TEXTO PARA A QUESTÃO 48
Óbitos por cepas de
bactérias resistentes a antibióticos vêm crescendo. Um estudo do governo
britânico estima que, em escala global, os óbitos por cepas resistentes já
cheguem a 700 mil por ano. E as coisas têm piorado. Além das bactérias, já
estão surgindo fungos resistentes, como a Candida auris.
Qualquer solução passa
por um esforço multinacional de ações coordenadas. O crescente número de
governos isolacionistas e até anti-darwinistas não dá razões para otimismo. Há
urgência. O estudo britânico calcula que, se nada for feito, em 2050, as mortes
por infecções resistentes chegarão a 10 milhões ao ano.
Hélio
Schwartsman, “Mortes anunciadas”. Folha de São Paulo, Abril/2019. Adaptado.
Questão 48
O
autor expressa preocupação com o fato de que as soluções para o problema
apontado passam por um esforço multinacional, em face ao crescente número de
governos isolacionistas, porque
a)
áreas de menor índice de desenvolvimento socioeconômico são as únicas atingidas
devido à falta de recursos empregados em saúde e educação.
b)
as cepas resistentes surgem exclusivamente nos países que se negam a aderir a
acordos sanitários comuns, constituindo ameaças globais.
c)
desafios atuais em meio ambiente e saúde são globais e soluções dependem da
adesão de cada país aos protocolos internacionais.
d)
o comércio internacional é o principal responsável por espalhar doenças nesses
países, tornando‐os
vulneráveis, apesar de os programas de vacinação terem alcance mundial.
e)
a pesquisa nesta área é de âmbito nacional e, portanto, novas drogas não terão
alcance mundial, mas apenas regional.
Resposta: C
Comentário:
O texto visa estabelecer uma relação direta entre o atual estágio
do processo de globalização, baseado principalmente nos fluxos materiais e
imateriais e a proliferação de doenças e contaminações para além das fronteiras
nacionais. Vivemos hoje um período ímpar, no que tange à circulação de pessoas
e coisas, o que pode potencializar os riscos de que epidemias se tornem
rapidamente pandemias globais. Do mesmo modo que a globalização possibilita os
fluxos vantajosos, tais como informações, mercadorias, pessoas, capitais (...),
amplia também os fluxos negativos e prejudiciais, tais como armas, drogas,
tráfico de pessoas, doenças (...).
Do mesmo modo que as questões políticas e econômicas demandam hoje
ações que estejam além dos limites das fronteiras nacionais, as questões
ligadas ao meio ambiente e saúde nas últimas décadas também passaram a exigir
uma visão global das nações, trazendo a necessidade de uma análise de todo o
contexto mundial e não apenas das implicações locais, tal qual ocorria no
passado. A temática das chamadas “superbactérias” e o risco iminente de
pandemias exigem que, no tocante às políticas de saúde pública, as discussões e
intervenções precisam ser concebidas no âmbito de fóruns internacionais e as
regras estabelecidas mediante protocolos e acordos de alcance mundiais, assinados
e ratificados por todas as nações. O mundo interligado não permite mais o
tradicionalismo do pensar e agir localmente visando à solução de problemáticas
cada vez mais globais.
Questão 50
Boa
parte da floresta amazônica brasileira cresce sobre solos pobres. Sua
exuberância, portanto, deve‐se
ao fato de que uma grande proporção dos nutrientes advindos da própria floresta
retorna à vegetação. Quando se derruba a floresta de uma área de dezenas de
quilômetros quadrados e, em seguida, ateia‐se
fogo no local como preparo para o plantio, esse ciclo é interrompido, o que
causa uma série de efeitos.
Identifique
corretamente a relação dos efeitos mencionados em I, II e III com a derrubada e
a queima da floresta.
a)
|
I ‐ Diminuição de curto prazo da
fertilidade do solo pela queima da vegetação.
|
II
‐ Perda
de biodiversidade pelo efeito direto do fogo sobre os animais silvestres.
|
III ‐ Diminuição da evaporação da água da
chuva que atinge o solo exposto.
|
b)
|
I
‐
Aumento de curto prazo da fertilidade do solo pelo efeito direto do calor do
fogo sobre o solo superficial.
|
II ‐ Diminuição da diversidade de
animais silvestres devido à remoção da vegetação.
|
III
‐
Diminuição da temperatura do solo exposto como efeito direto da remoção da
vegetação.
|
c)
|
I
‐
Aumento de curto prazo da fertilidade do solo pela deposição de cinzas.
|
II
‐ Perda
de biodiversidade devido à remoção da vegetação.
|
III ‐ Aumento temporário da evaporação da
água da chuva que atinge o solo exposto.
|
d)
|
I
‐
Aumento de curto prazo da fertilidade do solo pelo efeito direto do calor do
fogo sobre o solo superficial.
|
II
‐ Perda
de biodiversidade pelo efeito direto do fogo sobre a vegetação.
|
III
‐
Diminuição temporária de absorção da água da chuva pelo solo exposto.
|
e)
|
I
‐
Aumento de longo prazo da fertilidade do solo pela deposição de cinzas.
|
II
‐
Aumento da diversidade de animais silvestres devido à remoção da vegetação.
|
III
‐
Aumento da erosão do solo exposto devido à remoção da vegetação.
|
Resposta: C
Comentário:
Atualmente a devastação das grandes florestas representa um dos
maiores problemas ambientais do mundo, principalmente em nações onde as
atividades agropecuárias respondem por grandes parcelas do Produto Interno
Bruto de suas economias, como é o caso do Brasil, onde a expansão da fronteira
agrícola causou no passado a devastação da Mata Atlântica, do mesmo modo que
causa no presente a devastação da Amazônia. Tal devastação se dá tanto pelo
processo de desmatamento quanto pela prática secular das queimadas.
Essas práticas de retirada da vegetação trazem consigo uma série de
mudanças no ecossistema afetado, sendo que em curto prazo há a elevação da fertilidade do solo, em
decorrência do acúmulo de cinzas da biomassa incinerada, as quais facilitam
a dissolução e a absorção dos nutrientes pela lavoura, assim como ocorre também
a perda da biodiversidade local em
decorrência da eliminação de fauna e flora pelo corte ou pelo fogo, em seguida,
com o solo exposto diretamente à incidência da radiação solar potencializa-se a evaporação e
consequentemente o ressecamento da terra.
Questão 56
A
combinação entre baixa biodiversidade, altas concentrações de poluentes e
baixas concentrações de oxigênio dissolvido, que é verificada nos rios que
passam por grandes centros urbanos no Brasil, deve‐se principalmente à(ao)
a)
descarte de garrafas PET e sacolas plásticas, aumentando a cadeia de produção
de microplásticos.
b)
aumento de intervenções de engenharia, como a construção de pontes e dragagens.
c)
aquecimento da água do rio devido ao aumento da temperatura média nas
metrópoles.
d)
descarte de esgoto doméstico e industrial sem tratamento.
e)
ocorrência mais frequente de longos períodos de estiagem, aumentando a
evaporação.
Resposta: D
Comentário:
O processo de urbanização traz consigo o agravamento da questão
ambiental nas grandes cidades, principalmente pela combinação entre produção
crescente de efluentes e a destinação incorreta que é dada a esses subprodutos
da vida urbana. Na cidade moderna (pós século XVIII) somam-se ao esgotamento doméstico
a elevada produção de esgoto industrial, cujo processo de descarte muitas vezes
não acompanha a preocupação ambiental que deveria se observar.
Parcela significativa desse esgoto
é lançada sem qualquer tipo de tratamento prévio nos corpos hídricos que
cortam as grandes cidades, aumentando substancialmente a quantidade de matéria
orgânica na água, assim como a proliferação
de decompositores nesse ambiente, os quais consomem o oxigênio dissolvido causando o processo de eutrofização
desses ecossistemas, levando à mortandade de fauna e flora aquáticas nesses
espaços.
Questão 80
Segundo
o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), foram registradas temperaturas reduzidas
no mês de junho de 2016, tal como na madrugada do dia 13, em que se alcançou a
mínima de 3,5°C na estação meteorológica da Serra da Cantareira, na cidade de
São Paulo. Além disso, de acordo com o Instituto, também ocorreram
precipitações acima da média, com mais de 200 mm no total daquele mês.
Disponível
em https://www.meteo.psu.edu/. Adaptado.
Associando
a representação esquemática aos eventos descritos, analise as seguintes
afirmações:
I.
O ar mais frio e denso eleva o ar mais quente, podendo originar nuvens com potencial
para tempestades e precipitações.
II.
Instabilidades atmosféricas podem ser geradas em razão de o ar quente ser
elevado rapidamente pelo sistema frontal.
III.
O encontro de massas de ar estabiliza as condições atmosféricas com o avanço e
dissipação da massa de ar tropical.
É
correto apenas o que se afirma em
a)
I.
b)
II.
c)
I e II.
d)
I e III.
e)
II e III.
Resposta: C
Comentário:
O esquema apresentado pela questão se relaciona ao choque entre
duas massas de ar com características diferentes, sendo uma massa quente e a
outra fria, as quais após o encontro começam a interagir e a buscar o
equilíbrio entre suas condições. Decorre desse tipo de evento as chamadas chuvas frontais ou chuvas ciclonais,
típicas dos meses de inverno, quando a ação de massas frias se torna mais
intensa.
Sabe-se que as massas de ar frio possuem densidades maiores do que
as massas de ar quente, o que faz com que o
ar frio e pesado de direcione para a parte mais próxima à superfície, ao passo
que força o ar mais quente a ascender em direção às camadas mais altas da
troposfera. Como há interação entre corpos gasosos diferentes, a busca pelo
equilíbrio térmico entre as massas forma
áreas de instabilidade e intensa condensação do vapor de água, causando
chuvas fortes e intensas, podendo muitas
vezes originar tempestades.
Questão 81
Um vídeo do astrônomo
Carl Sagan em seu programa dos anos 1980, Cosmos, conta a história de
Eratóstenes, demonstrando como os gregos antigos já haviam descoberto que a
Terra é uma esfera (geoide). Para fazer isso, Eratóstenes observou a sombra de
duas colunas no solstício de verão; uma coluna foi colocada em Alexandria e
outra em Siena (atualmente Assuan), ambas no Egito. Ele notou que em Siena, ao
meio dia, o Sol ficava em seu ponto mais alto e a coluna lá instalada projetava
uma sombra com ângulo diferente daquela projetada em Alexandria. Sagan explica
então que, se a Terra fosse plana, ambas as estruturas produziriam sombras
iguais, mas como o planeta é esférico, o sombreamento varia.
Disponível
em https://revistagalileu.globo.com/. Adaptado. 2019.
Disponível
em https://www.youtube.com/. Adaptado.
A
esfericidade do Planeta Terra demonstrada por Eratóstenes e relembrada por Carl
Sagan explica, em conjunto com outros fatores,
a)
a ocorrência de dias mais longos e com maior insolação no Hemisfério em que
está ocorrendo o inverno e de dias mais curtos e com menor insolação no
Hemisfério em que está ocorrendo o verão.
b)
a ocorrência das estações do ano, sendo que, no Hemisfério Norte, há o
solstício de verão em dezembro e, no Hemisfério Sul, o solstício de inverno em
junho.
c)
a existência de zonas climáticas, em razão das variações de altitude que
intensificam a radiação solar nos polos Norte e Sul.
d)
a ocorrência das estações do ano, que caracterizam o Equinócio de primavera no
Hemisfério Sul em março e o Equinócio de outono no Hemisfério Norte em
setembro.
e)
a existência de zonas climáticas, em função da maior intensidade da radiação
solar na região equatorial quando comparada à incidência nos polos.
Resposta: E
Comentário:
A experiência de Eratóstenes, realizada com o intuito de calcular a
circunferência da Terra se baseou na medida da angulação da incidência de
radiação solar sobre a superfície durante o solstício de verão no hemisfério
norte, uma vez que tal experiência foi testada em duas cidades do Egito. Portanto,
Eratóstenes sabia que nessa data o sol estaria em sua posição mais alta no céu
ao meio dia, o que possibilitaria a base para seus cálculos.
Os solstícios e equinócios são estabelecidos pela combinação entre
o movimento de translação da Terra e a inclinação do eixo terrestre, tendo como
consequência a definição das quatro estações do ano. Desse modo, tem-se que
quando o sol encontra-se exatamente sobre a Linha do Equador ambos os
hemisférios recebem a mesma quantidade de radiação, o que origina os equinócios
de outono e primavera. Ao passo que no momento em que o sol encontra-se mais
afastado do equador, incidindo perpendicularmente sobre os trópicos, tem-se a
definição dos solstícios de verão e inverno.
Assim, no dia 21 de março o sol encontra-se perpendicular ao
paralelo equatorial, estabelecendo assim o equinócio de outono no hemisfério
sul e de primavera no hemisfério norte. No dia 21 de junho o sol se localiza
exatamente sobre o Trópico de Câncer, estabelecendo o solstício de inverno no
hemisfério sul e de verão no hemisfério norte. No dia 23 de setembro o sol
encontra-se novamente perpendicular ao equador, quando tem-se o equinócio de
primavera no hemisfério sul e de outono no hemisfério norte. Finalmente em 21
de dezembro o sol se posiciona perpendicularmente ao Trópico de Capricórnio,
estabelecendo assim o solstício de verão no hemisfério sul e de inverno no
hemisfério norte.
Portanto, a combinação da translação
terrestre em torno do sol, com a inclinação do eixo terrestre (em torno de
23º23’) e a angulação da radiação solar incidente sobre a superfície planetária
permite o estabelecimento das chamadas zonas climáticas, sendo a região intertropical (de 23ºN
a 23ºS) a mais quente, uma vez que recebe os raios de modo menos inclinados; ao
passo que as zonas temperadas/subtropicais (de 23ºN a 66ºN e de 23ºS a 66ºS) as
mais amenas, uma vez que a inclinação dos raios solares é mediana; e por fim,
as zonas polares (de 66ºN a 90ºN e 66ºS a 90ºS) as mais frias da Terra, por
conta da inclinação máxima dos raios solares nessas latitudes.
Questão 82
Em
reportagem publicada em 2018, a revista FAPESP apresenta uma pesquisa da
Superintendência de Controle de Endemias (SUCEN) que usou informações de data e
local de mortes de macacos por um determinado vírus. A partir do estudo,
construiu‐se um
modelo epidemiológico que descreve o sentido de deslocamento e os corredores
ecológicos funcionais (corredores prováveis) do vírus.
Disponível
em http://revistapesquisa.fapesp.br/.
Com
base nas informações e no mapa, o corredor ecológico funcional desse vírus, que
atingiu a maior abrangência territorial no Estado de São Paulo durante o ano de
2017, avançou principalmente por quais regiões e causou qual enfermidade?
a)
Sul de Minas Gerais e Vale do rio Ribeira de Iguape; Chikungunya.
b)
Sul de Minas Gerais e São José do Rio Preto; Dengue.
c)
Vale do rio Ribeira de Iguape e Região Metropolitana de São Paulo; Zika.
d)
Sul de Minas Gerais e Campinas; Febre Amarela.
e)
Litoral de São Paulo e Vale do rio Ribeira de Iguape; Gripe
Resposta: D
Comentário:
O cartograma apresentado pela questão retrata os chamados
corredores funcionais percorridos pela epidemia
de febre amarela (uma vez que o
próprio enunciado menciona a morte de macacos infectados por mosquitos dos
gêneros Haemagogus e Sabethes 1), que atingiu a região sudeste do Brasil em 2017,
principalmente no estado de São Paulo. No mapa nota-se a proliferação da doença
pela região, inicialmente a partir de cidades do sul de Minas Gerais e norte do
estado de São Paulo.
O enunciado da questão deixa claro que a análise deve centrar-se
nas setas em tons de roxo (rotas efetivas de 2017). Assim sendo, essas
representações ligam a região sul
mineira a São José do Rio Preto (SP) e Ribeirão Preto (SP), assim como de Poços
de Caldas (MG) em direção à região de Campinas (SP).
1 nas áreas urbanas a transmissão é
principalmente pelo Aedes Aegypti
Questão 83
O processo de
desertificação é definido como a degradação ambiental e socioambiental,
particularmente nas zonas áridas, semiáridas e subúmidas, resultantes de vários
fatores e vetores, incluindo as variações e alterações climáticas e as
atividades humanas.
BRASIL,
Ministério do Meio Ambiente. Disponível em http://www.mma.gov.br/.
Dentre
as medidas mais adequadas para mitigação dos efeitos da desertificação
encontra(m)‐se
a)
a construção de rodovias que permitam às populações mais diretamente atingidas
pela seca se deslocarem diariamente para áreas mais úmidas.
b)
o uso das áreas de meia encosta como alternativa para expansão das áreas de
produção de culturas temporárias e lavouras permanentes.
c)
o plantio de espécies exóticas que apresentam crescimento rápido e podem
reduzir os efeitos da desertificação e da seca, como o eucalipto, por exemplo.
d)
a prevenção, recuperação e reabilitação de terras parcial ou totalmente
degradadas com a recomposição de espécies nativas.
e)
os programas de incentivo para a instalação de fossas sépticas que dispensam a
implantação de um sistema hídrico de saneamento básico.
Resposta: D
Comentário:
Os processos de desertificação representam hoje um dos mais graves
problemas ambientais de caráter local, afetando tanto áreas semiáridas,
naturalmente predispostas a esse processo, como áreas subúmidas ou úmidas, que normalmente
não apresentam pré-disposição a desertificar-se. A desertificação,
diferentemente da desertização, deve ser entendida como sendo um processo
marcadamente antrópico, decorrente de ações humanas danosas ao meio ambiente,
tais como o desmatamento, queimadas, pastoreio, monoculturas, dentre outras.
Dentre as ações capazes de prevenir esse
problema ambiental destacam-se práticas agrícolas voltadas à minimização da
erosão, como plantio direto, curvas de nível, terraceamento; bem como ações que
reduzam a perda de fertilidade dos solos, tais como rotação de culturas e
afolhamentos.
Mas, caso o processo de desertificação já esteja em curso, outras
ações podem ser adotadas, visando à minimização dos impactos negativos do
problema, com destaque para a recomposição
das vegetações nativas, com a revegetação utilizando espécies endêmicas, a
fim de reestabelecer o ecossistema local e recuperar a dinâmica natural do
ambiente desertificado
Questão 84
Brasil: Estabelecimentos de agricultura
familiar e não familiar
Hervé
Théry e Neli Aparecida Mello‐Théry. Atlas do Brasil:
disparidades e dinâmicas do território. 3ª edição, 2018. Adaptado.
Sobre
a produção agrícola brasileira e os dados apresentados nos cartogramas, é
correto afirmar:
a)
A agricultura familiar, que utiliza a maior extensão de terras agricultáveis do
país, foi responsável pela produção da maior parte do volume agrícola
exportado.
b)
A agricultura familiar, que utiliza uma extensão de terras menor que a
agricultura não familiar, tem destaque na produção de alimentos para o mercado
interno.
c)
A agricultura não familiar, que detém a maior extensão de terras agricultáveis
do país, consiste em uma barreira ao desenvolvimento das atividades ligadas ao
agronegócio.
d)
A agricultura não familiar, que apresenta o maior número de estabelecimentos
rurais no país, é responsável pela produção de parte das chamadas commodities
brasileiras.
e)
A concentração fundiária foi superada no país em função de a agricultura
familiar ocupar, com seus estabelecimentos, a maior parte das terras.
Resposta: B
Comentário:
As imagens apresentadas pela questão representam a distribuição das
propriedades agrícolas do Brasil, separadas segundo o número de imóveis (mapa
1) e segundo a extensão dos imóveis (mapa 2). É possível perceber que há
discrepância na relação entre o número de propriedades familiares e não
familiares e a área abrangida por esses dois tipos de imóveis rurais no Brasil.
Nota-se ao analisar o primeiro mapa que o número de propriedades
familiares é bem maior que o número de propriedades não familiares, mas
contrapondo-se esse dado com as informações do segundo mapa, nota-se que mesmo
em número bem menor, as propriedades não
familiares recobrem uma área de terras muito maior que aquela coberta pelas
propriedades familiares.
No que tange à destinação econômica da produção, as propriedades familiares direcionam seus
produtos ao abastecimento dos mercados internos, atuando principalmente na
produção de gêneros alimentícios típicos do país, tais como arroz, feijão,
mandioca entre outros. Ao passo que as propriedades não familiares, que
abrangem a agricultura comercial e ao chamado agronegócio, tem sua produção
focada em mercadorias destinadas à exportação, com destaque para as commodities
agrícolas brasileiras, tais como milho, soja, café e cana de açúcar.
Questão 85
É de grande relevância
aqui o fato de que uma grande proporção do trânsito de internet do mundo passa
pelos Estados Unidos (...). Isso significa que a NSA (a agência de segurança
nacional dos EUA) poderia acessar uma quantidade alarmante de ligações
telefônicas simplesmente escolhendo as instalações certas. O que é ainda mais
inacreditável: essas instalações não passam de alguns prédios, conhecidos como
“hotéis de telecomunicação”, que hospedam os principais centros de conexão de
internet e telefonia do planeta todo.
Stephen
Graham, Cidades Sitiadas: o novo urbanismo militar, 2016. Adaptado.
A
respeito da configuração espacial e geopolítica retratada no excerto e no mapa,
é possível afirmar que
a)
essa é a razão do grande déficit econômico dos Estados Unidos atualmente, uma
vez que a maior parte dos negócios e transações é feita pela internet.
b)
essa situação explica o fato de que os Estados Unidos tenham, atualmente, a
maior dívida pública do planeta, já que os custos com o tratamento de dados são
muito altos.
c)
em um mundo cada vez mais dependente dos fluxos imateriais de informação, a
presença de objetos técnicos fixos torna‐se
irrelevante para a posição geopolítica dos Estados Unidos.
d)
o mapa representa, por meio do “trânsito de internet” e do fluxo de “ligações
telefônicas”, uma globalização que integrou completamente tanto os norte‐americanos quanto as populações da África.
e)
a presença de fixos, como algumas instalações de armazenagem e conexão,
influencia a orientação de fluxos e dá aos EUA uma posição de destaque no
contexto geopolítico.
Resposta: E
Comentário:
A globalização que se espalha pelo mundo no período após a Segunda
Guerra Mundial é marcada pelo advento da Terceira Revolução Industrial e pelo
consequente estabelecimento do Meio Técnico-Científico-Informacional,
decorrente do avanço dos meios de transportes e telecomunicações, que foi capaz
de tornar os lugares “mais próximos” e as relações mais diretas entre os
espaços, facilitando tanto os fluxos materiais quanto os fluxos imateriais.
Dentre os fluxos imateriais se destacam as transações financeiras e
principalmente a circulação de informações (tanto aquelas atreladas ao sistema
econômico quanto aquelas relacionadas aos sistemas políticos). No mesmo
contexto de expansão dessa globalização informacional, o pós-segunda guerra
marca a ascensão dos Estados Unidos como potência hegemônica capitalista,
passando a regular os fluxos e as relações entre as nações, principalmente no
“mundo ocidental”.
Com a derrocada do socialismo, e consequentemente da União
Soviética, os Estados Unidos alcançam enfim a hegemonia mundial plena, passando
a atuar como grande regente da economia capitalista no final do século XX,
mantendo marcante controle sobre os principais fluxos globais, como representa
a imagem da questão, na qual são mostrados os tráfegos informacionais, passando
invariavelmente pela potência americana.
Esse domínio estadunidense dos sistemas
informacionais se deve a alguns aspectos importantes
observados no país, tais como a presença
das maiores empresas do setor de informação do mundo atual, cujos
escritórios e sedes administrativas ainda se concentram no território do país,
bem como a disponibilidade de modernas e avançadas redes operacionais,
que são capazes de conectar os fluxos originários de qualquer parte do mundo a
seus destinos, em qualquer localidade do planeta. Assim como bases de armazenamento e tratamento de
dados, muitas vezes ali instaladas por conta dos sistemas de segurança e
proteção, vitais para esses modernos fluxos imateriais.
Questão 86
O Ciclone Tropical Idai
atingiu o litoral de Moçambique na noite de quinta‐feira (21/03/2019),
provocando grandes danos na cidade de Beira. Cerca de 500 mil pessoas ficaram
sem energia, afetando também o setor de comunicações.
Disponível
em https://www.climatempo.com.br/. Adaptado.
Essa
notícia refere‐se
ao Ciclone Tropical que atingiu principalmente Moçambique, Zimbábue e Malaui.
Eventos dessa magnitude e superiores – o Ciclone Idai atingiu apenas a
categoria 2 em uma escala de 1 a 5 – ocorrem em outros locais do planeta e não
repercutem da mesma forma, com a perda de centenas de vidas. Isso ocorre em
função
a)
da grande presença de populações não nativas, que não têm tradição em lidar com
eventos dessa natureza.
b)
do relevo de planalto que caracteriza Moçambique, Zimbábue e Malaui, em
especial na zona costeira.
c)
da presença de rede hidrográfica e florestas que contribuem para a formação de
ciclones dessa natureza e magnitude.
d)
da presença de águas superficiais do oceano Índico, com temperaturas mais
reduzidas que o habitual, em especial no Canal de Moçambique.
e)
das características socioeconômicas da região com populações vulneráveis e
reduzida capacidade do poder público em prestar atendimento à população.
Resposta: E
Comentário:
A ocorrência do ciclone que atingiu países da costa leste do
continente africano no início do ano de 2017 encontra-se diretamente relacionada
às interações entre a atmosfera e os oceanos, principalmente quando se formam
anomalias térmicas sobre as superfícies líquidas, tornando-as mais aquecidas,
alterando as condições de pressão e de circulação na baixa atmosfera; Nesse
quadro se formam ventos muito intensos que se deslocam para áreas continentais
litorâneas, trazendo consigo grande quantidade de umidade proveniente dos
oceanos, causando vendavais e tempestades nos locais atingidos.
No caso da costa africana, assim como em outras costas tropicais,
esse tipo de fenômeno atmosférico é relativamente normal, embora em alguns
momentos a intensidade dos ventos e o seu poder destrutivo se tornem muito
maiores que a média. Porém as perdas
humanas e financeiras estão, na maioria das vezes, associadas às condições
socioeconômicas dos locais atingidos, tais
como as estruturas das edificações
habitacionais, a capacidade dos Estados nacionais responderem prontamente e
reestabelecerem as condições de saneamento, reduzindo a proliferação de
doenças após a passagem dos ventos, dentre outros aspectos, de cunho muito mais
político do que ambiental.
Questão 87
Em Barcelona, em 2012 e
2013, a cada 15 minutos uma família recebia ordem de despejo. Desde então, o
panorama da habitação mudou totalmente. “(...) Estamos assistindo uma onda de
especulação imobiliária (...) que agora se foca no aluguel”, explica Daniel
Pardo da Associação de Moradores para um Turismo Sustentável. “Este fenômeno
pôs em marcha um processo acelerado e violento de expulsão de inquilinos”,
acrescenta. Onde a pressão da especulação imobiliária internacional e a
indústria do turismo causaram um aumento substancial nos preços dos aluguéis,
os catalães têm hoje de gastar mais de 46% dos seus salários com o aluguel.
Para os jovens até os 35 anos, a taxa de esforço aumenta até os 65% (...). “Não
queremos que os habitantes de Barcelona sejam substituídos por pessoas com
maior poder de compra”, diz a porta‐voz do Sindicato dos Inquilinos. Só em
Barcelona, 15 fundos de investimento imobiliário possuem 3.000 apartamentos.
“Os
habitantes querem a sua cidade de volta”. Reportagem de Ulrike Prinz para o
Goethe‐Institut Madrid. Maio/2018. Adaptado.
Os
conceitos que explicam as dinâmicas urbanas descritas no excerto são:
a)
Financeirização e Industrialização.
b)
Gentrificação e Segregação.
c)
Aglomeração e Conurbação.
d)
Industrialização e Segregação.
e)
Conurbação e Gentrificação.
Resposta: B
Comentário:
O processo descrito no fragmento apresentado pela questão se refere
às mudanças no setor de moradias na região de Barcelona, na Espanha. Porém esse
processo acontece em maior ou menor intensidade na maioria dos grandes centros
urbanos do mundo, principalmente nas grandes metrópoles. Trata-se da elevação
substancial dos valores imobiliários, conhecido como especulação imobiliária,
que impossibilita a permanência nas grandes cidades às populações de mais baixa
renda.
Esse processo de valorização do espaço urbano pode decorrer de dois
mecanismos distintos, o primeiro relacionado aos investimentos públicos em
saneamento e infraestruturas funcionais, o qual é chamado simplesmente de
especulação imobiliária. Já o segundo se relaciona aos investimentos realizados
pelo setor privado da economia, como obras viárias ou estruturais ligadas muitas
vezes ao setor de turismo, como acontece em Barcelona, importante centro
turístico do sul da Europa, nesse caso o processo é chamado de gentrificação.
Seja a especulação imobiliária ou a gentrificação, o resultado
final do processo é a segregação
espacial da população de menor poder aquisitivo, incapaz de adquirir
moradias nas regiões mais centrais e automaticamente mais valorizadas das
cidades, sendo essas populações direcionadas para as áreas periféricas dos
centros urbanos, o que amplia as desigualdades socioeconômicas nesses espaços,
limitando uma parcela crescente das populações do acesso pleno aos benefícios
da vida na cidade.
Questão 88
Dois
eventos marcaram a diplomacia brasileira em relação ao Oriente Médio no início
de 2019. Um deles foi o voto contra a resolução da ONU que pedia a desocupação
militar das Colinas de Golã e sua devolução à Síria. Outro evento foi o anúncio
de transferência da embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém, mesmo não
tendo sido levada adiante até setembro de 2019. Em relação a esses eventos, é
correto afirmar que eles representam
a)
|
I ‐ uma aproximação do Brasil em
relação à posição dos EUA.
|
II ‐ um potencial distanciamento do
Brasil em relação à posição da maioria dos países do Conselho de Segurança da
ONU.
|
b)
|
I
‐ um
distanciamento do Brasil em relação à posição da Palestina e uma aproximação
em relação ao conjunto de países árabes.
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II ‐ uma potencial aproximação do Brasil
em relação à posição da maioria dos países do Conselho de Segurança da ONU.
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c)
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I
- ‐ um
distanciamento do Brasil em relação à posição de Israel e uma aproximação em
relação aos palestinos.
|
II ‐ um potencial distanciamento do
Brasil em relação à posição da maioria dos países do Conselho de Segurança da
ONU.
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d)
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I
‐ um
distanciamento do Brasil em relação à posição dos EUA.
|
II ‐ uma potencial aproximação do Brasil
em relação à posição da maioria dos países do Conselho de Segurança da ONU.
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e)
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I ‐ uma aproximação do Brasil em relação
à posição da Síria.
|
II ‐ um potencial distanciamento do
Brasil em relação à posição da maioria dos países do Conselho de Segurança da
ONU.
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Resposta: A
Comentário:
A postura do Brasil em relação à questão palestina e aos conflitos
entre árabes e israelenses demonstra uma mudança significativa na política
externa do país, e um reposicionamento na geopolítica mundial bem diferente
daquele mantido pela nação nas últimas décadas. Historicamente o Brasil sempre
manteve relativa neutralidade na questão palestina, embora se posicionasse de
modo parecido à maioria das demais nações da Organização das Nações Unidas –
ONU, invariavelmente favorável à criação de um Estado palestino e à busca de um
acordo de paz duradouro entre o governo de Israel e as lideranças árabes.
Ao se posicionar contra a devolução da região das Colinas de Golã à
Síria, uma vez que esses territórios foram invadidos e tomados por Israel em
1967 durante a Guerra dos Seis Dias, o
governo brasileiro ratifica o ponto de vista defendido primordialmente pelos
Estados Unidos, posto que na reunião realizada entre os cinco membros
permanentes e os dez membros rotativos do Conselho de Segurança da organização,
na qual se discutiu a questão das Colinas de Golã, apenas a potência americana
foi favorável à manutenção da região sob o controle judeu, enquanto os demais
catorze membros votaram em favor da devolução dos territórios à Síria.
Do mesmo modo, quando o governo brasileiro divulga a ideia de transferir a embaixada
do Brasil em Israel da cidade de Tel Aviv para a cidade de Jerusalém,
proclamada unilateralmente como a nova capital israelense pelo Estado judeu, mais uma vez o Brasil acompanha a postura
estadunidense, já que, sob o governo de Donald Trump, a potência norte
americana reconheceu a nova capital de Israel, novamente contra o ponto de
vista defendido pelas demais nações do Conselho de Segurança da ONU.
Questão 89
No
Brasil, várias cidades registram ocupação irregular de encostas em áreas
sujeitas a deslizamentos de terra (também chamados de escorregamentos). O
Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) trabalha no levantamento, mapeamento,
recuperação e estabilização dessas áreas de risco. Um exemplo deste trabalho
foram aqueles executados desde a década de 1970 referentes aos deslizamentos
dos morros de Santos e São Vicente‐SP,
cuja região é acometida há tempos por esses problemas, inclusive com a
ocorrência de vítimas fatais. Para investigar os deslizamentos de terra nas
áreas serranas tropicais brasileiras, o Instituto realizou levantamentos
topográficos, geológicos e geomorfológicos, estudando também a distribuição dos
tipos de vegetação existentes e as categorias de ocupação urbana dos morros.
Representação de deslizamento de terra
(escorregamento) na região de Santos e São Vicente
Disponível
em https://www.ipt.br/. Adaptado. 2019.
Baseando‐se nas informações do texto e na
figura, é correto afirmar que
a)
as características topográficas, geológicas e geomorfológicas de uma área de
risco estão naturalmente ligadas aos escorregamentos, sendo que estradas de
terra minimizam a ocorrência de deslizamentos.
b)
a ocorrência de escorregamentos é causada pela ação humana, cuja ocupação de
encostas provoca o empobrecimento de solo, que acaba sendo mobilizado pela
diminuição de fertilidade.
c)
o problema da ocupação de encostas e risco de escorregamentos inclui o contato
entre a rocha e o solo, cuja facilidade de deslizamento é aumentada em função
da inclinação do terreno e da maior ocorrência de chuvas.
d)
os deslizamentos de terra fazem parte de um conjunto de fenômenos naturais
pontuais e incomuns na superfície da crosta terrestre e, portanto, não
participam da escultura do relevo continental e do modelado.
e)
os escorregamentos são causados em especial pelo fato de o solo tornar‐se mais leve que a rocha subjacente
durante as chuvas prolongadas de verão, facilitando seu deslizamento ao longo
das encostas pouco ou nada inclinadas.
Resposta: C
Comentário:
Embora correspondam a um mecanismo natural do modelado do relevo
terrestre, os deslizamentos ou escorregamentos de massa podem se tornar mais
intensos e destrutivos a partir de ações antrópicas que potencializam sua
ocorrência, principalmente em áreas urbanas. No caso brasileiro, a combinação
de clima chuvoso e ocupação de áreas irregulares nas cidades, principalmente em
regiões de encostas muito inclinadas produzem constantes escorregamentos, que
não raramente produzem perdas materiais e humanas.
Dentre os principais aspectos capazes de gerar a ocorrência desse
fenômeno pode-se citar entre os naturais: topografia
de relevo muito inclinada, chuvas abundantes e concentradas em um curto período
de tempo, falta de atrito no contato entre a rocha matriz impermeável e o solo
permeável. Ao passo que entre as ações antrópicas capazes de potencializar
sua ocorrência estão: ocupação de áreas
de risco com inclinação superior a 30º, desmatamento das áreas de encostas
deixando-as expostas a incidência direta da chuva, abertura de cortes
transversais nas zonas inclinadas, como a construção de estradas, dentre
outras.
Questão 90
Se muita gente hoje
enxerga a Terra como um sistema dinâmico de conexões entre atmosfera, águas,
rochas e biodiversidade, isso se deve, em larga medida, a Alexander von
Humboldt (1769 – 1859). O vulcão Chimborazo (6.268 m de altitude), no atual
Equador, foi utilizado por Humboldt como exemplo para apresentar com clareza,
pela primeira vez, como cada faixa altitudinal em regiões montanhosas é um
microcosmo de climas e biodiversidade.
Disponível
em https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/. Adaptado.
Representação esquemática do vulcão Chimborazo
Disponível
em https://www.pinterest.com/. Adaptado. 2019.
Considerando
a relação entre vegetação e altitude, da base até o topo das zonas do vulcão
representado, é possível obter a sequência:
a)
Floresta Temperada, Floresta de Coníferas, Floresta Tropical, Exposição de
Rocha, Tundra, Neve e Gelo.
b)
Floresta Temperada, Floresta Tropical, Floresta de Coníferas, Exposição de
Rocha, Tundra, Neve e Gelo.
c)
Floresta Tropical, Floresta de Coníferas, Floresta Temperada, Tundra, Exposição
de Rocha, Neve e Gelo.
d)
Floresta Tropical, Floresta Temperada, Floresta de Coníferas, Tundra, Exposição
de Rocha, Neve e Gelo.
e)
Floresta Tropical, Floresta de Coníferas, Tundra, Floresta Temperada, Exposição
de Rocha, Neve e Gelo.
Resposta: D
Comentário:
A distribuição espacial dos biomas terrestres encontra-se
diretamente relacionada com a distribuição dos climas na superfície da Terra,
de modo que pode-se afirmar que cada tipo de clima possui seu próprio tipo
vegetacional. Portanto, um dos principais padrões para o zoneamento botânico
mundial é a temperatura. Sabe-se que a temperatura terrestre se diferencia
basicamente por dois fatores climáticos: a latitude e a altitude, ambas
inversamente proporcionais à média térmica de cada localidade.
Assim, pode-se notar uma relação próxima entre a organização das
vegetações em relação à latitude e em relação á altitude, de modo que há certa
semelhança entre os biomas localizados próximos à Linha do Equador e a base das
montanhas (regiões mais quentes), assim como entre as vegetações observadas
próximas às calotas polares e próximas aos picos das montanhas (regiões mais
frias).
Na imagem apresentada na questão tem-se a distribuição de
vegetações na encosta de um vulcão, cujo texto afirma localizar-se no Equador,
portanto em uma zona de clima quente na baixa latitude. Percebe-se na imagem a
presença de quatro tipos de vegetações, uma zona sem vegetação com a rocha
exposta, perto do pico, e acima dela a superfície coberta por gelo. Assim,
pode-se afirmar que no sentido da baixa para a alta altitude tem-se a Floresta Tropical (o vulcão se localiza no Equador); acima se tem a Floresta Temperada; mais alto as Florestas de Coníferas; e próximo ao
topo as Tundras Alpinas. Após as
quatro formações vegetais nota-se Rocha
Exposta, sazonalmente coberta por gelo, acima da rocha tem-se Neve e Gelo permanentes.