Questão 13
Na
atual conjuntura internacional. Marcada pelo reordenamento geopolítico e
econômico do mundo, grupos de países vêm formando coalizões políticas e
econômicas em torno de determinador temas, através da realização de fóruns de
discussão, como o G-20.
A
respeito da temática abordada, assinale V (verdadeiro) o F (falso) para as
alternativas.
a)
( ) O G-20 foi criado no final da
década de 1990, no contexto das crises financeiras em alguns países do mundo. É
composto por ministros de finanças e presidentes de bancos centrais de países
considerados de maior importância para a economia mundial, em termos de
produção e de participação nos fluxos de comércio e financeiros.
b)
( ) Nos últimos anos, o processo de
desgaste sofrido pelo Fundo Monetário Internacional permitiu que as discussões
no âmbito do G-20 adquirissem crescente relevância, a ponto de estabeleceram a
principal agenda de debates sobre as necessárias reformas da ordem financeira.
Mesmo assim, os países industrializados e alguns emergentes não aceitam
discutir a reforma histórica do FMI.
c)
( ) No auge da crise financeira de
2008, o G-20 formalizou em um documento a necessidade de atuação dos governos
para reforçar a supervisão dos mercados, a ampliação do acesso aberto Às
informações, o estabelecimento de regras de conduta, propostas de adoção de
políticas contracíclicas em caso de agravamento de crises e um reforço na
atuação do FMI.
d)
( ) Hoje o objetivo do G-20, que
reúne países ricos e em desenvolvimento, é também estimular a adoção de normas
internacionalmente reconhecidas para promover a transparência da política
fiscal e o combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo.
Portanto, o G-20 pode ser apresentado como 0 principal fórum
econômico-financeiro da nova ordem mundial.
Resposta:
VFVV
Comentário:
O G-20 foi criado em 1999, em
substituição ao grupo anterior, chamado G-33, devendo ser analisado como sendo
uma “ampliação” do G-7 (grupo das 7 nações mais influentes e poderosas da
economia mundial). Composto por África do Sul, Argentina, Brasil, Canadá,
Estados Unidos, México, China, Japão, Coreia do Sul, Índia, Indonésia, Arábia
Saudita, Turquia, Europa (Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Rússia) e
Austrália, atua como um importante fórum de discussão política e econômica no
mundo pós Guerra Fria, no qual as nações participantes traçam planos e buscam a
ampliação de suas relações comerciais e financeiras, tendo por princípio o
aumento da interdependência entre suas economias.
Após a crise financeira de 2008,
iniciada pela “explosão da bolha imobiliária nos Estados Unidos”, o G-20 passou
a buscar, através de debates entre as nações componentes, o estabelecimento de
planos e a definição de planos para a amenização dos impactos negativos da
recessão global que emergiu do cenário de crise financeira global. Nesse
contexto, as economias destas nações passaram a procurar meios de liberalizar
as trocas comerciais e fomentar os investimentos internacionais, como
estratégia para que os impactos da onda
de perdas financeiras não fossem maiores do que o esperado.
Questão 14
O
termo “paisagem” é um conceito chave na ciência geográfica. A análise da
paisagem permite-nos verificar as diferentes dinâmicas concernentes ao
funcionamento das sociedades, pois ela releva ou omite informações, de forma a
denunciar as características econômicas. Políticas e culturais que estruturam o
processo de formação e organização do espaço social. Afinal de contas, o espaço
geográfico é o resultado de uma complexa interação entre sociedade e a sua
paisagem. A seguir estão descritas paisagens brasileiras cuja caracterização é
feita pela correlação de clima, vegetação e aproveitamento econômico.
Sobre
esse assunto, assinale V (verdadeiro) ou F (falso) para as alternativas.
a)
( ) Campos Cerrados – clima tropical
semiúmido com estações seca e chuvosa bem distintas; solos em grande parte
pobres; paisagem vegetal aberta e de fácil locomoção, permitindo assim a
prática da pecuária extensiva.
b)
( ) Caatinga – clima semiárido, área
de chuvas escassas e irregularmente distribuídas; solo de pequena espessura e
quase sempre pedregoso; vegetação heterogênea do tipo xerófilo.
c)
( ) Campanha Gaúcha – região de
topografia suave, situada em altas latitudes e vales e sua vegetação é dominada
por pequenas plantas perenes, com alta diversidade de espécies.
d)
( ) Mata dos Pinhais – clima tropical
com má distribuição de chuvas; vegetação heterogênea e fechada, pouco explorada
economicamente devido à grande densidade vegetal.
Resposta:
VVFF
Comentário:
Os biomas brasileiros se distribuem
pelo território nacional a partir das condições edáficas do espaço (clima,
relevo, solo, litologia...), e a sua apropriação/utilização encontra-se
diretamente associada aos interesses econômicos da nação ao longo dos contextos
históricos do país. Nesse aspecto pode-se observar e compreender as
características principais de cada uma das paisagens estabelecidas, e dos
modelos de uso e ocupação empregados em cada uma delas.
O Cerrado se estabelece na porção
central do país, onde o relevo é predominantemente composto por planaltos
sedimentares (chapadas) e os solos são ácidos, laterizados, profundos e
lixiviados pelas chuvas. O clima dessa porção do Brasil é do tipo tropical
semiúmido, com verões quentes e úmidos e invernos amenos e secos. Esse conjunto
de aspectos naturais definem o estabelecimento de uma vegetação do tipo
tropófila, composta por árvores de médio porte, retorcidas e tortuosas, por
conta do escleromorfismo oligotrófico, sendo essas entremeadas por arbustos e
gramíneas. Economicamente, essa região é amplamente utilizada como pastagens
para rebanhos bovinos e para cultivo de soja a partir da Revolução Verde após a
Segunda Guerra Mundial.
A Caatinga, vegetação do tipo
xerófila, dotada de espinhos e escassas folhagens, adaptadas aos litossolos
(solos rasos e pedregosos), decorrentes do fraco intemperismo que ocorre na
região do sertão semiárido, onde o clima apresenta-se com chuvas irregulares e
escassas, assim como elevadas médias térmicas anuais. Nessa região, a vegetação
apresenta-se de modo esparso (rala) e a biodiversidade é limitada por conta das
condições climáticas desfavoráveis ali observadas.
A Campanha Gaúcha, também conhecida
como Pampas, recobre a porção mais meridional do Brasil, onde adapta-se aos
relevos intensamente aplainados, de médias altitudes, sob a dinâmica do clima
subtropical úmido, no qual as chuvas são regulares e as temperaturas oscilam
entre verões quentes e invernos frios. Historicamente essa região é utilizada
como pastagem para as práticas pecuaristas extensivas, uma vez que na sua
pequena biodiversidade, as vegetações herbáceas (capim) corresponde à quase
totalidade de sua composição vegetal.
A Mata dos Pinhais, também conhecida
como Mata de Araucárias, recobre os limites entre as regiões tropicais e
subtropicais do Brasil, geograficamente representadas pelos limites entre Sul e
Sudeste. Nestas regiões observam-se climas de temperaturas amenas (subtropical
úmido e tropical de altitude), onde as condições térmicas definem o
estabelecimento dessa vegetação aciculifoliada, também conhecidas como
coníferas. Os solos dessa região são muito férteis, do tipo “terra roxa”,
intensamente utilizados no passado para o cultivo do café, o que trouxe consigo
uma intensa devastação para esse bioma brasileiro.
Questão 15
No
Brasil, graças às diversas modalidades de impacto da modernização sobre o seu território,
todas as áreas do país, nas últimas décadas, conheceram um revigoramento do seu
processo de urbanização, ainda que em níveis e formas diferentes, pois a lógica
dada pela divisão territorial do trabalho em escala nacional privilegia,
diferentemente, cada fração em dado momento de sua evolução. A lógica é comum e
os resultados regionais e locais são diferentes.
Considerando
o texto, assinale V (verdadeiro) ou F (falso) para as alternativas.
a)
( ) O Centro-Oeste apresenta-se
extremamente receptivo aos novos fenômenos da urbanização e conhece, nas
últimas décadas, uma elevada taxa de urbanização.
b)
( ) No Nordeste, a introdução de
inovações materiais e sociais encontra resistência de um passado cristalizado,
atrasando o processo de desenvolvimento, tornando menos dinâmico o processo de
revigoramento da sua urbanização, se comparado a outras áreas do país.
c)
( ) Ao contrário do que aconteceu nas
regiões Sudeste, Sul e Nordeste, onde o povoamento precedeu a urbanização, na
Amazônia, o aparecimento de um recente e vigoroso processo de urbanização
ocorre sobre poucos núcleos, em função da descontinuidade e da característica
rarefeita do povoamento que o precede.
d)
( ) Na região Centro-Oeste, a
formação de áreas metropolitanas foi vinculada ao projeto industrial e
desenvolvimentista de Juscelino Kubitschek.
Resposta:
VVVF
Comentário:
Ao longo do século XX o espaço
brasileiro passou por um intenso processo de desenvolvimento urbano, atrelado
aos processos de industrialização e de modernização do campo. Porém, um país
com dimensões continentais, como é o caso do brasil, apresenta dentro de seu
espaço uma série de diferenças naturais e históricas, que reproduzem ao longo
do tempo as desigualdades socioeconômicas observáveis. Desse modo, dentre as 5
regiões nacionais são vistos processos totalmente distintos de uso e ocupação
do espaço, que se traduzem em graus distintos de urbanização e de
desenvolvimento.
A região Centro-Oeste teve seu
processo de ocupação iniciado de modo factual a partir da década de 1940,
quando o governo de Getúlio Vargas com a construção da cidade de Goiânia, mas
esse processo foi secundarizado nos planos estatais, tendo sido retomado apenas
no final da década de 1950, com a construção de Brasília no governo de
Juscelino Kubitschek. Porém, a urbanização dessa região se deu de modo mais
intenso de fato a partir da década de 1970, com o advento da Revolução Verde e
da expansão da fronteira agrícola nas últimas décadas do século XX, trazendo
elevados índices de urbanização.
Ao passo que a região Nordeste, por
onde iniciou-se o processo de colonização/ocupação do território brasileiro no
século XVI, enfrenta atualmente um processo de urbanização muito aquém do
restante do país, muito por conta dos aspectos naturais que impõem a essa
região uma grande dificuldade para o desenvolvimento econômico. Mesmo que
atualmente haja no país um processo de desconcentração industrial do
Centro-Siul, com várias indústrias chegando ao nordeste, os reflexos ou
resultados desse processo são mais lentos e menos perceptíveis, por conta,
dentre outros fatores, aos aspectos históricos arraigados no espaço nordestino,
enraizados em um modelo econômico ultrapassado, porém que serve a uma série de
interesses e grupos dominantes regionais.
Na região Norte, no espaço amazônico,
observa-se atualmente a expansão da fronteira agrícola a partir do Cerrado, que
traz consigo a integração da Amazônia ao restante das regiões brasileiras.
Porém, o processo de urbanização esbarra no atraso histórico dessa porção do
território nacional, principalmente por um início de urbanização que no passado
esteve diretamente relacionado ao transporte fluvial, o que condicionou a
localização das cidades à rede hidrográfica da Bacia do rio Amazonas, criando
um sistema urbano desconectado e rarefeito, dificultando a integração entre
essas cidades e a consolidação do processo de urbanização atual.
Questão 16
No
processo de transformação do modo de produção no campo, intensificou-se a
mecanização da agricultura, com a introdução de máquinas com motores a explosão
e incorporações de adubos sintéticos e herbicidas químicos. Essa proximidade
entre indústria e agricultura intensifica-se após a Segunda Guerra Mundial e
foi chamada de Segunda Revolução Agrícola. Nesse período, o desenvolvimento dos
meios de transportes possibilitou o comércio de produtos em escala global.
Apesar do desenvolvimento a agricultura moderna ainda persistir, principalmente
nos países subdesenvolvidos e emergentes, na agropecuária tradicional,
predominam a baixa produtividade, o uso de técnicas, recursos e ferramentas
rudimentares e dependentes de condições naturais e de elevado emprego de mão de
obra. Os atuais sistemas de produção agropecuários podem ser classificados de
acordo com a produtividade alcançada e os lucros obtidos, independentemente da
área utilizada, dividindo-se em sistemas intensivo e intensivo de produção
agropecuária.
Sobre
os sistemas intensivo e extensivo na agricultura e pecuária, assinale V
(verdadeiro) ou F (falso) para as alternativas.
a)
( ) No sistema de produção intensivo
na pecuária, os animais têm uma dieta alimentar definida pelas pastagens
nativas, andam soltos por uma grande área e não dispõem de cuidados
veterinários modernos. Essa prática, mais comum para o gado bovino destinado ao
corte, gera baixa produtividade de carne por área.
b)
( ) No sistema intensivo, o modo de
produção agrícola implantado nas propriedades faz o uso constante de técnicas e
de tecnologias modernas, como seleção de sementes e plantas, sistemas de
irrigação, estufas para o controle da temperatura e da intensidade dos raios
solares que atingem as plantas, adubos e herbicidas industrializados, equipamentos
e veículos modernos, entre outros processos controlados pelo ser humano que
diminuem a dependência direta das condições naturais para alcançar maior
produtividade em menor tempo de utilização da terra.
c)
( ) No sistema extensivo, o modo de
produção agrícola é tradicional, sem tecnologia moderna, nem métodos mais
avançados de conservação da terra, com o uso de arado de tração animal. Nesse
sistema, há dependência direta das condições naturais da terra e dos fatores
climáticos. No entanto, em razão dessas condições, comumente, a produtividade
alcançada por área é baixa.
d)
( ) O sistema de produção extensivo
na pecuária é caracterizado pela reprodução do gado e das aves para a produção
de carnes e outros derivados por meio de técnicas, como inseminação artificial,
melhoramento genético e controle de cruzamentos, entre outras. Esses
procedimentos permitem alcançar elevadas taxas de produtividade na pecuária.
Resposta:
FVVF
Comentário:
A modernização da agricultura mundial
observada a partir do período após a Segunda Guerra Mundial ficou conhecida
como Revolução Verde, tendo iniciado nas nação desenvolvidas ainda na década de
1950 e chegado às nações em desenvolvimento a partir das décadas de 1960 e
1970. O maior intuito desse processo foi a ampliação da eficiência das
atividades agropecuárias, visando o aumento da produtividade e consequentemente
da lucratividade dessa atividade. Nesse contexto se destaca a transição das
práticas mais simples e menos eficientes, conhecidas como “extensivas” para
aquelas mais modernas e eficientes, intituladas de “intensivas”.
Nas práticas de agricultura e
pecuária extensivas, tem-se o uso de técnicas rudimentares, com o uso de
conhecimentos absorvidos meramente pelas experiências práticas o longo do
tempo, tendo como base a produção a partir do uso de extensas áreas de terras,
sendo amplamente dependente dos aspectos naturais, tais como clima, solo, relevo
(...). Esse processo produtivo, realizado de modo mais simplório traz consigo
uma baixa eficiência e consequentemente uma baixa produtividade final,
limitando com isso as margens de lucro. Esse tipo de agropecuária é típica de
regiões menos desenvolvidas do globo.
Ao passo que nas práticas de
agricultura e pecuária intensivas, tem-se o uso de técnicas modernas, baseadas
em pesquisas científicas, melhoramento genético das espécies, cruzamentos
manipulados laboratorialmente, visando o melhoramento genético de plantas e
animais. Nesse contexto, a produção passa a ser definida, não pela extensão da
área cultivada, mas sim pela quantidade de capitais disponíveis para a
realização de investimentos em técnicas e tecnologias de ponta. A agricultura
intensiva baseia-se na superação das limitações ambientais através do uso de
sementes híbridas, transgênicas, pesticidas, herbicidas, fertilizantes químicos
(...), que a torna muito mais produtiva
e consequentemente mais lucrativa.
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