticas,
os incentivos oferecidos pelo Estado a esse ramo industrial, e principalmente a
criação do Sistema Rodoviário Radial (integrante do Plano de Metas de JK) foram
responsáveis pelo quase abandono do modal ferroviário e a priorização do modal
rodoviário, criando nos dias atuais um predomínio desse modal na circulação de
pessoas e mercadorias no território brasileiro, responsável pela elevação dos
custos de transportes e pela diminuição da competitividade dos produtos
nacionais.
Questão 41
–
Então, todos os alemães dessa época são culpados?
–
Esta pergunta surgiu depois da guerra e permanece até hoje. Nenhum povo é
coletivamente culpado. Os alemães contrários ao nazismo foram perseguidos,
presos em campos de concentração, forçados ao exílio. A Alemanha estava, como
muitos outros países da Europa, impregnada de antissemitismo, ainda que os
antissemitas ativos, assassinos, fossem apenas uma minoria. Estima-se hoje que
cerca de 100000 alemães participaram de forma ativa do genocídio. Mas o que
dizer dos outros, os que viram seus vizinhos judeus serem presos ou os que os
levaram para os trens de deportação?
(Annette
Wieviorka. Auschwitz explicado à minha filha, 2000. Adaptado.)
Ao
tratar da atitude dos alemães frente à perseguição nazista aos judeus, o texto
defende a ideia de que
a)
os alemães comportaram-se de forma diversa perante o genocídio, mas muitos
mostraram-se tolerantes diante do que acontecia no país.
b)
esse tema continua presente no debate político alemão, pois inexistem fontes
documentais que comprovem a ocorrência do genocídio.
c)
esse tema foi bastante discutido no período do pós-guerra, mas é inadequado
abordá-lo hoje, pois acentua as divergências políticas no país.
d)
os alemães foram coletivamente responsáveis pelo genocídio judaico, pois a
maioria da população teve participação direta na ação.
e)
os alemães defendem hoje a participação de seus ancestrais no genocídio, pois
consideram que tal atitude foi uma estratégia de sobrevivência.
Resposta:
A
Comentário:
O texto faz menção ao período do
movimento nazista na Alemanha, no contexto histórico entre os anos de 1933 e
1945, cujo período mais assombroso deu origem ao holocausto judeu, causando a
morte de milhões de judeus, alemães ou não. O massacre da população judaica foi
assistido pelo mundo, assim como o fortalecimento da figura de Adolf Hitler, que
culminaria na Segunda Guerra Mundial, entre os anos de 1939 e 1945. Atualmente
muito se discute a respeito do nazismo/holocausto, e principalmente a postura
do mundo em relação a esse nefasto período do século XX.
O texto apresentado no enunciado lança
o questionamento acerca da postura dos alemães não judeus durante o período
abordado, apresentando a visão de que uma parcela significativa da população
alemã se mostrava contra a realização do assassinato em massa dos judeus, porém
uma parcela significativa da população se mostrou passiva e conivente com os
fatos observados nesse período, muitas vezes negligenciando sua posição
ideológica e moral avessa ao holocausto realizado pelo Reich.
Questão 42
A
construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu durante os anos 1970 e 1980
a)
contribuiu para a queda do regime cívico-militar brasileiro, depois que a
imprensa denunciou grandes desvios de verbas da obra.
b)
assegurou a autonomia energética definitiva de Argentina e Paraguai, países que
participaram do projeto e se beneficiaram com sua execução.
c)
permitiu o restabelecimento das relações diplomáticas entre Argentina, Brasil e
Paraguai, rompidas desde a Guerra do Paraguai.
d)
proporcionou a consolidação das hegemonias argentina e brasileira no comércio e
no controle político da região do Rio da Prata.
e)
foi uma iniciativa conjunta dos governos militares do Brasil e do Paraguai, que
teve forte impacto geoestratégico na região do Rio da Prata.
Resposta:
E
Comentário:
O projeto e a construção da usina
hidrelétrica de Itaipu fez parte do período compreendido entre 1967 e 1973, conhecido
como “Milagre Econômico” dos governos militares do Brasil, que comandaram o
país de 1964 a 1985. No ideário desse chamado “milagre” tinha-se a proposta de
construção de obras faraônicas no país, com o intuito de aumentar a geração de
emprego, que por sua vez ampliaria a rendada população, levando-a a aumentar o
consumo, o que forçaria a indústria a aumentar a sua produção, tendo esta que
gerar mais emprego, retroalimentando assim o chamado “ciclo virtuoso” do país.
Juntamente com a ponte Rio-Niterói e
a rodovia Transamazônica, a usina de Itaipu foi proposta pensando de modo
primordial na geração de emprego. Para a execução da obra foi realizada uma
associação entre os governos do Brasil e do Paraguai (ambos militares) e no rio
Paraná, fronteiriço às duas nações, foi construída aquela que foi por muitos
anos a maior hidrelétrica do mundo, sendo, portanto uma usina binacional, assim
como a eletricidade por ela produzida. Além de alavancar a oferta de
eletricidade para o Brasil, e reaproximar o país ao Paraguai, a construção dessa obra passou a ter um peso
significativo na geopolítica da América do Sul, principalmente quando usada
como instrumento de dissuasão da Argentina pelo governo brasileiro.
Questão 43
O
presidente da Colômbia anunciou, em 25.05.2018, que o país ingressará em um
bloco de cooperação militar. O país, que não possui vínculo histórico ou
geográfico com o bloco, será o primeiro da América Latina a tornar-se membro.
Esse bloco consiste em um sistema de defesa coletiva, em que os participantes
estão de acordo em defender qualquer um de seus integrantes que seja atacado
por forças externas ao seu país. Liderado por Washington, o bloco recebe
vultosos recursos para cuidar dos objetivos militares dos Estados Unidos.
(www.operamundi.com.br.
Adaptado.)
De
acordo com o excerto, a Colômbia, na condição de país parceiro, passou a
integrar
a)
o Grupo dos Oito.
b)
o Pacto de Varsóvia.
c)
o Tratado de Não-Proliferação Nuclear.
d)
a Comunidade dos Estados Independentes.
e)
a Organização do Tratado do Atlântico Norte.
Resposta:
E
Comentário:
O anúncio do presidente da Colômbia faz
menção ao fato de o país passar a compor, como parceiro associado, a
Organização do Tratado do Atlântico Norte – OTAN, o que denota de maneira ainda
mais clara e manifesta a histórica proximidade e cooperação entre o governo
colombiano e o governo estadunidense nas últimas décadas.
A OTAN foi criada em 1949 pelas
potências que compunham o bloco capitalista da Guerra Fria, lideradas pelos
Estados Unidos, sob o pretexto/propaganda de oferecer defesa militar mútua a
todos os seus aliados em caso de um ataque realizado pelo bloco socialista.
Neste contexto a União Soviética criou, em 1955, o Pacto de Varsóvia, sob o
mesmo pretexto/propaganda da OTAN, porém para o bloco socialista.
Mesmo com o encerramento da Guerra
Fria e a dissolução da União Soviética, e o consequente encerramento do Pacto
de Varsóvia, a OTAN continua existindo até os dias atuais, e embora o eixo de
orientação seja ainda o mesmo (proteger mutuamente os aliados em caso de ataque
externo), as objetivações atuais se associam muito mais ao combate ao que se
convencionou chamar de terrorismo, principalmente após os atentados de 11 de
setembro de 2001 contra os Estados Unidos.
A atual OTAN conta com 29 países membros,
principalmente nações europeias e norte americanas, porém o grupo expandiu para
o Leste Europeu (englobando hoje muitos dos antigos inimigos do bloco
socialista), países da Oceania e a Colômbia, única nação latina a fazer parte
da integração. No tocante aos interesses colombianos, pode-se mencionar as
disputas internas das últimas décadas, entre o governo (aliado dos Estados
Unidos) e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – FARC (classificadas
como grupo terrorista pelo governo estadunidense). A integração colombiana ao
grupo militar pode ser usada como importante instrumento de dissuasão dos
guerrilheiros das FARC nos acordos que tem sido buscados pelo atual governo da
Colômbia, para por fim à guerrilha interna do país.
Questão 44
O
cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) busca expressar o dinamismo de uma
economia a partir da soma das riquezas produzidas por um país durante
determinado período. No entanto, o cálculo do PIB ignora
a)
os valores consumidos pelas importações, o que artificializa cálculos
superavitários.
b)
os gastos do governo, o que interfere na produção de bens e serviços.
c)
a dimensão territorial, condição que interfere na paridade do cálculo.
d)
os investimentos de empresas, mascarados em balanços comerciais positivos.
e)
a apropriação da riqueza gerada, o que prejudica análises sociais.
Resposta:
E
Comentário:
O cálculo do Produto Interno Bruto –
PIB de uma nação qualquer é realizado mediante a soma simples de toda a riqueza
produzida em um dado contexto histórico, fornecendo, como o próprio nome
infere, um valor bruto que esconde em si uma série de variáveis que deveriam
ser consideradas na base desse cálculo para que as informações obtidas fosse
verdadeiramente confiáveis e seguras para uma análise mais aprofundada da
situação econômica e social dessa nação.
O grande problema do PIB é o fato de
que ele, assim como a renda per capita, ser utilizado erroneamente como
indicativo confiável das condições socioeconômicas das nações, e esse problema
decorre principalmente da incapacidade do cálculo desse Produto Interno Bruto
não levar em consideração o quão essa riqueza está mal distribuída pela
população e do quão concentrado se encontra esse valor. Por mais que o valor do
cálculo possa ser alto, se ele não for distribuído de maneira equitativa pelas
camadas econômicas da sociedade, a qualidade de vida é profundamente afetada e
as condições sociais podem passar a exibir abismos internos, configurando o que
se convenciona a chamar de “nação rica com povo pobre”.
Questão 45
A
vigilância alienada é praticada pelas companhias de tecnologias dos Estados
Unidos (Microsoft, Google, Facebook, Amazon, Apple, entre outras), sem que a
maioria de seus usuários saiba ou tenha conhecimento. Para essas companhias, o
fato de o usuário ou cliente assinar o termo de aceitação de uso de um software
tem sido considerado suficiente, como permissão consentida, para que essas companhias
possam utilizar informações sem autorização explícita ou formal.
(Hindenburgo
Pires. “Indústrias globais de vigilância em massa”. In: Floriano J. G. Oliveira
et al. (orgs.). Geografia urbana, 2014. Adaptado.)
As
informações geradas pelos consumidores, quando espacializadas, permitem
estabelecer padrões que interessam, particularmente, às grandes empresas. A
“vigilância alienada” abordada pelo excerto, bem como o emprego do
geomarketing, contribui para
a)
alimentar bancos de dados que colaboram com a reprodução do capital.
b)
orientar políticas públicas para diminuir a concentração desigual de renda.
c)
coibir práticas abusivas na veiculação de propagandas enganosas.
d)
fiscalizar as formas de uso de produtos que possam invalidar garantias.
e)
estabelecer áreas prioritárias para a distribuição de bens de caráter
humanitário.
Resposta:
A
Comentário:
O “geomarketing” ou “vigilância alienada”
tem sido uma importante ferramenta indireta utilizada pela economia
informacional, possibilitada a partir da Terceira Revolução Industrial, na
década de 1970 nos Estados Unidos. A partir da evolução dos meios de
transportes e telecomunicações nesse contexto de pós Segunda Guerra Mundial os
fluxos materiais e imateriais passaram a reger as relações entre os espaços e
os povos, tudo bem emaranhado ao sistema capitalista e sua busca incessante e
infinita pelo lucro exponencial.
Despertar a necessidade de um
determinado produto no consumidor e fazer com que esse produto chegue até ele é
o principal ‘modus operandi’ do capitalismo informacional, e as redes de
telecomunicações de massa, a saber, a internet principalmente, tem sido uma
ferramenta contumaz na busca desse objetivo. Monitorando os gostos, a
localização e as necessidades dos indivíduos as empresas globais tem a
capacidade de alocar seus investimentos e ações de marketing nos locais certos
e alcançar os lucros desejados de maneira mais eficiente e menos dispendiosa, o
que favorece de modo ímpar a reprodução do capital e o sucesso do capitalismo
no século XXI.
Questão 46
Examine
o gráfico.
(Marcos
A. Moraes e Paulo S. S. Franco. Geografia humana, 2011. Adaptado.)
Na
análise dos movimentos migratórios ao Brasil, o gráfico expressa os impactos
a)
da Lei de Cotas em II, com o controle sobre a entrada de estrangeiros, para
evitar o aumento do desemprego no país.
b)
da Primeira Guerra Mundial em III, com o desinteresse pelo país devido à
oposição à Tríplice Aliança.
c)
das leis de redução e abolição da escravatura em I, com o incentivo à vinda de
imigrantes para compor a mão de obra nas fazendas cafeeiras.
d)
da Segunda Guerra Mundial em IV, com a interrupção no fluxo de imigrantes
alemães a partir da adesão brasileira ao Eixo.
e)
do regime militar em V, com o combate à entrada de latino-americanos, em prol
da europeização da sociedade brasileira.
Resposta:
C
Comentário:
O gráfico apresentado na questão representa
o montante de imigrantes chegados ao Brasil no período compreendido entre os
anos de 1885 e 1985, mostrando os principais picos de chegada de estrangeiros
ao país e os principais períodos de queda no aporte de pessoas na nação. Nesse
contexto foram demarcados 5 períodos distintos dentro do gráfico, que
representam momentos de maior ou menor fluxo de pessoas para o território
brasileiro.
No período I observa-se um aumento
substancial da vinda de estrangeiros ao país no final do século XIX, relacionado
à combinação da proibição do tráfico e do trabalho escravo no Brasil e o
momento de expansão das lavouras cafeeiras no sudeste e sul, demandando
ampliação da mão de obra, suprida pela chegada de europeus ao Brasil.
No período II tem-se uma queda brusca
da chegada de estrangeiros no país no contexto da transição das décadas de 1910
e 1920, relacionada à Primeira Guerra Mundial (1914-1918), que limitou a
circulação de pessoas, principalmente na Europa. No período III percebe-se uma
nova queda na transição das décadas de 1920 e 1930, relacionada às consequência
da grande depressão econômica resultante da crise de 1929 com a quebra da Bolsa
de Nova Iorque.
No período IV nota-se a menor
quantidade de imigrantes para o Brasil em todo o contexto temporal abordado
pelo gráfico. Essa queda se dá na primeira metade da década de 1940 e
encontra-se diretamente relacionada com a Segunda Guerra Mundial (1939-1945),
quando os fluxos globais foram diretamente impactados. No período V tem-se o
segundo pior momento da imigração para o Brasil, observado na metade da década
de 1960, e diretamente relacionado ao contexto do regime militar (1964-1985)
implantado no país, que inicia a inversão no fluxo migratório nacional,
tornando-se a partir dali predominantemente emigratório e não mais imigratório.
Questão 47
Analise
o mapa.
(Hervé
Théry e Neli A. de Mello. Atlas do Brasil, 2008.)
Considerando
a dinâmica urbana brasileira, as áreas vermelha e verde no mapa correspondem a
a)
cinturões entre as áreas industriais de duas cidades.
b)
intersecções entre as áreas periurbanas de duas cidades.
c)
conurbações entre as regiões metropolitanas de duas cidades.
d)
integrações entre as áreas de conservação de duas cidades.
e)
sobreposições entre as áreas de influência de duas cidades.
Resposta:
E
Comentário:
O mapa apresentado na questão traz
áreas demarcadas relativas às zonas de influência das cidades de Belo Horizonte
(azul), Goiânia (rosa) e Brasília (amarelo) denotando assim o caráter
metropolitano dessas três capitais brasileiras. Ambas são consideradas metrópoles
estaduais, porém possuem um raio de influência que pode se expandir para além
dos limites territoriais de seus respectivos estados, configurando com isso o
que se condicionou a chamar de “região polarizada”.
No mapa encontram-se demarcadas duas
outras áreas, sendo uma nos limites dos estados de Minas Gerais, Goiás e Bahia
(verde) e outra nos limites dos estados de Goiás, Tocantins e Bahia (vermelho),
caracterizando essas como sendo a sobreposição entre as zonas de influência
dessas três metrópoles, tanto dentro quanto fora de seus territórios estaduais.
Questão 48
Em
seu processo de transição demográfica, a população brasileira registrou
mudanças relacionadas à revolução médico-sanitária. Essas mudanças provocaram
a)
a redução da taxa de mortalidade e o aumento da expectativa de vida.
b)
a ampliação da taxa de natalidade e o aumento da população relativa.
c)
a redução da taxa de dependência e a diminuição do número de idosos.
d)
a ampliação da taxa de fecundidade e a diminuição da quantidade de adultos.
e)
a redução da taxa de fertilidade e a diminuição da população absoluta.
Resposta:
A
Comentário:
O processo conhecido com transição
demográfica se refere a uma mudança profunda na configuração etária da
população de uma determinada localidade, trazendo consigo uma série de
implicações positivas ou negativas que podem configurar em vantagens ou empecilhos
para o desenvolvimento econômico das sociedades. De modo geral, a transição
demográfica se refere à alteração na pirâmide etária da população, causada pelo
estreitamento da base (redução no percentual de crianças e jovens) e o
alargamento do topo (aumento do percentual de idosos).
Estas mudanças encontram-se, por sua
vez, diretamente relacionadas ao desenvolvimento econômico e na melhoria da
qualidade de vida dessas localidades, principalmente no tocante às questões
médicas (tratamentos de doenças, campanhas de vacinação, ampliação da rede
hospitalar...) e às questões sanitárias (acesso ao saneamento básico). Pode-se
concluir que na medida em que as pessoas passam a viver melhor elas passam a
viver mais, aumentando com isso a longevidade (expectativa de vida) e reduzindo
as taxas de mortalidade, porém essa vida melhor tem um custo mais elevado,
trazendo consigo o aumento nos gastos para manter uma família mais numerosa, o
que conduzirá a uma natural redução da taxa de natalidade.
Questão 49
1 solução do solo: água do solo associada
a pequenas e variáveis quantidades de sais minerais, oxigênio e dióxido de
carbono.
2 Coloide: partícula com tamanho médio
entre 1 e 100 nanômetros.
Se
nos coloides do solo predominarem os cátions básicos, a solução do solo terá um
pH próximo ao neutro. Se, ao contrário, ali predominarem o hidrogênio e o
alumínio, na solução do solo também predominarão esses cátions, tornando-a
ácida.
(Igo
F. Lepsch. Formação e conservação dos solos, 2002. Adaptado.)
O
processo de acidificação do solo é predominante em áreas de
a)
clima árido, em que ocorre maior intemperismo físico.
b)
clima intertropical, em que os cátions ácidos são absorvidos pelas plantas.
c)
clima polar, em que ocorre menor intemperismo químico.
d)
clima temperado, em que ocorre o processo de mineralização, formando húmus.
e)
clima equatorial, em que ocorre a lixiviação dos cátions básicos.
Resposta:
E
Comentário:
O processo de acidificação ou
alcalinização dos solos encontram-se diretamente relacionados às alterações na
composição e proporção catiônica dos mesmos. Por sua vez, essas alterações
encontram-se na maioria das vezes associadas a processos naturais relativos aos
aspectos climáticos de cada região, principalmente a incidência das chuvas e da
radiação solar.
Locais muito chuvosos favorecem a dissolução
dos cátions na água, retirando-os pelo movimento horizontal (enxurrada) ou
vertical (infiltração) das águas nos solos. Assim como locais mais quentes
tendem a apresentar taxas de evaporação mais acentuadas, favorecendo a perda de
parcelas líquidas do solo (solvente) e aumentando a proporção das parcelas
sólidas (soluto) na sua composição. Dependendo do tipo de ‘parcela sólida’ que
predominar no solo, este se tornará alcalino ou ácido.
Portanto, a acidificação dos solos
tende a ser mais intensa nas zonas climáticas que apresentam elevados índices
pluviométricos e intensa incidência de radiação solar ao longo do ano, conforme
se observa nas baixas latitudes próximas ao equador, onde os raios solares
incidem de modo perpendicular ao longo de praticamente todo o ano e os índices
pluviométricos são levados e regulares ao longo de todos os meses, favorecendo
com isso a uma intensa evaporação e uma elevada dissolução e carreamento dos
minerais pelas camadas do solo, chamada de lixiviação. Caso a lixiviação retire
os cátions básicos do solo ele se tornará ácido, caso retire os cátions ácidos,
ele se tornará alcalino.
Questão 50
Leia
o excerto e analise as três afirmações a seguir.
Todas
as moléculas de uma parcela de ar contribuem para a pressão atmosférica. Como o
vapor d’água é um gás, ele também contribui com um valor de pressão parcial,
conhecido como pressão de vapor (e), aumentando ou diminuindo a pressão
atmosférica. Quando a pressão de vapor (e) atinge seu valor máximo possível
para uma determinada temperatura do ar, diz-se que o ar está saturado de
umidade ou, em outras palavras, que o ar está cheio de vapor. Tem-se, portanto,
a pressão de vapor de saturação (es). A umidade relativa é a razão entre a
pressão de vapor (e) e a pressão de vapor de saturação (es ).
(Ercília
T. Steinke. Climatologia fácil, 2012. Adaptado.)
I.
A temperatura caracteriza uma variável para determinarmos a pressão de vapor de
saturação.
II.
Os valores relativos à umidade do ar expressam a real quantidade de vapor
d’água existente no ar, em milímetros.
III.
Quanto maior a umidade relativa do ar, maiores são as chances de chuva, pois a
atmosfera está próxima do ponto de saturação.
Está
correto o que se afirma em
a)
I e II, apenas.
b)
I e III, apenas.
c)
I, II e III.
d)
III, apenas.
e)
II e III, apenas.
Resposta:
B
Comentário:
O ciclo hidrológico realiza a
renovação das massas de água disponíveis na Terra, através da transição desse
recurso pelos principais estados físicos da matéria (sólido, líquido e gasoso).
A quantidade de água disponível nos últimos milhões de anos é praticamente
invariável, sendo que essa renovação se dá quase que exclusivamente pelo
aquecimento das frações sólidas e líquidas e resfriamento das frações líquidas
e gasosas. O grande motor desse processo de alteração física é, portanto a
radiação solar.
Assim, as proporções de água nesses
estados é sempre dinâmica e variável, e passa a influenciar também em outros
aspectos, como as temperaturas e pressões atmosféricas. A pressão atmosférica é
representada pelo peso que a coluna de gases atmosféricos é capaz de exercer
sobre a superfície da Terra, sendo influenciada desse modo pela quantidade,
massa e tipo de gases que compõem a atmosfera local. O vapor de água é um dos
mais importantes gases dessa massa, e encontra-se diretamente relacionado à
determinação dos valores de pressão, apresentando um limite máximo na
composição da massa atmosférica. Quando esse valor máximo é atingido, diz-se
que a atmosfera se tornou saturada, não suportando mais absorver esse vapor e começando
a “dispensá-lo” através do processo de condensação e consequente precipitação.
Deste modo pode-se inferir que de
acordo com a temperatura local a taxa de evaporação da água será maior ou
menor, o que influencia na composição atmosférica e consequentemente na pressão,
assim como nas condições de saturação do ar e início da condensação. Portanto,
em dias mais quentes, aumenta-se a evaporação e a evapotranspiração, elevando
as quantidades de vapor de água na atmosfera, elevando com isso a umidade
relativa do ar (quantidade em relação ao máximo [100%] de vapor de água
suportado pela atmosfera até a sua saturação) que indica a maior ou menos
probabilidade de chuva no período.
Questão 51
(www.pontobiologia.com.br.
Adaptado.)
O
bioma esquematizado e a relevância das vegetações destacadas pelo número 1
correspondem
a)
ao Cerrado e à preservação dos fitoplânctons.
b)
ao Cerrado e à proteção ao assoreamento.
c)
ao Pampa e ao combate à arenização.
d)
ao Pantanal e à proteção às inundações.
e)
ao Pampa e ao combate à eutrofização.
Resposta:
B
Comentário:
A composição vegetal representada no
diagrama apresenta multiplicidade de portes e de adensamentos vegetacional,
configurando-se como um bioma heterogêneo, diretamente relacionado com a
proximidade ou distanciamento dos cursos hídricos. Nota-se claramente na imagem
os três estratos vegetacionais distintos, sendo o herbáceo (predominante nas
áreas distantes dos grandes cursos de água), o arbustivo (nas faixas
intermediárias entre as distantes e próximas aos córregos e rios) e o arbóreo
(predominante nas localidades onde há abundância de água superficial).
O diagrama traz ainda a
caracterização de uma vegetação com troncos retorcidos, característica típica
das savanas tropicais, e o aumento do porte vegetal nas margens dos cursos hídricos,
formando matas ciliares ou matas de galeria, também típicas desse bioma. No
Brasil esse bioma é representado pelos cerrados que recobrem as porções
interiores do país, nas áreas do planalto central, onde a vegetação se adapta
aos solos ácidos, laterizados e ao clima com as chuvas concentradas nos verões
mais quentes.
As matas ciliares ou matas de
galeria, representadas no diagrama pelo número 1 possuem uma função ambiental
de suma importância, relacionada à proteção dos cursos de água, contendo a
erosão marginal por solapamento e o aporte de sedimentos carreados pelas
enxurradas das regiões adjacentes, que ocasiona o assoreamento desses cursos.
Questão 52
Examine
o mapa.
(www.bsienvis.nic.in.
Adaptado.)
O
mapa destaca a ocorrência de
a)
cinturões biotecnológicos, como a Bacia do Mediterrâneo na Europa.
b)
monoculturas, como a soja no Brasil.
c)
bacias hidrográficas, como a Bacia do Nilo na África.
d)
hotspots, como a Mata Atlântica no Brasil.
e)
enclaves sustentáveis, como os povos tradicionais na Europa.
Resposta:
D
Comentário:
O mapa apresentado pela questão destaca
áreas no mundo onde se observam biomas ou complexos vegetacionais sob risco
elevado de extinção plena de espécies, seja por questões naturais ou
principalmente por ações antrópicas. Essas áreas são classificadas como Hotspots, e para possuírem essa
caracterização precisam apresentar aspectos específicos dos quais se destacam o
elevado grau de endemismo, o fato de mais da metade de sua cobertura original
ter sido perdida/devastada e a existência de espécies sob risco iminente de
extinção plena.
No Brasil há dois importantes biomas
que encontram-se atualmente classificados como hotspots, que são a Mata Atlântica, cujo processo de ocupação/devastação
vem desde a colonização do país e a exploração do Pau-Brasil no século XVI, o
que implica hoje na existência de apenas cerca de 7% de sua cobertura original;
e o Cerrado, cuja intensificação da ocupação se deu a partir da Revolução Verde
na década de 1970, quando a calagem dos solos ácidos possibilitou a expansão da
sojicultura e o consequente desmatamento para a expansão da fronteira agrícola
no país.
Questão 53
Composto
de 149 lâmpadas especiais de gás xenônio, capazes de produzir um brilho 10 mil
vezes maior do que a luz natural do Sol que incide sobre a Terra, o experimento
Synlight começou a funcionar no Centro Espacial Alemão. Descrita como o maior
sol artificial do mundo, a estrutura pode concentrar sua luz em um ponto que
pode atingir temperaturas de 3 mil graus Celsius. Com o auxílio da luz
concentrada, é possível obter hidrogênio diretamente da água. Esse elemento é
considerado um dos possíveis combustíveis do futuro porque, ao ser queimado,
produz apenas água e calor.
(http://revistapesquisa.fapesp.br.
Adaptado.)
O
experimento Synlight se destaca pela expectativa de
a)
produzir, a partir de uma fonte renovável, combustível limpo que não emita
gases do efeito estufa.
b)
determinar, com a expansão de suas instalações, novas centralidades à
geopolítica dos combustíveis fósseis.
c)
reverter, com a produção do hidrogênio, monopólios sobre a oferta de fontes de
energia renovável.
d)
romper, com o uso de energias não renováveis, os limites das matrizes
energéticas de países periféricos.
e)
regular, a partir da oferta de combustíveis sustentáveis, políticas de preço no
mercado internacional de energia.
Resposta:
A
Comentário:
O experimento Synlight faz parte das
evoluções tecnológicas recentes na busca de conciliação entre o desenvolvimento
econômico das nações e a busca por um modelo produtivo mais sustentável e
consequentemente menos impactante sobre o meio ambiente e as sociedades. A
criação desse “sol artificial” possibilita a “produção” do hidrogênio a partir
da água e a sua utilização como fonte energética verdadeiramente limpa, através
de sua combustão na presença do oxigênio que resultaria na “(re)produção” da
água e de energia excedente, que seria aproveitada nos processos produtivos.
Basicamente a ideia seria lançar um
feixe de luz muito forte polarizado em um ponto sobre a água, o que liberaria o
hidrogênio presente nas moléculas de água líquida. Esse hidrogênio seria então
coletado e posteriormente utilizado através da combustão, produzindo energia e
como subproduto a água no estado gasoso, evitando assim a liberação de gases
antropogênicos e nocivos ao efeito estufa terrestre.
Questão 54
A
generalização cartográfica é o processo que permite reconstruir em um mapa a
realidade, mantendo seus traços essenciais.
(Paulo
M. L. Menezes e Manoel C. Fernandes. Roteiro de cartografia, 2013. Adaptado.)
Um
fator importante nesse processo de generalização cartográfica é
a)
a orientação, pois os elementos do mapa devem se manter proporcionalmente
distantes entre si.
b)
a topografia, pois a precisão na análise das informações depende de relevos
pouco acidentados.
c)
a escala, pois sua diminuição promove restrições que geram a perda de
informações.
d)
a simbolização, pois elementos naturais e antrópicos devem ser representados em
mapas diferentes.
e)
a altimetria, pois a determinação das curvas de nível é influenciada pelo ponto
de observação do cartógrafo.
Resposta:
C
Comentário:
O processo de generalização
cartográfica permite representar múltiplas informações em um mapa, permitindo ao
usuário certa visualização e entendimento a respeito dessas informações ali
cartografadas. Porém, a visualização e o entendimento dessas informações
dependem de dois aspectos básicos, em primeiro lugar a quantidade de dados
cartografados e em segundo lugar o número de vezes que esses dados reais
precisaram ser reduzidos para que coubessem no papel (mapa).
A escala representa, portanto a
proporção entre as medidas observadas na realidade e aquelas visualizadas quando
se analisa um mapa, logo uma escala grande significa que a realidade foi pouco diminuída
para que coubesse no papel, implicando assim em uma visualização correta e o
detalhamento mais preciso; ao passo que uma escala pequena indica uma redução
mais acentuada da realidade cartografada, implicando por sua vez na diminuição
substancial do detalhamento das informações no mapa, tornando seu entendimento
mais difícil.
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